V. referências acima, impossível blogar aqui.
Pintura bastante significativa de Max Ernst, pertence ao acervo do MAC - USP: seu Quadro para Jovens (1943, óleo/ tela, 60,2 cm x 75,5 cm). (BARBOSA, 1993). Outra obra de Ernst, homônima, Pintura para Jovens (1938, na Coleção Menil, Houston, Texas), participou da mostra retrospectiva de André Breton no MNAM (Paris, 1991). O Retrato de André Breton (desenho a tinta, 40,5 cm x 31 cm) de Ernst, bem como a fotografia da inauguração da primeira mostra dele na Galeria Au Sans Pareil (Paris, 1921) e a belíssima fotografia de Ernst por Man Ray, encontram-se reproduzidas no catálogo da mostra (BEAUMELLE, 1991). O famoso quadro em que Ernst pintou os Dadaístas, Ao Encontro dos Amigos [Au Rendez-vous des amis] (1922, óleo/ tela, 30 cm x 195 cm) e algumas obras conjuntas com Hans (Jean) Arp, da série Fatagaga, que apresentou colagens mixtas, encontram-se reproduzidas à cores (GIBSON, 1991) e várias obras reproduzidas em B&P (ADES, 1978). A pintura de Ernst, na técnica de gotejamento, precurssora do Expressionismo Abstrato Norte-Americano, Cabeça de Homem Intrigada pelo Voo de uma Mosca não Euclidiana [Tête de l'Homme intriguée par le vol d'une mouche non Euclidian] (1942–1947), encontra-se reproduzida (RAGON, 1992). A obra A Fonte [La Font] (1925, Coleção da Galeria Isy Brachot, Bruxelas-Paris), encontra-se reproduzida (ADES, 1978); a obra O Rei Brincando com a Rainha [King playing the Queen] (1944, no acervo do MoMA, em Nova York), encontra-se reproduzida (LUCIE-SMITH, 1977).
Ernst foi homenageado com grande retrospectiva nas Galeries Nationales du Grand Palais (Paris, 1975). Na véspera do seu 85o aniversário, Ernst faleceu de infarto (1º abr., 1976).
Nasceu em Bruhl, na Alemanha; depois de viajar e expôr por meio mundo, ele se naturalizou francês (1958) e faleceu em Paris. Ernst foi um dos grandes criadores da Arte Moderna: ele inventou várias técnicas marcantes para o Dadaísmo, movimento que liderou com Johannes Baargeld (Colônia, 1917-1919). Essas novas técnicas foram utilizadas por artistas Surrealistas, grupo ao qual Ernst se associou (Paris, 1924-).Ernst detalhou várias técnicas da Arte Moderna a saber, a Collage [Colagem] (1919-); a Frottage [Frotagem], (1925-), a Grattage [Gratagem] e o Dripping [Gotejamento], técnica esta que Jackson Pollock desenvolveu no Expressionismo Abstrato norte-Americano, depois de conhece-la por intermédio de Jimmy Ernst, filho de Max, que participou do movimento. Max publicou o Tratado da Pintura Surrealista [Traité de la peinture surréaliste].
O pai de Ernst foi professor de crianças especiais, surdo-mudas, e talentoso pintor amador. Ernst estudou na sua cidade natal Bruhl, próxima à Colônia e foi admitido na Universidade de Bonn, onde ele estudou Filosofia, História da Arte, Direito e Psicologia Criminal (1909-1911). O artista sentiu-se atraído pelo trabalho artístico criado por pacientes psiquiátricos com a expressão pessoal em Escultura e Pintura, além de ficar impressionado com o livro de Hans Prinzhorn, intitulado Imagens dos Doentes Mentais Graves [Bildnerei der Geisteskranken], o qual influenciou aos Surrealistas, grupo do qual Ernst participou. Ernst mostrou interesse apaixonado por sonhos e obsessões, Ocultismo e Psiquiatria,; ele rejeitou a religião, fato expresso em obras nas quais ele tratou de forma irônica, mas contundente, situações e membros do clero católico.
