segunda-feira, 29 de abril de 2013


 
REVISTA VER SACRUM [PRIMAVERA SAGRADA].



 
A revista de grande repercussão, Ver Sacrum (Primavera Sagrada, Viena, jan. 1898-1899; Leipzig, 1899-1903), foi porta-voz do Grupo da Secessão Vienense (v. Secessão Vienense, abaixo). Na revista, que misturou arte com literatura, foram publicados vários Manifestos dos artistas das vanguardas vienenses, com a divulgação do dito, Estilo da Secessão [Sezessionsstil], conhecido como o Novo Estilo Jovem [Neue Jugend-Still].

A revista Ver Sacrum implantou nova concepção gráfica, através de seu desenho arrojado, e lançou edições mensais durante o primeiro ano (1898-1899); nos anos seguintes se tornou bimestral (1900-1903). O título da revista foi baseado no ritual romano de consagração de jovens nas épocas de incertezas e perigos, quando eram destinados a cumprir missão divina, visando promover com atos heróicos a salvação da humanidade. Essa ideologia foi inserida no Grupo da Secessão Vienense por Max Buckhard (1854-1912), que durante anos, manteve carreira política e administrativa, a qual renunciou para se tornar o coeditor da revista. Foi seu colaborador o artista plástico Ferdinand Hodler (1853-1918),que nela publicou seu artigo Paralelismo (v. traduzido: CHIPPS, 1996: 103-105). Para a Ver Sacrum, o mais conhecido artista das vanguardas vienenses, Gustav Klimt, foi um dos ilustradores da revista e para a primeira capa ele desenhou a figura feminina Nuda Veritas (n. 01, 1898). Foram colaboradores da publicação os principais participantes do Grupo da Secessão Vienense, os arquitetos Adolf Loos (1870-1933) e O. J. Bierbaum (Otto Julius Bierbaum, 1865-1910); os escritores Rainer Maria Rilke (1875-1926), Hermann Bahr (1863-1934), Hugo von Hofmannstahl (1874-1929), Paul Sheerbat e Maurice de Maeterlinck (1862-1949).
 

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

 

 

CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, p. 278.

 

CHIPPS, H. B. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pp. 103-105.     

  

SCHORSKE, C. Viena Fin-de-siècle, política e cultura. Tradução de Denise Bottman. Campinas: Unicamp, Cia das Letras, 1990, pp. 207-209.

 

 

 

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