quinta-feira, 12 de julho de 2012

BIOGRAFIA: RACHMANINOV, Sergey Vasilievich (1873-1943).


BIOGRAFIA: RACHMANINOV, Sergey Vasilievich (1873-1943).

O músico, pianista e compositor, nasceu em Oneg (Novgorod), no seio da aristocracia russa do tempo dos Czares. Um mês antes do final de sua vida, Rachmaninov naturalizou-se norte-americano (fev., 1943). O pai do músico foi Capitão da Guarda Imperial, mas desbaratou toda a fortuna da família representada por cinco propriedades que ele recebeu como dote de sua esposa. O casal acabou se separando; Rachmaninov permaneceu na companhia de sua mãe e viveu com ela em São Petersburgo (1882-). O músico estudou no Conservatório de São Petersburgo (1883-1885), mas depois ele foi estudar no Conservatório de Moscou (1885-1892), onde, durante cinco anos, estudou Piano sob a orientação conservadora de Nikolai Sverev, e Composição, com Sergey Taneyev e Anton S. Arensky. Nesse período, Rachmaninov se tornou um protegido de Piotr Ilitch Tchaikowsky e amigo dileto de Aleksandr Nikolaievich Scriabin (v.).

Na que foi a primeira fase de sua obra, Rachmaninov compôs Scherzo para orquestra (1887); Três noturnos para piano (1887-1888); Quatro peças para piano: Romance, Prelúdio, Melodia e Gavota (1887); a Peça para piano, provavelmente para o exame de Harmonia, que ele reescreveu décadas depois, quando foi publicada (1934); somente fragmentos para sua primeira ópera Esmeralda, sendo o libreto baseado no romance O Corcunda de Notre Dame, do francês Victor Hugo (1888). Rachmaninov compôs os primeiros esboços do Concerto para piano (1889); os dois movimentos, Romance e Scherzo, do Quarteto de cordas n. 01(1889); o Moteto em seis partes para coro misto Deus Meu (1890); a Canção para voz e piano No portão da Casa Sagrada, baseada no texto de Mikhail Lermontov; o Romance, para violoncelo e piano; a Canção para voz e piano, Não te contarei nada, com palavras de Afanazy Fet; outro Romance, para piano e violoncelo; Manfred, música inacabada para orquestra (1890). No ano seguinte, Rachmaninov escreveu a Rapsódia Russa para dois pianos, que apresentou no seu primeiro concerto enquanto estudante, juntamente com seu colega Joseph Lhevinne (jan., 1891).

O músico compos Duas canções para voz e piano: O entardecer chegou, com letra de E. Pailleron; e Aconteceu em abril, com letra de Alexei Tolstoi; seguiu-se a composição do Concerto n. 01 para piano e orquestra em Fá Sustenido Menor, Opus 01 (jul., 1891), cujo primeiro movimento o músico apresentou em outro concerto de estudantes (17 mar., 1892). No mesmo ano Rachmaninov compôs o Prelúdio em Fá Maior, para piano; Valsa e Romance (1890-1891) e somente o primeiro movimento da Sinfonia em Ré Menor (1891) e o Poema para orquestra Príncipe Rotislav, baseado na balada de Alexey Tolstoi, que ele dedicou a seu mestre Anton Arensky. Depois de compor outras duas canções, sendo uma delas baseada em A. Tolstoi, Rachmaninov compôs dois fragmentos da ópera Bóris Godunov, baseado no texto de Alexandre Puchkin; e, baseado em outro texto de Mikhail Lermontov ele compôs outros dois fragmentos da Masquerade, para voz e piano; e, novamente baseado em A. Puchkin, outros dois fragmentos, para voz e piano, da ópera Mazeppa. A seguir o músico fez o arranjo para voz e piano da canção popular Grianem-ukhnem, cantada pelos barqueiros do rio Volga, que ele dedicou a Adolf Yaroshevsky. O músico compôs Romance para violino e piano; Peça para violoncelo e piano (1891); e o Trio Elegíaco, que ele apresentou ao piano com David Klein (violino) e Anatoly Brandukov (violoncelo), em audição especial (30 jan., 1892).

O músico, também grande instrumentista, se apresentou para as platéias russas como compositor e pianista (Moscou, 1892); ele se apresentou ao piano com sua composição Prelúdio em Dó Sustenido Menor, que alcançou tal sucesso que o tornou famoso da noite para o dia (set., 1892). Este foi o auspicioso início de carreira bem sucedida de músico, em que Sergey Rachmaninov combinou o ensino da música nas escolas femininas, às suas apresentações pessoais como pianista, bem como maestro, quase sempre tocando ou regendo suas próprias composições.

