O músico e compositor francês foi discípulo de Erik Satie, e personificou o espírito desejado por Jean Cocteau, para seu balé Os Noivos da Torre Eiffel [Les mariés de la Tour Eiffel], paródia com gigantescas máscaras criadas por Jean Hugo e Valentine Gross, (depois Valentine Hugo). Auric compôs a música de abertura, alegre mas cáustica, totalmente adequada para esse balé bizarro. A obra musical foi colaboração dos músicos que formaram o Grupo dos Seis [Groupe des Six]. O balé foi encenado com libreto de Jean Cocteau e cenários de Irene Lagut com os Balés Suecos [Ballets Suedois], dirigidos por Rolf de Maré (Paris, 1921).
O produtor dos Ballets Russes [Balés Russos], Sergei Diaghilev, contratou Auric para compôr a música para os balés Os Entediados [Les Facheux] (1924); Os Tripulantes [Les Matelots] (1925) e A Pastoral [La Pastorale] (1926). A companhia dos Ballets de Monte Carlo, de Ida Rubinstein, contratou Auric para compor a música para o balé Encantamentos de Alcina [Enchantementes d'Alcine]. Posteriormente Auric compôs a música para Quadrilha [Quadrille], para o Ballet du Théâtre des Champs Elysées (Paris, 1946); e para o balé do Théâtre de l´Opera de Paris, Auric compôs ainda música para os espetáculos O Pintor e seu Modelo [Le Peintre et son modèle] (1949) e Fedra [Phèdre] (1950).
Jean Cocteau contratou Auric para compôr música para seus filmes O Sangue de um Poeta [Le Sang d'un poete], O Eterno Retorno [L'Eternel Retour] e Orfeu [Orphée]; as duas primeiras produções citadas foram projetadas na mostra Surrealismo Cinema e Vídeo, no CCBB (Rio de Janeiro, 2001).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
CATÁLOGO. Surrealismo Cinema e Vídeo. Rio de Janeiro: CCBB, 2001.
HAGER, B. Les Ballets Suedois. Translated by Ruth Sharman. London: Thames and Hudson, 1990. 303p.: il., algumas color., p. 293.
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