DÉCIMA PARTE REFORMULADA DA HISTÓRIA DOS BALÉS RUSSOS [BALLETS RUSSES], DA CIA. TEATRAL SERGEY PAVLOVICH DIAGHILEV (Paris, 1909-1929).

Temporada: 1925.

Versão revisada de O Canto do Rouxinol [Le Chant du Rossignol] (Igor Stravinski).

Depois de algumas apresentações na Espanha os Ballets Russes estrearam no Teatro Coliseum (Londres, 18 maio, 1925). No intervalo, a Cia. Teatral S. P. Diaghilev se apresentou durante uma semana no pequeno Teatro Gaîeté-Lyrique (Paris, 17 junho, 1925). Cada vez mais, Diaghilev reservava maiores temporadas em Londres, pois os ingleses adoravam os Ballets Russes e lotavam grandes teatros.

Entre os balés apresentados nessa temporada, a estréia da versão revisada de O Canto do Rouxinol [Le Chant du Rossignol], com coreografia inovadora de George Balanchine. A música de Igor Stravinski dedicada a Serge Mitusov, O Rouxinol, Conto Lírico em três atos [Le Rossignol] estreou com os Ballets Russes (1914). O tema foi baseado no conto homônimo de Hans Christian Andersen; o balé estreou com cenários e figurinos de Alexandre Benois (1870-1964; v. imagens abaixo de cenários e figurinos), com a orquestra conduzida pelo maestro Pierre Monteux, no Teatro da Ópera (Paris, 26 maio, 1914). A última récita da primeira temporada em que este balé foi apresentado ocorreu em Londres (24 jul., 1914): uma semana depois a Inglaterra se envolveu no conflito da I Guerra Mundial.

Stravinski, compôs nova música para balé: O Canto do Rouxinol, dito, Poema Sinfônico em Três Partes [Le Chant du Rossignol], (20’), inicialmente apresentada em Morges (França, 04 abr., 1917); posteriormente em Genebra (1919) e Londres (1920; 1925; 1930; 1935). A versão desse balé com a nova música de Stravinski, foi reapresentado com a nova coreografia de George Balanchine, cenários de Pedro Pruna baseados na influência da pintura Cubista de Pablo Picasso sobre a obra do jovem cenógrafo. O balé reestreou dançado pela jovem bailarina de apenas quatorze anos de idade, a inglesa Alice Marks, que ficou conhecida como Alicia Markova, aluna de Enrico Cecchetti. A estréia foi no grande Teatro Coliseum (Londres, 18 de maio, 1925).

A mesma música foi reapresentada com a Orquestra da Suíça Romande, conduzida por Ernest Ansermet (Genebra, Suíça, 6 dez., 1919). No ano seguinte Le Chant du Rossignol foi reapresentado na Royal Opera House, Teatro do Covent Garden (Londres, jul., 1920), com o maestro Ernest Ansermet conduzindo a Orquestra da Rádio BBC. A música foi reapresentada no Queen's Hall (Londres, 31 jan.,1930). O balé estreou com os Ballets Russes (Paris, 1914; 1919) e foi apresentado em Londres (1914; 1925).

Novo balé: Os Tripulantes [Les Matelots](Georges Auric).

(continua)

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

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FERRAZ, S. Igor Stravinsky. São Paulo: Notas do programa da O.S.P., 2003, pp. 115, 117, 148-150.

CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 580.

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