Nos dez anos seguintes Rachmaninov compôs suas obras mais importantes, começando com o arranjo para dueto de pianos para o balé A Bela Adormecida, suite de P. I. Tchaikovsky; a ópera num ato, Aleko, com libreto de Vladimir Nemirovitch-Danchenko, baseado na obra Ciganos, de A. Pushkin (1892), que o músico apresentou no ano seguinte com a orquestra sob a regência de Ippolit Altani, no Teatro Bolshoi (Moscou, 27 abr., 1893). Rachmaninov compôs Cinco peças para piano, novamente dedicadas a Anton Arensky, que o músico apresentou em Moscou,(26 set., 1892); ele compôs Seis canções, Opus 04, para voz e piano (1890-1893), que ele mais tarde revisou incluindo o violino (Fritz Kreisler); a Fantasia: Suite n. 01, Opus 05, para dois pianos, que ele apresentou juntamente com Paul Pabst (30 nov., 1893); a Canção e prece perpétua em três partes, para coro misto, Ó Mãe de Deus; as Duas Peças, Opus 06, para violino e piano; a Fantasia para orquestra A Rocha, Opus 07, que o músico dedicou a Nikolay Rimsky-Korsakov (v. Grupo dos Cinco nmúsicos russos; e biografia), e que estreou com a orquestra sob a regência de Vasily Safonov (20 mar., 1894). As Seis canções, Opus 08, para voz e piano (1893), com texto de Alexey Pleshcheyev; o Trio Elegíaco em Ré menor, Opus 09, para piano, violino e violoncelo, que ele dedicou In Memoriam de P. I. Tchaikovsky (1893) e apresentou com Julius Conus no violino e Anatoly Brandukov no violoncelo (Moscou, 31 jan., 1894). Seguiu-se o Dueto para piano Romance em Sol maior e A canção dos desiludidos para voz e piano com texto de Dmitri Rathaus (1894); outra canção para voz e piano com texto de D. Rathaus, A Flor Feneceu; seguiram-se as Sete peças, Opus 10, para piano, que o músico apresentou pessoalmente (Moscou, 31 jan., 1894).

Rachmaninov compôs os Seis duetos, Opus 11, para piano; e o Capricho Bohemio, Opus 12, com tema cigano que ele dedicou a Piotr Lodizhenski (1894); seguiu-se a Sinfonia N. 01 em Ré menor, Opus 13 (1895), dedicada a Anna Lodizhenskaia, que ele apresentou com a orquestra sob a regência de Alexander Glazunov (São Petersburgo, 15 mar., 1897). Rachmaninov compôs as Doze Canções, Opus 14, para voz e piano (1896); os Seis Coros, Opus 15, para vozes femininas, infantís e piano (1895); os Seis momentos musicais, Opus 16, para piano (1896); as Improvisações para piano, incluindo as quatro compostas com A. Arenski, A. Glazunov e Taneiev (Moscou, 1896); a Sinfonia n. 06 de Glazunov, Opus 58, que Rachmaninov transcreveu em dueto de piano; as Peças Fantasia, para piano; a Fughetta em Fá Maior, para piano (1899); e as Duas Canções Russas e Ucranianas (1899), entre outras.

Durante um ano Rachmaninov foi o regente da orquestra do multimilionário russo e patrono das artes Savva Mamontov, que manteve a comunidade artística, dita, Colônia Abramcevo (v. no Glossário), na sua grande propriedade, na qual ele recebeu artistas plásticos, músicos, pianistas, cantores e pintores. O mecenas patrocinou o grupo de artistas que realizavam trabalhos como cenógrafos e figurinistas, cantores e figurantes do seu teatro particular, dedicado exclusivamente à montagem de óperas, que percorriam em turnês as principais cidades das províncias russas. Durante o período em que S. Rachmaninov permaneceu com o grupo de Mamontov (1897-1898), ele iniciou fraterna amizade, que durou até o final de sua vida com o cantor Fyodor Chaliapin. Esse baixo russo se tornou célebre no Ocidente, desde que Sergey Diaghilev apresentou-o na sua primeira Semana Russa, cantando trechos de várias óperas, inclusive seu maior sucesso, Bóris Godunov (Paris, 1907).

