BIOGRAFIA: BÉRARD, Christian (1902-1949).

BIOGRAFIA: BÉRARD, Christian (1902-1949). Nasceu e morreu em Paris; estudou no Liceu Janson de Sailly e na Academia Ranson (1920). A primeira mostra individual de Bérard foi na Galeria Pierre (1925); e, depois, ele expôs na Galeria Druet (1926). Bérard formou o grupo dos Neo-Humanistas ou Neo-Românticos, do qual participaram os pintores russos irmãos Eugène Gustavovich Berman (1899-1972) e Léonid Gustavovich Berman (1896-1976) e Pavel Tchetlitchev (1898-1957), além de Kristians Tonny (1907-1977) e Léon Zack (1892-1980), entre outros. Os artistas foram todos associados à comunidade homoerótica parisiense presidida por Jean Cocteau (1889-1963). Esse grupo vanguardista foi de curta duração: Bérard realizou criações de cenografia teatral e cinematografica. No grupo de Cocteau, Bérard encontrou o ator Louis Jouvet (1887-1951), Salvador Dali (1904-1989) e Louis Buñuel (1904-1983) e, com esses amigos frequentou a alta sociedade francesa. Como cenógrafo Bérard criou cenografias para os Balés de Monte Carlo, de Ida Rubinstein (1885-1960); para A Sétima Sinfonia (1938); para os Balés do Teatro dos Campos Elísios [Théâtre des Champs Elysées], em Paris; a cenografia para Os Tripulantes [Les Forains] (1945); criou os cenários para a Ilusão Cômica [L’Illusion Comique], da Comédia Francesa (1937); para Renaud e Armide; para A Escola de Mulheres [L'École des Femmes] de Molière (Jean Baptiste Poquelin, 1622-1673); e para A Louca de Chaillot [La Folle de Chaillot]. Bérard criou os cenários e figurinos para o filme de Jean Cocteau, A Águia de Duas Cabeças [L’Aigle à Deux Têtes] (1948). Bérard frequentou as vanguardas parisienses: foi publicada sua fotografia com Cocteau, acompanhado da locomotiva social parisiense, a Viscondessa Marie-Laure de Noailles (31 out., 1902- 29 jan., 1970), nascida Marie-Laure Henriette Anne Bischoffsheim, filha única de Marie-Thérèse de Chevigné, a aristocrata francesa (Vogue, E.U.A., dez., 2001; v. biografia). Marie-Laure, Viscondessa de Noailles (1902-1970) e seu marido receberam le Tout Paris nas suas residencias. Marie Laure foi uma das coadjuvantes no famoso filme precursor das vanguardas cinematográficas francesas, de Dali e Buñuel, que seu marido o Visconde de Noailles foi o produtor: A Idade de Ouro [L'Age d'Or] (1930). A fotografia foi publicada ilustrando artigo justamente sobre os escândalos protagonizados pela sociedade da época. Marie-Laure foi amiga de Jean Cocteau desde a adolescência e tornou-se, juntamente com seu marido, uma das mais importantes promotoras e colecionadoras da arte das vanguardas francesas, adquirindo entre outros, esculturas, objetos, livros e obras de arte erótica, que servia a seus convidados junto com o licor, depois dos lautos almoços com os quais recebeu as personalidades eméritas das artes das vanguardas como Jean Cocteau, Salvador Dali, Luís Buñuel e Christian Bérard, entre outros artistas. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: DICIONÁRIO. CHILVERS, I. A Dictionary of 20th century art. Edited by Ian Chilvers. Oxford: Oxford University Press, 1998. 670p., p. 66. (Oxford reference). 24 x 16 cm. DICIONÁRIO. RAPP, B.; LAMY, J. C. de. Dictionnaire de Films: 10.000 films du monde entier. Paris: Larousse, 1990, pp. 100. DICIONÁRIO. CHILVERS, I. The Concise Oxford Dictionary of Art and Artists. Edited by Ian Chilvers. Oxford: Oxford University Press, 1990. 517p,, pp. 66-67. (Oxford reference) DICIONÁRIO. SEUPHOR, V. M. Nouveau Dictionaire de la Peinture Moderne. Paris: Fernand Hazam, 1963, pp. 26-27. VOGUE. New York: Dec., 2001