Ernst conheceu August Macke, por ocasião da itinerância da mostra do Grupo do Cavaleiro Azul [Der Blaue Reiter] (1912-1913; v.), e das mostras dos Artistas Expressionistas da Renânia (Bonn, 1913). Quando Ernst visitou Paris pela primeira vez, ele conheceu Guillaume Apollinaire e Robert Delaunay (1913).
Ernst conheceu August Macke, por ocasião da itinerância da mostra do Grupo do Cavaleiro Azul [Der Blaue Reiter] (1912-1913; v.), e das mostras dos Artistas Expressionistas da Renânia (Bonn, 1913). Quando Ernst visitou Paris pela primeira vez, ele conheceu Guillaume Apollinaire e Robert Delaunay (1913).
Durante a Primeira Guerra Mundial (I GM), Ernst e seu irmão Carl foram voluntários no exército: ele foi enviado para a frente de batalha (jan., 1915) e promovido a tenente (1918). Ernst lutou durante quatro anos na guerra e foi ferido: nesse período ele continuou participando de mostras artísticas e enviou suas obras para a mostra da Galeria da Tempestade [Der Sturm] (Berlim, 1915; v.). O artista visitou James Ensor, em Ostende e conheceu George Grosz e Wieland Herzfelde, artistas plásticos e editores do Dadaísmo berlinense; e visitou Paul Klee, em Munique (1919).
Após a I GM, Ernst se instalou em Colônia, onde foi ativo fundador do movimento Dadaísta na cidade (1919-1921), onde organizou o Grupo dos Artistas Radiacais (Colônia, 1919-1921; v.), com Hans Arp, Johannes Baargeld, Otto Freundlich, Franz Seiwert, Angelika e Heinrich Hoerle, entre outros artistas. Ernst participou de eventos e de mostras, tornou-se editor de publicações como Bulletin Dada [Buletim Dadá] (único número, 1919); Die Shammade [O Camarada](único número, 1920), com colaborações de Baargeld, Picabia, Breton, Aragon, Éluard, Soupault, Ribemont- Dessaignes, Grosz e Huelsenbeck; Der Ventilator [O Ventilador](seis números,1919-1920), com Baargeld e Joos Smets. Ernst publicou colaborações e desenhos em outras publicações alemãs, francesas e belgas, como Documents 34 [Documentos 34](Bruxelas, 1934). (ADES, 1978).
Após muitos contactos Ernst voltou a Paris (1921), no ano em que pintou Ao Encontro dos Amigos [Rendez-vous des amis], obra na qual apareceram as figuras dos principais artistas plásticos e escritores do Dadaísmo alemão e francês, como Paul Éluard, Johannes Baargeld, Philippe Soupault, Hans Arp, André Breton, Louis Aragon, Giorgio de Chirico, Gala Éluard (depois Gala Dali), Robert Crevel, Robert Desnos e alguns precurssores como o escritor russo Fiodor Dostoievski, entre outros artistas que Ernst admirava. A obra se encontra reproduzida em vários livros, inclusive em BIRO (1991).
Após muitos contactos Ernst voltou a Paris (1921), no ano em que pintou Ao Encontro dos Amigos [Rendez-vous des amis], obra na qual apareceram as figuras dos principais artistas plásticos e escritores do Dadaísmo alemão e francês, como Paul Éluard, Johannes Baargeld, Philippe Soupault, Hans Arp, André Breton, Louis Aragon, Giorgio de Chirico, Gala Éluard (depois Gala Dali), Robert Crevel, Robert Desnos e alguns precurssores como o escritor russo Fiodor Dostoievski, entre outros artistas que Ernst admirava. A obra se encontra reproduzida em vários livros, inclusive em BIRO (1991).