Nos últimos anos do século XIX e início do século XX, Rachmaninov começou a se tornar conhecido internacionalmente: o seu Trio Elegíaco, Opus 09, foi apresentado com a Walenn Chamber Orquestra, no piano Herbert Parsons, no violino Gerald Walenn e no violoncelo Herbert Walenn, no Queen's Hall (Londres, 22 fev., 1898). No ano seguinte o músico apresentou a Fantasia: a Rocha, com a Orquestra da Sociedade Filarmônica sob sua regência (Londres, 19 abr., 1899). O Concerto n. 01 para piano e orquestra, foi apresentado nos Concertos Promenade, com Evelyn Stuart e a orquestra do Queen's Hall, sob a regência de Sir Henry Wood (Londres, 04 out., 1900). O músico compôs a Suite n. 02, Opus 17, para dois pianos (1900-1901); o Concerto n. 02 em Dó Menor, para piano e orquestra, que estreou no Concerto da Sociedade Filarmônica, com seu autor ao piano e a orquestra sob a regência de Alexander Siloti (Moscou, 27 out., 1901). No mesmo ano Rachmaninov compôs a Sonata para violoncelo em Sol menor, Opus 19, dedicada a Anatoly Brandukov (1901).

Rachmaninov casou-se com sua prima Natalia Satin (1902); no mesmo ano o músico se apresentou ao piano com seu Concerto n. 02 para piano e orquestra, com a orquestra da Sociedade Filarmônica sendo regida pelo maestro Sapelnikov, no Queen's Hall (Londres, 29 maio). O músico apresentou suas Variações sob um tema de Chopin, Opus 22, para piano, no mesmo concerto em que apresentou seus Dez prelúdios, Opus 23, dedicados ao maestro A. Siloti (Londres, 10 fev., 1903). No ano seguinte, o músico aceitou o cargo de maestro do Teatro Bolshoi; durante dois anos Rachmaninov foi maestro da mais conhecida orquestra do mais importante teatro russo (Moscou, 1904-1906). O músico continuou compondo canções como Noite (1904); ópera, como O Cavaleiro Miserável, Opus 24, em três cenas baseada numa peça de A. Puchkin (1904), que Rachmaninov apresentou com a orquestra do Teatro Bolschoi sob sua regência (1906). Seguiu-se a ópera Francesca de Rimini, Opus 25, em duas cenas com prólogo e epílogo, com libreto de Modest Tchaikovski, sobre um episódio do Inferno, de Dante Alighieri. A ópera estreou com a orquestra do Teatro Bolschoi sob sua regência (11 jan., 1906); e, no ano seguinte, Rachmaninov apresentou suas Quinze Canções, nos Concertos Kerzin, que ele dedicou a Maria e Arkady Kerzin (12 fev., 1907).

Rachmaninov apresentou-se ao piano tocando seu Concerto n. 02 para piano e orquestra, na primeira temporada dos Concertos Russos, organizada por Sergey Diaghilev juntamente com Gabriel Astruc, empresário francês que editava a Révue Musicale [Revista Musical] e que construiu, poucos anos depois, o Théâtre du Champs Elysées (Paris, 1913).


Rachmaninov apresentou-se com a Sinfonia n. 02 em Mi menor (1907-1908), dedicada a seu mestre Sergei Taneiev, que estreou com a orquestra sob sua própria regência (São Petersburgo, 28 jan., 1908); a mesma obra foi apresentada dois anos depois, com a Orquestra Sociedade Filarmônica, no Queen's Hall (Londres, 19 maio, 1910). O compositor tornou-se vice-diretor da Sociedade Imperial Musical Russa, onde ele realizou trabalho consistente, visando melhorar o ensino da música nas escolas do interior de seu país (1909-1912). Rachmaninov se apresentou com muito sucesso para o público norte-americano (1909), o que abriu-lhe ainda mais as portas dos grandes teatros internacionais, onde o artista passou a se apresentar bem cedo na sua carreira artística. 
  Rachmaninov escreveu a maior parte de sua obra musical durante o período de dez anos (1907-1917); ele dedicou sua Polca Italiana, a A. Siloti (1906) e escreveu a canção Carta a K. S. Stasnilavsky para voz e piano, que Fyodor Chaliapin interpretou em espetáculo no MChAT/ Teatro de Arte de Moscou (14 out., 1908). Rachmaninov compôs o poema sinfônico para orquestra A Ilha dos Mortos, Opus 29, baseado na pintura homônima de Arnold Bocklin, que o compositor dedicou a Nicolai Struve e que ele apresentou com a Orquestra da Sociedade Filarmônica (Moscou, 1º maio, 1909). No ano seguinte, o músico apresentou a mesma obra no Concerto do Royal College of Music, sob a regência de Sir Charles Stanford (23 fev., 1910). Rachmaninov se apresentou ao piano com a orquestra sob a regência do maestro Walter Damrosh seu Concerto para Piano n. 03 em Ré menor, Opus 30, dedicado a Josef Hofmann (Nova York, 28 nov., 1909).

