Arte européia de vanguarda, desde seus primórdios, no século XIX: biografias e história, artistas, escolas, grupos e movimentos.Imagem da Exposição dita, Neo-plástica, no Museu Sztuki em Łodz (1946), projetada por Władysław Strzeminski para expor seleção das 111 obras da nata das vanguardas européias, colecionadas pelo Grupo Internacional dos A. r. (Artistas revolucionários, 1929-1936).
quarta-feira, 27 de maio de 2015
BIOGRAFIA: SCHNARRENBERGER, WILHEM THEODOR (1892-1966).
BIOGRAFIA: SCHNARRENBERGER, WILHEM THEODOR (1892-1966).
O artista nasceu em Buchen (Baden) e morreu em Karlsruhe (Alemanha). Schnarrenberger estudou na Escola de Arte e Arte Aplicada (Munique, 1911-1916) e, ao mesmo tempo, estudou Arquitetura na Universidade Ludwig Maximilian (Munique, 1912-). O artista expôs suas obras na primeira mostra individual, realizada na Galeria Hans Goltz (Munique, 1916).
Como a maioria dos artistas das vanguardas alemãs, Schnarrenberger foi convocado para servir ao exército durante a Primeira Guerra Mundial (1916-); depois do término do conflito, ele voltou a viver em Munique, onde passou a trabalhar como artista independente. Schnarrenberger contribuiu para várias revistas das vanguardas alemãs, como Simplicissimus, Der Weg e Wieland, entre outras. As obras de Schnarrenberger participaram, pela primeira vez, da mostra da associação de artistas dita, Neue Sezession [Nova Secessão] (Munique, 1919-1920).
O artista se associou ao Gruppe Rih (Karlsruhe, 1918-), liderado por Rudolf Schlichter e seu co-fundador, Georg Scholz, considerado como o braço regional do Grupo Novembro [Novembergruppe] (Berlim, 1918-1920). Schnarrenberger tornou-se professor de Desenho Comercial na Academia de Arte de Baden (Karlsruhe, 1921), onde foram seus alunos Rudolf Dischinger, que se tornou, mais tarde, professor em Freiburg; Hanna Nagel e Karl Hubbuch que estudaram com ele durante quatro anos (1925-1929); Hermann Sprauer e Willi Müller-Hufschmid, todos aderiram ao estilo pictórico do movimento da Nova Objetividade [Neue Sachlichkeit]. Foram professores da mesma academia G. Scholz e K. Hubbuch (1925). Schnarrenberger, juntamente com o arquiteto Hans Wingler, fundou a ORNA/ Ateliê para todas as áreas da arte comercial, arquitetura dos anúncios e decoração de interiores[Werkstät für alle Bereiche der Werbekunst, der Reklamearchitectur und der Innendekoration] (1924).
De acordo com MICHLASKI (2003) Schnarrenberger revelou-se pela primeira vez na pintura no estilo da Nova Objetividade com Os Amigos [Die Freunde] (1924, óleo/ tela, 120,5 x 90,5 cm, na Staatliche Kunsthalle, Karlsruhe), na qual ele criou o retrato do grupo, quando o artista eliminou através da estética de sua obra, qualquer vínculo emocional entre os retratados. Outra pintura muito interessante de Schnarrenberger foi o Grande Retrato de Família [Grosses Familienbild] (1925, óleo/ tela, 125,5 x 95,5 cm, na Galerie der Stadt, Stuttgart), quando pintou a si mesmo na companhia de sua família. As duas obras citadas se encontram reproduzidas (MICHALSKI, 2003).
No ano seguinte as obras de Schnarrenberger participaram da primeira mostra da Nova Objetividade, organizada pelo historiador de arte e diretor de museu Gustav Fredrich Hartlaub, que nomeou o novo estilo do Realismo Mágico [Magischer Realismus] na arte alemã. Hartlaub convidou, através de carta circular (maio, 1923), artistas de toda a Alemanha para participarem da mostra que ele pretendia organizar no mesmo ano, no museu que dirigiu, a Kunsthalle (Mannheim). A exposição Nova Objetividade. Arte alemã desde o Expressionismo [Neue Sachlichkeit. Deutsche Malerei seit dem Expressionismus] somente ocoreu c. de dois anos depois (junho, 1925). Hartlaub expôs 124 obras dos artistas mais representativos do novo estilo figurativo, predominando aqueles ditos da ala direitista, pois mais da metade das obras foram de artistas do braço regional do movimento em Munique. A exposição fez sucesso, tanto em relação ao público bem como foi apreciada pela crítica de arte e a mostra tornou-se itinerante a várias cidades da regiões da Saxonia e Thuringia.
Obras de Schnarrenberger participaram da Mostra de Arte sem Júri [Juryfreier Kunstshau] (Berlim, 1921); da Imprensa [Pressa] (Colônia) e da Arte Alemã Hoje [Deutsche Kunst de Gegenwart] (Nuremberg, 1927). O artista, bem como quase todos os outros da Nova Objetividade, sofreu com a ascensão do Nacional Socialismo. Os professores da Academia de Karlsruhe (Schnarrenberger, Scholz e Hubbuch) foram todos demitidos. O artista foi viver em Berlim, e, no ano seguinte, passou temporada como convidado da Vila Mássimo (Roma, 1934-1935). De volta à Alemanha as obras de Schnarrenberger foram condenadas como Degeneradas (1937). Os artistas de vanguarda da Nova Objetividade foram o alvo principal das perseguições nazistas. Schnarrenberger retirou-se, passou prolongado período vivendo na cidade de Lenzkirch, na Floresta Negra (1938-1947). Quando a Segunda Guerra Mundial terminou (1945), Schnarrenberger voltou a viver em Kalsruhe: ele foi novamente indicado como professor da Academia de Karlsruhe e membro da Secessão de Baden.
O artista expôs pela primeira vez na Federação de Artistas de Baden-Württember [Baden-Württemberg Kuntlerbund] (1955); Schnarrenberger foi eleito para o Conselho dos Dez da citada Federação (1958) e recebeu o Prêmio Estatal Hans Thoma (1962).
REFERÊNCIA SELECIONADA:
MICHALSKI, S. New Objectivity. Neue Schlichkeit: Painting in Germany in the 1920s.– Painting, Graphic Art and Photography in Weimar Germany 1920-1933. Cologne - London - Los Angeles - Madrid - Paris - Tokyo: Taschen, 2003, 220p.il., pp. 104-106, 217.
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