Ernst pintou a considerada como a mais intrigante de suas obras e das mais interessantes do movimento Surrealista: O Elefante Celebes ? [L'Éléphant Célébes] (1921), adquirida por Paul e Gala Éluard, cuja reprodução se encontra publicada (GAUNT, 1972). Ernst enviou esta obra para sua primeira mostra individual de pinturas (Paris, 1921), cujo catálogo foi produzido com texto de apresentação de André Breton, na Galeria Au Sans Pareil (1921). Ernst foi impedido pelas autoridades de sair da Alemanha para a França na inauguração da mostra; ele, posteriormente viajou para a Ásia, e de lá para a França, onde montou o seu primeiro estúdio (Paris, 1924).
Ernst criou, juntamente com Joan Miró, os cenários e figurinos de Romeu e Julieta para os Balés Russos de Sergei Diaghilev; balé com libreto de Jean Cocteau e música do inglês Constant Lambert, anteriormente denominada Adão e Eva, que estreou em Monte Carlo (1926; v. Décima Primeira Parte da História da Cia Teatral S. P. Diaghilev, promotora de ópera e dos Ballets Russes - Paris, 1909-1929).
Ernst tornou-se um dos expoentes e fundadores do movimento do Surrealismo, juntamente com seu principal mentor, André Breton; ele foi influenciado por Hans Arp, Francis Picabia, e Giorgio de Chirico. No início do movimento Surrealista Breton admirou Ernst e o apoiou nas suas idéias. Ernst foi dos principais expoentes Surrealistas nas Artes Plásticas francesas; posteriormente ele afastou-se do movimento (1924-1938).
Ernst foi completamente antireligioso e pintou A Virgem corrigindo o Menino Jesus assistida por três testemunhas: André Breton, Paul Éluard e o pintor (1926, na Coleção M. Krebs, em Bruxelas). A pintura mostra, em primeiro plano, Nossa Senhora espancando o menino Jesus, de bruços sobre seus joelhos: ao fundo, entrevistos por abertura no muro, vemos os perfis de Breton e Éluard. Este quadro se encontra reproduzido (BIRO, 1982; e PIERRE, 1992).
Ernst atuou no papel de chefe dos bandidos no filme de Luís Buñuel e Salvador Dali, A Idade de Ouro [L'Age d'Or] (1930, FR), considerado antireligioso e amoral; ele atuou no filme de Hans Richter, Do Dadá ao Surrealismo 40 anos de Experimentação [From Dada to Surrealism 40 years of experiment] (1961, Suíça, P&B e C, S, 62'), no qual Richter compôs montagem cinematográfica com vários trechos de filmes de arte destacados em ambos os movimentos. Os filmes citados foram projetados no Festival Surrealismo, Cinema e Vídeo, no CCBB - Centro Cultural Banco do Brasil (Rio de Janeiro, 2002).
Nasceu o filho de Ernst, Jimmy Ernst (Colônia, 1920-), que emigrou para os E.U.A., país no qual se tornou artista conhecido, participante do dito, Grupo dos Irrascíveis (Nova York, 1951). Ernst viveu com várias mulheres: Berthe Aurenche (1927) que, após seu divórcio e durante a Segunda Guerra Mundial foi a última companheira do artista de origem judaica, Chaim Soutine. Na Europa Ernst viveu com as destacadas artistas Surrealistas, Leonor Fini e Leonora Carringhton; depois que ele emigrou para os EUA o artista casou-se com Peggy Guggenheim, época em que viajou bastante. No entanto, este não foi seu ultimo casamento: Ernst divorciou-se de Peggy e, c, de dois anos depois, foi viver com a pintora Surrealista Dorothea Tanning (1942), com quem se casou, em cerimônia dupla com Man Ray e Juliet Browner (1946). Ernst viveu com Tanning até o final de sua vida: o casal foi morar em Sedona (Arizona).