A peça religiosa do compositor foi Liturgia de São João Crisóstomo, Opus 31, para coro misto, apresentada com o Coro Sinódico sob a regência de Nikolay Danilin (Moscou, 25 nov., 1910). No mesmo ano, Sergey Rachmaninov apresentou seus Prelúdios, Opus 32 para piano, que tocou muitos anos depois, ocasião em que foram gravados por Stephen Wearing para a rádio 02LO (Londres, 26-27 out., 1926). O músico compôs a Polca W.R., para piano, baseada em tema de Vasily Rachmaninov, dedicada a Leopold Godowsky (1911); a seguir, o músico dedicou-se a compor vários Estudos-Quadros [Études-Tableaux], Opus 33 para piano (ago., 1911).

Rachmaninov compôs suas Catorze Canções, Opus 34, para voz e piano (jun., 1912) e o Poema para orquestra, coro e solistas, Os Sinos, Opus 35, cuja orquestração ele somente terminou mais tarde (27 jul., 1913). O texto da música foi baseado no livro do escritor norte-americano Edgar Allan Poe, traduzido para o russo por Konstantin Balmont, que o músico dedicou a Willem Mengellberg e a Orquestra do Concertgebow de Amsterdã (rev. 1936). A música foi apresentada com a orquestra sob sua regência (São Petersburgo, 30 nov., 1913); e também na Sociedade Filarmônica de Concertos (Moscou, 1914); na Sociedade Filarmônica de Liverpool, com o Coro Filarmônico e orquestra, sob a regência de Sir John Wood (Londres, 15 mar., 1921); e a versão revisada foi apresentada no Festival Sheffield, com o Coro Filarmônico e a Orquestra Filarmônica, sob a regência de Sir Henry Wood (Londres, 1936); no Queen's Hall, com o Coro Filarmônico e a Orquestra da BBC, sob a regência de Sir Henry Wood (Londres, 10 fev., 1937).

Rachmaninov continuou apresentando suas composições: ele tocou a Sonata n. 02 para piano em Si Sustenido Menor, Opus 36 (set., 1913), que apresentou em Bradford (30 jan., 1914); ele compôs a música religiosa Gospel de São João para voz e piano (1914); Vigília noturna para serviço vespertino, Opus 37, para coro misto, que Rachmaninov apresentou com o Coro Sinódico sob a regência de Nikolay Danilin (Moscou, 10 mar., 1915). O músico compôs Seis Canções, Opus 38, para soprano e piano; as Duas Canções (1916); outros Études-Tableaux, Opus 39 para piano (fev., 1917); Esboço Oriental, para piano; e compôs ainda a peça Fragmentos, para piano (15 nov., 1917). Neste momento encerrou-se a primeira fase da brilhante carreira de Sergey Rachmaninov na URSS e, principalmente encerrou-se o considerado como o melhor período do compositor, pois depois ele dedicou seu tempo como pianista, concertista virtuose e maestro.

No final do ano da Revolução Russa (1917), S. Rachmaninov aproveitou a turnê que se realizou na Escandinávia, para deixar para sempre seu país. Sempre viajando, o compositor iniciou uma nova e vitoriosa carreira no exterior. O músico estabeleceu residência em Nova York, onde permaneceu até quase o final de sua vida (1922-1941).

Durante os próximos dezessete anos Rachmaninov dividiu seu ano em duas turnês, uma realizada nos Estados Unidos e outra na Europa (1922-1939). O músico passou vários verões em Clairefontaine, cidade próxima de Paris (1929-1931) e depois passou-os na sua vila (Lago Lucerna, Suíça, 1931-1942). Quase no final de sua vida Rachmaninov residiu em Beverly Hills (CA). Desde a época em que foi viver nos Estados Unidos até o final da vida, Rachmaninov compôs poucas músicas: ele produziu arranjos para piano e outros orquestrais para obras de outros compositores, sendo que a primeira foi Estandarte Cintilante de Estrelas, transcrição para piano (Boston, dez., 1918). O compositor escreveu Cadenza para a Rapsódia Húngara n. 02, de Liszt (Boston, jan., 1919); Luchinuska, arranjo da canção popular russa realizado para o tenor John McCormack (1920); outra canção Macieira, Macieira (1920), que o músico harmonizou para o álbum, Canções de Muitas Terras [Songs from many lands], publicada no ano seguinte por Alfred J. Swan (1921). Outra canção foi Ao longo da rua (1920) e Lieberleid, de Kreisler, com arranjo de Rachmaninov para piano solo (1921); o Minueto da Suíte Arlesiana n. 01, de Georges Bizet, com arranjo orquestral do músico para piano solo (Tulsa, Okhlahoma, 19 jan., 1922) e a adaptação para piano solo da composição de Modest Mussorgsky: Gopak da Feira em Sorochintzi, com um segundo arranjo dele para violino e piano (jan., 1924; 1926); outro arranjo para piano solo, [Liebesfreund] (1925); e duas canções, uma popular russa e outra de autoria de Schubert: Wohin [Porque], em arranjo para piano solo (Stanford, Conn., 1925).

