sexta-feira, 2 de novembro de 2012



HISTÓRIA DO PÓS-IMPRESSIONISMO EUROPEU. BIOGRAFIA:SIGNAC, Paul (1863-1935).



O artista nasceu e morreu em Paris; Signac foi um dos pintores franceses que iniciou sua obra no movimento do Impressionismo, mas que evoluiu para a estética com a qual sua pintura se tornou conhecida, do Neo-Impressionismo. A arte de Signac refletiucaracterísticas posteriormente absorvidas da influência de Georges Seurat (1859-1891), no movimento do Néo-Impressionismo ou do Pós-Impressionismo, do Pontilhismo ou Divisionismo da pincelada.

Signac foi assinante regular da revista Le Japon Artistique [O Japão Artístico] e nela encontrou os temas nipônicos com que rodeou sua modelo na pintura Mulher vestindo colete grená (1892, encaústica/ tela, remontada), na qual uma mulher, vista de costas e vestindo colete grená, levanta ambos os braços arrumando seu cabelo na frente de espelho. Nessa obra Figurativa de Signac, todo o desenho do quadro é fácilmente reconhecível. A obra-prima de Signac foi Retrato do crítico Félix Fénéon no esmalte de um fundo rítmico de medidas e ângulos, tons e tinturas (1890, óleo/ tela, 92,50 cmx 120 cm), na qual Signac utilizou as teorias de Charles Henry, que queria transformar a arte dos Pós-Impressionistas em ciência exata. Esta obra apresenta regularidade da pincelada dos pontos médios, com que P. Signac pintou a elaborada composição; foi depois, em outras obras, que o artista passou a utilizar máscaras para suas diversas formas de pinceladas Pontilhistas. Signac usou várias máscaras diferentes para fazer os delicados pontinhos de suas obras e utilizou-as em vários padrões formais, como pontos oblongos e até mesmo quadrados para a obra Concarneau Adagio opus 121: calmo (1891); ele escolheu pontinhos minúsculos para Porto de Saint-Tropez (1893).

Para realizar o retrato do crítico de arte, que se transformou no principal teórico do movimento do Neo-Impressionismo, a destacada figurra do retratado, Félix Féneon pairou sobre fundo com desenhos ricamente coloridos, influência visível da arte da gravura japonesa; essa obra se encontra reproduzida (CLAY, 1973).

Signac foi influente sobre outros de seus amigos pintores que passaram à produzir obras no estilo Pontilhista, como Louis Hayet (1864-1940); Camille Pissarro (1830-1903) professor de Paul Gauguin (1848-1903); Charles-Emile Schuffnecker (1851-1906), e o pintor Alfred Sisley (1839-1899).
 

Signac foi amigo de Vincent  van Gogh (1853-1890), o único a sair de Paris para visitá-lo no Midi; o artista compareceu também ao enterro de Vincent, que depois ele descreveu no texto publicado no Mercure de France (1890). Van Gogh citou Signac e o movimento dos Neo-Impressionistas em uma de suas cartas para seu irmão Théo, publicadas por Jô van Gogh-Bonger (carta n. 539).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

BONFANTI-WARREN, A. The Musée D'Orsay. New York: Barnes and Noble, 2000. 320p., il., color.,pp.204,206,207,214,240. 25,5 x 36,5 cm.

BOCOLA, S. The art of modernism: Art Culture and Society from Goya to the Present Day. Translated by Catherine Shelbert & Nicholas Levin. Edimburgh: Fiona Elliot. Munchen: Prestel, 1999,pp. 126, 127.


CHAMPIGNEULLE, B. A Arte Nova. Tradução de Maria Jorge Couto Viana. Cacém (Portugal): Verbo, 1973. 309p., pp. 82-83.

CLAY, J. Modern Art, 1890-1918. London: Octopus, 1978. 320p., il., pp. 270-282, 290-291.


VAN GOGH, V. Cartas a Théo. Tradução de Pierre Ruprech. Nova ed., ampl. il. Porto Alegre: L & PM Editores, Pocket, vol. 21, jul., 2003.

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