segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

SIMBOLISMO [SYMBOLISME] (c. 1885-1905).


Destaques: BAUDELAIRE, Charles, Auguste RODIN, Odilon RÉDON e Louis ROY.


ENCICLOPÉDIA. CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.).

ENCICLOPÉDIA. JACKSON,W. Enciclopédia Prática Jackson, vol. 9. Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Recife: Editôra Jackson, 1956, pp. 244-245
Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, pp. 279-280
O Simbolismo, foi movimento lançado através de Manifesto, assinado por Jean Moreás (1856-1910): a sua divina decadência impregnou a arte e a sociedade de sua época. Este período floresceu nas obras literarias, bem como nas Artes Plásticas, comentado em artigos como do crítico Paul Bourget, divulgado na publicação dos irmãos Nathanson, La Revue Blanche [A Revista Branca] (06 jun., 1885). A revista Decadent [Decadente] (1886) promoveu ainda mais abertamente a noção cada vez mais acentuada do clima depressivo que impregnava a sociedade francesa. Esse ambiente de final de século foi expresso em alguns romances, legítimos exemplos do estilo, como A Rebours, de Jóris-Karl Huysmans (1848-1907), Vício Supremo [Vice Suprême] de Sâr Péladan (1859-1918) e o Crepúsculo dos Deuses [Crépuscule des Dieux], de Elemir Bourges.

Charles Baudelaire (1821-1867) foi legitimo representante do Simbolismo, que marcou a época, influente na passagem dos séculos XIX-XX, bem como os escritores Stéphane Mallarmé (1842-1898), Paul Verlaine (1844-1896) e Arthur Rimbaud (1854-1891), Paul Valéry (1871-1945), André Gide; vários outros poetas como Anna de Noailles(Anna Elizabeth de Bracovan, 1876-1933). Os escritores citados lançaram os alicerces do Simbolismo, cuja forte presença invadiu, não só a Literatura, mas as Artes Gráficas e as Artes Plásticas francesas, alemãs e russas. Na Literatura de outros paises, como a inglesa, o mesmo clima pesado com a publicação de o Retrato de Dorian Gray, obra-prima de Oscar Wilde (1854-1900); e, foram traduzidos na Europa os livros do italiano Gabrielle D'Annunzio.

Nas Artes Plásticas, quadros que prenunciaram o decadentismo europeu foram obras de Henri Füssli (1741-1825), de Francisco de Goya y Lucientes (1746-1828), de William Blake (1757-1827) e, na geração que a sucedeu, se destacaram as obras de Arnold Böcklin (1827-1901), Ferdinand Knopff (1858-1921), James Ensor (1860-1949), Franz von Stuck (1863-1928), Henri de Groux (1867-1930) e Jean Delville (1867-1953), sem falar nos artistas russos, como Ilia Repin (1844-1930) e Mikhail Vrubel (1856-1910), que participaram do Grupo dos Itinerantes (v.), entre outros. Todos os citados estiveram, direta ou indiretamente, associados ou foram precurssores do Simbolismo.

Pertenceram ao grupo multidisciplinar outros escritores e artistas plásticos, como o pintor, escultor, gravador e escritor Paul Gauguin (1848-1903), o escritor e teatrólogo Alfred Jarry (1873-1907), o escritor, poeta, editor e fotógrafo Pierre Louÿs (1870-1925), o pintor e marchand de Gauguin, Daniel de Monfreid (1856-1929), e o dito, Príncipe dos Sonhos, o pintor Odilon Redon (1840-1916), bem como o escultor Auguste Rodin (1840-1917).

Desde o final do século XIX movimento Simbolista se agrupou em torno de várias revistas parisienses (v. relação nas Revistas Internacionais publicadas pelas Vanguardas Artísticas). Alguns músicos e compositores participaram das reuniões do grupo dos Simbolistas, como Maurice Ravel (1875-1937), Claude Debussy (1862-1918) e Arthur Honegger. Honegger pertenceu posteriormente, decada de 1920, ao Grupo dos Seis [Groupe des Six] (v.): ele compôs a música para o balé Amphion e para a ópera Semíramis, com libreto de Paul Valéry, eleito o melhor poeta francês.

Os poderosos editores Simbolistas, especialmente o grupo do Le Mercure de France, foram influentes sobre o movimento artístico. Foi editor dessa importante publicação, o escritor e crítico de arte Georges-Albert Aurier, que elevou Paul Gauguin à categoria de representante máximo dos pintores Simbolistas, depois que o seu quadro Visão do Sermão [Vision du Sermon] (Pont-Aven, 1888), participou da mostra internacional do dito, Grupo dos XX (Bruxelas, Bélgica,1884-1893).

Destaque para editores como Louis Dumur, Léon-Paul Fargue, Louis Gallimard e os irmãos Remy e Rénard de Goncourt. Outra editora conhecida, Adriènne Monnier, foi proprietária da livraria freqüentada pelos Simbolistas, e, bem mais tarde, por Oswald de Andrade, local onde o escritor brasileiro se encontrava com o poeta suíço Blaise Cendrars (1887-1961).

O Simbolismo francês foi influenciado pelo grupo inglês da Irmandade dos Pré-Rafaelitas [The Pré-Raphaelite Brotherwood] (v.), integrado por Sir Edward Coley Burne-Jones (1833-1898), Dante Gabriel Rossetti, John Millais, e o principal ilustrador de revistas e publicações da época, Walter Crane. Na Bélgica foram expoentes na pintura Henry van de Velde, Von Marées e Arnold Böcklin; e, na literatura, Hugo von Hofmannsthal e Rainer Maria Rilke; e na Gravura Max Klinger e Alfred Kubin. Na Noruega, o principal artista plástico Simbolista foi Edvar Munch.

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

Nenhum comentário:

Postar um comentário