Rachmaninov compôs o Concerto para Piano n. 04 em Sol menor, Opus 40 (Nova York - Dresden, 1926; rev. 1941) e as suas Canções Russas, Opus 41, para côro e orquestra, que ele dedicou a Leopold Stokowski e apresentou-as tocando piano com a Orquestra da Filadélfia, sob a regência do homenageado (18 mar., 1927). Rachmaninov adaptou para piano as Variações sobre um tema de Corelli, Opus 42, que ele dedicou a seu amigo, o maestro Fritz Kreisler (jun., 1931) e que apresentou pessoalmente no mesmo ano (Montreal, Canadá, 12 out.). Esta obra foi gravada por Maurice Reeve e Rádio BBC com Rachmaninov tocando piano (Londres, 1937). O maestro adaptou a conhecida peça O Vôo do Besouro, de Nicolay Rimsky-Korsakov para o piano solo (publ. por Charles Foley, 1931) e adaptou para piano solo o Scherzo de Mendelssohn, para a peça de William Shakespeare a Midsummer Night's Dream [Sonho de uma noite de verão] (1933), que ele apresentou no mesmo ano (San Antonio, Texas). À seguir, Rachmaninov adaptou para arranjo de piano solo Prelúdio, Gavota e Gigue da Partita de Violino em Mi Maior, J. S. Bach (set., 1933), que apresentou no mesmo ano (Harrisburg, Penn.). A seguir Rachmaninov adaptou a Rapsódia sob um tema de Paganini, Opus 43, para piano e orquestra, que ele apresentou com a Orquestra Filarmônica da Filadélfia, sob a regência de Leopold Stokowsky (Baltimore, 07 nov., 1934); a mesma obra foi apresentada com a Orquestra Filarmônica - Sinfônica sob a regência de Bruno Walter (Nova York, 27 dez.,1934); e com Rachmaninov apresentando-se ao piano, com a Orquestra Halle, sob a regência de Nikolai Malko (Manchester, 07 mar., 1935).
O músico apresentou-se no Concerto da Real Sociedade Filarmônica, com a Orquestra Filarmônica sob a regência de Sir Thomas Beecham (Londres, 21 mar., 1935).

Rachmaninov compôs sua última Sinfonia n. 03 em La Menor, Opus 44 (1935-1936), que ele apresentou com a Orquestra da Filadélfia sob a regência do maestro Leopold Stokowski (06 nov., 1936) e, no ano seguinte no Concerto da Sociedade Real Filarmônica, com a Orquestra Filarmônica sob a regência de Sir Thomas Beecham (Londres, 18 nov., 1937). Rachmaninov compôs suas Danças Sinfônicas, Opus 45, para orquestra, que ele dedicou a Eugene Ormandy e a Orquestra Filarmônica da Filadélfia (1940), com a qual ele se apresentou (jan., 1941); as Danças foram gravadas póstumamente pela Rádio BBC, com a Orquestra Sinfônica da BBC sob a regência de Sir Malcolm Sargent (27 jan., 1954); e, no Concerto da Sociedade Real Filarmônica, com a Orquestra Filarmônica sob a regência de Sir Thomas Beecham, que também apresentou-as nos Concertos Promenade (Londres, 14 ago., 1954). O compositor arranjou suas Danças Sinfônicas, para dois pianos (Long Island, ago., 1940); a última música de seu catálogo foi a adaptação da Canção de Ninar [Lullaby], Opus 06, n.01, de Tchaikowsky, em arranjo para piano solo (12 ago., 1941).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

DICIONÁRIO. THOMPSON, K. A Dictionary of Twentieth-Century Composers1911-1971. London: Farber & Farber, 1973. 666p. 16,5 x 24,5 cm, pp. 405-419.

SHEAD, R. Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989.192p.: Il,.algumas color., 25 x 33 cm, p. 20.

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