A GALERIA MODERNA: A COLEÇÃO DE JUSTIN THANNHAUSER (Munique, c. 1909-1919; Lucerna, Suíça, 1919-; Berlim, c. 1920-; NovaYork, 1940-1991).
O filho do negociante de Artes Heinrich Thannhauser (1859-1935), fundador da Galeria Moderna (Munique, 1909), amealhou coleção de arte que ele ajudou seu pai a adquirir no florescente mercado da época. As mostras versáteis que a galeria patrocinou foram dos Impressionistas e Pós-Impressionistas aos Futuristas italianos, e, regularmente, mostras de artistas contemporâneos alemães. A Galeria Moderna [GM] expôs os artistas do Grupo da Associação dos Novos Artistas de Munique [NKVM - Neue Kluntervereingung München] (1901), e do Grupo do Cavaleiro Azul [Blaue Reiter] (1911), ambos liderados por Wassily Kandinsky, que descreveu o espaço da galeria como sendo o mais belo de Munique. A GM também apresentou a primeira mostra retrospectiva de Pablo Picasso na Alemanha (1913). O artista catalão iniciou relação próxima com Justin Thannhauser, que perdurou até o fim da vida dele (1973). Negociante enérgico, Thannhauser abriu com seu primo Siegfreid Rosengart (1894-1985) a filial de sua galeira de arte em Lucerna (Suíça, 1919). As bem sucedidas novas filiais da GM testaram o mercado com a apresentação de mostra coletiva em Berlim, onde foi instalada a nova sede da Moderne Galerie, fechando a filial de Munique.
Devido à perseguição promovida pelos integrantes do Partido Nacional Socialista aos modernos artistas alemães, ao crescente antisemitismo, pressão e perseguição sofrida pelos artistas de vanguarda com sua arte, então dita, Arte Degenerada [Entartete Kunst] (v.), obrigou a Galeria Moderna a fechar as portas (1937). Thannhauser e sua família emigraram para a França e viveram em Paris; o negociante posteriormente se instalou em Nova York, como colecionador particular (1940-), onde viveu com sua segunda esposa Hilde (1919-1991).
O engajamento de Thannhauser com a arte de vanguarda de seu tempo, quando promoveu o progresso artístico, encontrou a visão paralela na figura de Solomon R. Guggenheim (18761-1949). Em memória de sua primeira esposa e de seus dois filhos que faleceram jovens, Thannhauser doou grande parte de sua coleção, 70 obras incluindo 34 obras de Pablo Picasso para a Fundação Solomon R. Guggenheim (1963). A coleção Thannhauser foi consignada ao museu novaiorquino onde permaneceu anos (1965-1976), sendo incorporada ao acervo depois da morte do negociante de arte; depois que faleceu Hilde Thannhauser (1991), mais 10 obras foram adicionadas ao acervo do museu, enriquecendo o legado excepcional desta família de negociantes de arte.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BASHKOFF, T. Thannhauser Collection: Kandinsky and Expressionist Painting Before World War I. New York: Guggenheim, 2009.
BASHKOFF, T. associate curator organizing a retrospective of Wassily Kandinsky paintings to be held in New York, no 50 Aniversário do Guggenheim Museum.
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