HISTÓRIA DO PÓS-IMPRESSIONISMO EUROPEU.
BIOGRAFIA:FÉNÉON, Félix (1861-1944).
O crítico de arte e jornalista francês nasceu em Turim (Itália), mas faleceu em Chatenay – Malabry (França). Fénéon tornou-se o principal escritor e crítico de arte das nascentes vanguardas francesas: o literato, dotado de grande cultura, tornou-se o divulgador das primeiras vanguardas artísticas ditas, Neo-Impressionistas, que ele apoiou. Foi Fénéon, quem divulgou-as junto ao poderoso grupo de intelectuais Simbolistas, editores de jornais e revistas, como Pierre-Albert Aurier, entre outros. Fénéon apoiou também o grupo dos artistas, ditos, Nabis [Profetas, em hebreu], na última década do século XIX e início do XX.
Vivendo em Paris, Fénéon tornou-se redator-chefe (1884), da revista belga L'Art Moderne [A Arte Moderna, 1881-1887]; ele passou a fazer de seu escritório na rua Blanche o local de reunião que se transformou no pólo de atração dos artistas das vanguardas francesas, tais como Georges Seurat. Esse artista foi o principal expoente do grupo Neo-Impressionista, do qual participaram Paul Signac, Hemri Cross e artistas belgas tais como Théo van Rysselberghe.
Foi Fénéon quem publicou a primeira análise crítica sobre vanguarda artística no mundo (1886), no panfleto sobre o grupo dos artistas Impressionistas: esse texto andou de mão em mão e obteve grande repercussão entre os intelectuais franceses e belgas, pois foi considerado trabalho de bastante expressão. Devido ao seu sucesso, Fénéon tornou-se o colaborador da revista simbolista La Vogue (1a fase, 1886-1887; 2a fase, 1888-1889), que logo após o lançamento atingiu a tiragem expressiva de 15.000 exemplares, vendidos em poucos meses. Foi nesta revista que Fénéon publicou seu artigo sobre a obra pontilhista do Neo-Impressionista Georges Seurat; foi ainda na L'Art Moderne que Fénéon publicou vários de seus artigos mais importantes sobre arte contemporânea (1886-1890).
Logo seu amigo, o editor Thadée Natanson, amigo também de Henri de Toulouse Lautrec (1864-1901), e nobre família, resolveu lançar a La Révue Blanche (A Revista Branca, Paris, 1889-1891; Bruxelas, 1889-1903), que recebeu o nome da rua do escritório de Fénéon (Paris).
Foi Fénéon quem publicou a primeira análise crítica sobre vanguarda artística no mundo (1886), no panfleto sobre o grupo dos artistas Impressionistas: esse texto andou de mão em mão e obteve grande repercussão entre os intelectuais franceses e belgas, pois foi considerado trabalho de bastante expressão. Devido ao seu sucesso, Fénéon tornou-se o colaborador da revista simbolista La Vogue (1a fase, 1886-1887; 2a fase, 1888-1889), que logo após o lançamento atingiu a tiragem expressiva de 15.000 exemplares, vendidos em poucos meses. Foi nesta revista que Fénéon publicou seu artigo sobre a obra pontilhista do Neo-Impressionista Georges Seurat; foi ainda na L'Art Moderne que Fénéon publicou vários de seus artigos mais importantes sobre arte contemporânea (1886-1890).
Logo seu amigo, o editor Thadée Natanson, amigo também de Henri de Toulouse Lautrec (1864-1901), e nobre família, resolveu lançar a La Révue Blanche (A Revista Branca, Paris, 1889-1891; Bruxelas, 1889-1903), que recebeu o nome da rua do escritório de Fénéon (Paris).
As páginas em branco da publicação, deveriam ser preenchidas com arte e beleza: para essa revista contribuíram vários dos artistas e ilustradores vanguardistas como Henri de Toulouse-Lautrec, que nela publicou muitos desenhos, entre outras presenças dos cartunistas e desenhistas parisienses mais conhecidos, tais como Caran d’Ache e Théodore Steinlein, entre outros. Fénéon se tornou o representante da publicação (Paris, 1891).
Foi Fénéon quem organizou a mostra retrospectiva (póstuma) de Seurat, que morreu jovem, súbita e precocemente, aos 32 anos de idade: ele, a convite da família, catalogou a obra do artista. Fénéon divulgou as obras do grupo dos Nabis, integrado por artistas como Pierre Bonnard, Édouard Vuillard, Maurice Denis; ele apoiou Toulouse-Lautrec, Paul Signac, Henri-Edmond Cross, entre outros artistas menos conhecidos, como Charles Henry. Apoiou Henri Matisse, permitindo que o artista abandonasse seu trabalho regular para dedicar-se somente à arte. Fénéon promoveu não só as vanguardas artísticas do Impressionismo, mas também o Neo-Impressionismo e Simbolismo, francês e belga.
Depois da II Guerra Mundial Fénéon tornou-se diretor artístico de galeria de arte parisiense; e foi de sua iniciativa a organização da primeira mostra dos artistas Futuristas italianos na França (Paris, 1912). Fénéon, personalidade marcante para a arte das vanguardas de seu tempo, foi homenageado por vários artistas: ele foi retratado por Georges Seurat (1890). Signac retratou-o como mágico de circo, emum de seus quadros pontilhistas mais conhecidos, que se encontra reproduzido (CASSOU, 1988). Outro retrato do escritor, foi pintado pelo Nabis Félix Vallotton: Félix Fénéon no escritório da La Revue Blanche (1896); e Henri de Toulouse-Lautrec desenhou sua caricatura (1885-1886, nanquim ao pincel/ papel, 27,8 x 19,5 cm), reproduzida (FRÈCHES, 1991).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BONFANTI-WARREN, A. The Musée D'Orsay. New York: Barnes and Noble, 2000. 320p., il., color. 25,5 x 36,5 cm.
BREUILLE, J.-P. L'Art du XXe Siècle. Dictionnaire de Peinture et Sculpture. Paris: Larousse, 1991, p. 261.
ENCICLOPÉDIA. CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, p. 259.
FRÉCHES-THORY, C.: TERRASSE, A. Les Nabis. Tours: Flammarion, 1990. 319p.: il., pp. 222-223.
FRÉCHES, C.; FRÉCHES, J. Toulouse-Lautrec: les lumiéres de la nuit. Paris: Gallimard, 1993. 176p.: il. color. (Découvertes Gallimard, v. 132).
CATÁLOGO. FRÉCHES, C.; ROQUEBERT, A.; THOMPSON, R.; CACHIN, F., DREW, J. Toulouse-Lautrec. Paris: Réunion des Musées Nationaux, 1991.
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