NAS VANGUARDAS FRANCESAS E RUSSAS (Paris, 1906-; Moscou, 1913-).
Assim como os artistas franceses de vanguarda passaram a colecionar a Arte Negra (v.), da África ou Oceânia, esculturas primitivas que Pablo Picasso, Guillaume Appolinaire e, depois, André Breton e escritores do Grupo do Surrealismo passaram a colecionar, os artistas das vanguardas russas passaram a colecionar as gravuras de Lubok (v. Xilogravura). Esses items foram procurados em feiras de arte e mercados de antiguidades e brechós do país. A primeira mostra que incluiu as gravuras de Lubok vistas como obras de Arte Primitiva ocorreu no Instituto de Pintura, Escultura e Arquitetura (Moscou, 19-24 fev., 1913). A mostra foi organizada por Mikhail Larionov e pelo jovem arquiteto e colecionador de Lubok, Nikolay Vinogradov (1885-1980). Entre as 551 obras mostradas na exposição foram incluídos outros exemplos de Artes Gráficas, como gravuras de várias regiões orientais (China, Japão, Coréia, Pérsia e Turquia), além de gravuras européias, entre outros itens, como bandejas pintadas na tradição russa. Na apresentação do catálogo Larionov escreveu:
[...] Todos estes itens são Lubok, no sentido mais amplo da palavra, e tudo isto é arte maior [...] (Kovtun, 1998: 81).
Posteriormente Vinogradov organizou o Museu de Arquitetura de Moscou, que possui documentos referentes à nova arquitetura russa do período logo após a Revolução Russa. Exatamente um mês depois, Larionov inaugurou outra mostra, no Salão Bolshaya Dimitrova, com 596 itens, incluindo 129 ícones, entre esses 170 gravuras de Lubok de sua coleção. Nessa exposição Natália Gontcharova expôs seis aquarelas e duas gravuras, influenciadas pela estética do Lubok, sendo que as duas últimas ilustraram poemas de Nekrasov; essas obras pertencem ao acervo da Galeria Tretiakov, em Moscou (KOVTUN, 1996).
KOVTUN, Y. (Introd., documentary material and annotation); BOWLT, J. (Foreword.). The Russian Avant-Garde in the 1920-1930s: Painting. Graphics, Sculpture, Decorative arts from the Russian Museum in St. Petersburg. Bournemouth: Parkstone Publishers. St. Petersburg: Aurora Art Publishers, 1996, 175p.: il., algumas color., p. 100.
[...] Todos estes itens são Lubok, no sentido mais amplo da palavra, e tudo isto é arte maior [...] (Kovtun, 1998: 81).
Posteriormente Vinogradov organizou o Museu de Arquitetura de Moscou, que possui documentos referentes à nova arquitetura russa do período logo após a Revolução Russa. Exatamente um mês depois, Larionov inaugurou outra mostra, no Salão Bolshaya Dimitrova, com 596 itens, incluindo 129 ícones, entre esses 170 gravuras de Lubok de sua coleção. Nessa exposição Natália Gontcharova expôs seis aquarelas e duas gravuras, influenciadas pela estética do Lubok, sendo que as duas últimas ilustraram poemas de Nekrasov; essas obras pertencem ao acervo da Galeria Tretiakov, em Moscou (KOVTUN, 1996).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
KOVTUN, Y Mikhail Larionov 1881–1963. Cronicle of the artist's life and work. Translated by Paul Williams. Bournemouth: Parkstone Press, 1998. 175p.: il., retrs., pp. 78-85.
Nenhum comentário:
Postar um comentário