Na fase americana Ernst foi bastante inventivo e criativo, mas não conseguiu o reconhecimento que desejava dos grandes museus, instituições, e colecionadores americanos. O artista voltou a Europa nos anos 1950, quando, na comemoração ao seu 60º aniversario, sua cidade natal, Bruhl, organizou mostra retrospectiva de suas obras.
Expondo em mostras internacionais, após inúmeras homenagens Ernst recebeu o Gande Prêmio de Pintura na Bienal de Veneza (1954). Ernst naturalizou-se francês (1958); o artista foi homenageado com retrospectiva no MNAM (Paris, 1959). Ernst e Tanning foram viver no sul da França (1960).
Ernst foi um dos um dos mais prolixos escritores associados ao Surrealismo: ele publicou artigos nas revistas do movimento bem como o seu Tratado da Pintura Surrealista [Traité de la Peinture Surrealiste] (1935). Ernst publicou três romances produzidos com criativas colagens: La Femme 100 têtes (1929). Este livro incomum foi inspiração para o músico americano Georges Antheil, que conviveu com as vanguardas francesas em Paris, que ilustrou-o musicalmente com cinquenta prelúdios, poemas musicais, que formaram o tema para espetáculo de dança moderna na década de 1930 produzido, coreografado e dançado por Martha Graham. O segundo livro produzido na técnica de Colagem por Ernst foi História de uma jovenzinha que queria em entrar para o Carmelo [Histoire d'une petite fille qui volut entrer au Carmel] (1930); o terceiro foi Uma Semana de Felicidade [Une semaine de Bonté] ou Os Sete Elementos Capitais [Les Sept Elements capitaux] (1934). (V. detalhes nas Técnicas na Arte: Colagem, texto blogado acima). Ernst publicou Escritos [Écrits], de toda sua obra escrita (1970).
Pintura bastante significativa de Max Ernst, pertence ao acervo do MAC - USP: seu Quadro para Jovens (1943, óleo/ tela, 60,2 cm x 75,5 cm). (BARBOSA, 1993). Outra obra de Ernst, homônima, Pintura para Jovens (1938, na Coleção Menil, Houston, Texas), participou da mostra retrospectiva de André Breton no MNAM (Paris, 1991). O Retrato de André Breton (desenho a tinta, 40,5 cm x 31 cm) de Ernst, bem como a fotografia da inauguração da primeira mostra dele na Galeria Au Sans Pareil (Paris, 1921) e a belíssima fotografia de Ernst por Man Ray, encontram-se reproduzidas no catálogo da mostra (BEAUMELLE, 1991). O famoso quadro em que Ernst pintou os Dadaístas, Ao Encontro dos Amigos [Au Rendez-vous des amis] (1922, óleo/ tela, 30 cm x 195 cm) e algumas obras conjuntas com Hans (Jean) Arp, da série Fatagaga, que apresentou colagens mixtas, encontram-se reproduzidas à cores (GIBSON, 1991) e várias obras reproduzidas em B&P (ADES, 1978). A pintura de Ernst, na técnica de gotejamento, precurssora do Expressionismo Abstrato Norte-Americano, Cabeça de Homem Intrigada pelo Voo de uma Mosca não Euclidiana [Tête de l'Homme intriguée par le vol d'une mouche non Euclidian] (1942–1947), encontra-se reproduzida (RAGON, 1992). A obra A Fonte [La Font] (1925, Coleção da Galeria Isy Brachot, Bruxelas-Paris), encontra-se reproduzida (ADES, 1978); a obra O Rei Brincando com a Rainha [King playing the Queen] (1944, no acervo do MoMA, em Nova York), encontra-se reproduzida (LUCIE-SMITH, 1977).
Ernst foi homenageado com grande retrospectiva nas Galeries Nationales du Grand Palais (Paris, 1975). Na véspera do seu 85o aniversário, Ernst faleceu de infarto (1º abr., 1976).
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