Arte européia de vanguarda, desde seus primórdios, no século XIX: biografias e história, artistas, escolas, grupos e movimentos.Imagem da Exposição dita, Neo-plástica, no Museu Sztuki em Łodz (1946), projetada por Władysław Strzeminski para expor seleção das 111 obras da nata das vanguardas européias, colecionadas pelo Grupo Internacional dos A. r. (Artistas revolucionários, 1929-1936).
domingo, 17 de agosto de 2014
BIOGRAFIA: SCHWESIG, Karl (1898-1955).
BIOGRAFIA: SCHWESIG, Karl (1898-1955).
O artista alemão que pertenceu à Nova Objetividade [Neue Sachlichkeit] (1925-1933), nasceu em Gelsenkirchen mas faleceu em Dusseldorf. Schwesig trabalhou como assistente de paisagista (1914-1915); ele cumpriu o serviço militar como oficial de gabinete (1916-1918). O futuro artista estudou na Academia de Arte (Dusseldorf) e se associou (1921), ao Grupo (Alemão) Jovem Renânia [Jünge Rhinneland] (Dusseldorf, 1919-1925), cujo co-fundador foi seu amigo Adolf Uzarski. O grupo volteou em torno da Galeria de Arte de Johanna Ey, conhecida como Mamãe Ey, onde Schwesig e Uzarski expuseram suas obras.
O artista foi co-fundador da revista Die Peitsche [O Chicote], (1924) e também da associação de artistas dita, Secessão da Renânia [Rhinneland Sezession] (1928-1930). A principal mostra do grupo foi regional e reuniu 113 artistas, entre eles Richard Gessner, Albert Heinrich, Arthur Kaufmann, Hans Kralik, Karl Schwesig, Gert Wolheim, Adolf Uzarski e o fotógrafo Max Peiffer-Watenphul e entre outros como Gerta Overbeck-Schenk, que, na época, vivia na cidade.
Logo no começo da década de 1930 Schwesig passou período de estudos em Sanary, na Côte d'Azur (França). De volta à Dusseldorf, Schwesig foi preso e torturado pela Gestapo (1933-1934); ele foi levado à Corte Regional de Hamm e condenado por Alta Traição (1934-1935). O artista fugiu para a Holanda, onde pediu asilo político (Antuérpia); mas Schwesig foi capturado pelo exército alemão e internado no Campo de St. Cyprien, na França. O artista foi transportado para outros campos de concentração (1940-1943), e, inclusive, esteve internado na Fortaleza de Romainville (Paris). Schwesig foi transportado de volta para Dusseldorf e obrigado a cumprir período de trabalhos forçados: depois de libertado, ele ainda permaneceu sob liberdade condicional. O artista passou período escondido em Lohne (Oldenburg), Zeltingen, Whelen, Mosel; e, depois que a guerra terminou, Schwesig, bem como seu amigo Uzarski, voltaram a viver em Dusseldorf (1945).
Schwesig descreveu a si mesmo de maneira irônica, como poeta, exímio dançarino e pintor de damas. O artista se retratou no quadro Auto-retrato no Carnaval[Selbstbildnis im Karneval] (1930, óleo/ tela, 134 x 114 cm, no Kunstmuseum Düsseldorf im Ehrenhof). como jovem de biogodinho, na casa dos 30 anos, com chapéu côco, paletó de smoking com cravo e condecoração na lapela, cigarro entre os dedos da mão direita, baixinho, gordinho e com incríveis calças quadriculadas em verde escuro e preto; o auto- retrato se encontra reproduzido (MICHALSKI, 2003:133). A pintura de Schwesig é bem menos caricata e ilustrativa do que a de Uzarski, mas não deixa de ter uns traços longinquos com a ilustração gráfica.
MICHALSKI, 2003, pp. 130-133, 218.
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