Arte européia de vanguarda, desde seus primórdios, no século XIX: biografias e história, artistas, escolas, grupos e movimentos.Imagem da Exposição dita, Neo-plástica, no Museu Sztuki em Łodz (1946), projetada por Władysław Strzeminski para expor seleção das 111 obras da nata das vanguardas européias, colecionadas pelo Grupo Internacional dos A. r. (Artistas revolucionários, 1929-1936).
sexta-feira, 27 de junho de 2014
BIOGRAFIA: BARLACH, Ernst (1870-1938).
BIOGRAFIA:BARLACH, Ernst (1870-1938).
O escultor e gravador nasceu em Wedel, próximo à Hamburgo (Alemanha). Barlach destacou-se especialmente na escultura, tendo participado do Grupo (Internacional) da Ponte [Die Brücke] (v.), (Dresden - Berlim, 1910-1913), do Expressionismo alemão, cujo grupo mais importante foi o do Cavaleiro Azul [Blaue Reiter] (v.).
O artista estudou na Escola de Artes e Artes Aplicadas (Hamburgo, 1888-1891) e depois na Academia de Arte (Dresden, 1892-1895). Barlach devotou-se a escrever e, inclusive, publicou um livro sobre Desenho Figurativo. O artista viajou para Paris e, na volta, trabalhou em Hamburgo, Berlim e Wedel, produzindo Desenhos, Cerâmicas e Esculturas monumentais. Barlach foi à Rússia visitar seu irmão, que vivia na Cracóvia, viajando através das estepes do país; esta experiência pessoal transformou-se no livro Esboços Russos [Russiches Tagebuch] (1906). A viagem influenciou sua obra e em seguida Barlach produziu desenhos de figuras de pedintes e reproduziu o mesmo tema nas obras realizadas nas técnicas de cerâmica, porcelana, terracota e bronze (1907).
Barlach se associou ao grupo de artistas que participava da Secessão Berlinense [Berliner Sezession] (1898-1938). O artista assinou contrato de exclusividade com o negociante de artes Paul Cassirer fato que assegurou-lhe a garantia de salário anual fixo. Após temporada em Florença, Barlach foi viver em Gustrow, na companhia de sua mãe e de seu filho, nascido de relação esporádica com uma de suas modelos, filho pelo qual ele lutou para conquistar a custódia. O artista foi convocado para servir ao exército (1915), mas graças à intervenção de Max Liebermann (1847-1935), artista e presidente da Secessão, Barlach foi dispensado da infantaria após servir somente dois meses na ativa.
Barlach havia escrito vários dramas (c.1920) e continuou com esta atividade literária, mas, na mesma época, produziu inúmeras xilogravuras, esculturas e monumentos. No seu sexagésimo aniversario o artista foi homenageado pela Academia de Arte da Prússia (1930). No auge do sucesso Barlach foi vítima de campanha difamatória por parte dos nazistas pois, protestando contra a resignação forçada de Käthe Kollvitz e Heinrich Mann da Academia de Arte da Prússia, Barlach radicalizou quando proferiu a palestra radiofônica Artistas Hoje. Em represália, os nazistas confiscaram suas esculturas públicas e destruíram a maioria de suas obras: foi graças à sua relação ambivalente com seu assistente Bernhard Bohmer, que este conseguiu um acordo com o novo regime e salvou o artista das mais funestas consequências. No ano em que os nazistas expuseram à execração pública seus mais notáveis artistas, através da mostra itinerante dita, Arte Degenerada [Entartete Kunst] (sic), Barlach faleceu de ataque cardiaco (1938).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BARON, S.; DIETER-DUBE, W. German Expressionism Art and Society. New York: Rizzoli, 1997, p. 100.
SCHAMALENBACH, W.; GRASSKAMP W. (Biogr.). German Art of the 20th Century: painting and sculpture 1905-1985. Translated by John Ormond. Munich - Düsseldorf: Prestel, 1987, p. 478.
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