GLOSSÁRIO: O caso do filme A Idade de Ouro [L'affaire de l'Age d'Or] (Paris, 1930) .
O filme A Idade de Ouro [L'Age d'Or] (1930, P&B, S, 62'), gerou o conhecido incidente, dito, O Caso da Idade de Ouro [L'affaire de l'Age d'Or] (Paris, 1930), com manifesto dos intelectuais que apoiaram o filme, com original no acervo de documentos guardados na Biblioteca Literária Jacques Douchez (BLJD, Paris). Esse manifesto assinado por Louis Aragon, Breton, René Char, Salvador Dali, Paul Éluard, Benjamin Péret e Tristan Tzara, foi publicado em uma das revistas editadas por André Breton,.
O cenário desse filme, tido como o mais surrealista de todos os filmes, que contou com a participação dos atores Lia Lys e Gaston Modot, além de Max Ernst no papel de chefe dos bandidos, foi criação de Salvador Dali. Esse filme que sofreu censura, estreou no Cine-Studio 28 (Paris, nov., 1930). Quando A Idade de Ouro foi projetado no Estúdio das Ursulinas (Paris, 3 dez., 1930), suscitou grande manifestação contrária, com destruição do cinema, pois manifestantes lançaram tinta sobre a tela, bem como destruíram a mostra dos artistas e a exposição de livros e objetos, do Grupo do Surrealismo expostos na ante-sala do cinema. O protesto foi devido ao fato do filme ter sido considerado como antireligioso e amoral: o cinema acabou fechando. A produção de A Idade do Ouro foi patrocinada pelo Visconde de Noailles (v. biografia, Os Noailles). Anos mais tarde Buñuel lançou a cópia editada do mesmo filme, com o nome de A Besta Andaluz [La Bête Andalouse] (1937).
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