O músico, bailarino, coreógrafo e performático húngaro, foi fundador de escola e diretor de sua própria companhia de dança, escritor e teórico da Arte do Movimento. Laban nasceu em Poszony (Bratislava) e morreu em Weybridge (Inglaterra). O artista estudou na Faculdade de Arquitetura da Escola Nacional Superior de Belas Artes (Paris).
Laban acreditava na potencialidade da dança como a Arte do Movimento em nível equivalente às Artes Visuais; o artista estabeleceu seu curso de verão Dança, Som, Palavras e Artes Plásticas. Laban criou comunidade alternativa inspirada em valores espirituais, na região de Monte Veritá (Suíça). A I Guerra Mundial (I GM) interrompeu o projeto e Laban foi viver em Zurique, justamente na época em que surgiu o movimento do Dadaísmo europeu (1916-1919).
O artista foi fundador da Escola de Dança Rudolf Laban, onde ele ensinou as técnicas mais avançadas do movimento corporal, das muitas que pesquisou, adaptou e inventou, que uniam palavras aos gestos e dança. O artista foi quem primeiro libertou a dança moderna de suas formalidades e ensinou sua arte às suas alunas, Suzanne Perottet, Kathe Wülff, Mary Wigman, Maria Vanselow e Maja Kruscek, esta última citada namorada do poeta e escritor Tristan Tzara; e a Sophie Taeuber (Sophie Henriette Gertrud Taeuber, 19 jan.,1889, Davos-Paltz, suíça; naturalizada francesa), que tornou-se a Sra. Hans Arp (Jean Arp, suíço, naturalizado francês), artista situado entre os principais expoentes do grupo Dadá. Foram todas dançarinas performáticas, na época em que a palavra não tinha o significado atual: S. Perottet e Sophie Taueber dançaram com máscaras e vestes de influência Cubista, criadas pelo arquiteto romeno Marcel Janco; Käthe Wülff tornou-se a declamadora dos poemas de T. Tzara, apresentados inicialmente de forma individual e depois em performances coletivas, com 4, 8, 20 e até 38 vozes, no principal palco Dadá, o Cabaré Voltaire. Laban criou as coreografias das performances realizadas com música tocada ao vivo, de autoria de grandes compositores internacionais, como as de Erik Satie, Claude Debussy, Maurice Ravel, nos eventos apresentados nas noites Dadaístas performáticas do Cabaré Voltaire (Zurique, 1916).
O artista foi fundador da Escola de Dança Rudolf Laban, onde ele ensinou as técnicas mais avançadas do movimento corporal, das muitas que pesquisou, adaptou e inventou, que uniam palavras aos gestos e dança. O artista foi quem primeiro libertou a dança moderna de suas formalidades e ensinou sua arte às suas alunas, Suzanne Perottet, Kathe Wülff, Mary Wigman, Maria Vanselow e Maja Kruscek, esta última citada namorada do poeta e escritor Tristan Tzara; e a Sophie Taeuber (Sophie Henriette Gertrud Taeuber, 19 jan.,1889, Davos-Paltz, suíça; naturalizada francesa), que tornou-se a Sra. Hans Arp (Jean Arp, suíço, naturalizado francês), artista situado entre os principais expoentes do grupo Dadá. Foram todas dançarinas performáticas, na época em que a palavra não tinha o significado atual: S. Perottet e Sophie Taueber dançaram com máscaras e vestes de influência Cubista, criadas pelo arquiteto romeno Marcel Janco; Käthe Wülff tornou-se a declamadora dos poemas de T. Tzara, apresentados inicialmente de forma individual e depois em performances coletivas, com 4, 8, 20 e até 38 vozes, no principal palco Dadá, o Cabaré Voltaire. Laban criou as coreografias das performances realizadas com música tocada ao vivo, de autoria de grandes compositores internacionais, como as de Erik Satie, Claude Debussy, Maurice Ravel, nos eventos apresentados nas noites Dadaístas performáticas do Cabaré Voltaire (Zurique, 1916).
Laban recebeu dois prêmios importantes: o primeiro como coreógrafo e artista da dança, outorgado pelo Teatro Estatal da Prússia; e outro pela Ópera de Berlim (1930). Laban criou obras para o Teatro Estatal berlinenese; mas, devido à ascensão do Partido Nacional Socialista e por conta de sua função, o artista acabou se transformando em funcionário do Estado Alemão controlado pelos nazistas. Laban foi designado para criar a coreografia para a inauguração dos Jogos Olímpicos, que ficaram conhecidos como os Jogos de Hitler (Berlim, 1936). A intenção da celebração seria a glorificação do Partido Nacional Socialista: Laban criou uma obra coreográfica para 2000 pessoas, na qual ele seguiu somente sua filosofia, a de valorizar de forma individual cada dançarino. A obra performática, é claro, não agradou ao Partido, que demitiu-o e perseguiu-o; Laban quase foi morto, antes de conseguir fugir e refugiar-se na Inglaterra (1938-). No exílio ele desenvolveu seu dito, MÉTODO LABAN (v.).
Laban viveu período em Paris, onde foi um dos colaboradores do projeto do sueco Rolf de Maré, criador e patrocinador dos Balés Suecos [Balés Suedois] (Paris, 1920-1924), quando trabalhou na implantação dos Arquivos Internacionais da Dança (Estocolmo, Suécia). Laban continuou como professor de dança moderna e tornou-se palestrante: ele escreveu treze obras teóricas sobre dança, entre outros textos, tendo como tema a busca do movimento associado ao comportamento humano da vida diária. Foi através de suas Escolas de Dança Rudolf von Laban, e de seus inúmeros alunos, que o coreógrafo e dançarino formou e desenvolveu vários aspectos da dança criativa: ele espalhou sua influência por toda a Europa a partir da migração maciça de seus alunos alemães, em razão da ascensão do nazismo no país. Os alunos de Laban continuaram a desenvolver internacionalmente a Arte da Dança e da performance. Internacionalmente, as teorias de Laban continuaram vivas nos séculos XX-XXI, através da dança de artistas como Pina Bausch e de sua companhia, o Teatro da Dança Wuppertal [Tanztheater Wuppertal] (Wuppertal, Alemanha, 1974-), além das performances do dançarino norte-americano William Forsythe, entre incontáveis outros dançarinos e performáticos.
Rudolph von Laban criou incontáveis coreografias originais (1916-1936); todas se encontram listadas (BENBOW-PFALZFGRAFF, 1998); citamos apenas O Violininista [Der Spielmann], que participou da performance dos Dadaístas no Salão Zum Kaufleuten (Zurique, 1916).
PIERRE, J. El futurismo y el dadaísmo. Madrid: Aguilar, 1968, p. 176.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS;
BENBOW-PFALZFGRAFF, T.; BERGE, L.; COLLINS, D.; ELERT, N.; FERRARA, M.; HART, K.; MARZUKIEWICZ. M.; TYRKINS, M. International Dictionary of Modern Dance. With a preface by Don McDonald; contributing editor Taryn Benbowfalzgraff; contributing editor Glynis Benbow-Niemier. New York - London: St. James Press, 1998. 891p.: il., retrs., pp. 448-450.
Excelente! Contribuiu muito para o fortalecimento do que entendemos de dança no cenário atual e contemporâneo.
ResponderExcluirBem interessante o texto
ResponderExcluirxi
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