sexta-feira, 7 de novembro de 2014

GRUPO (INTERNACIONAL) DE ESTILO [DE STIJL] OU GRUPO (INTERNACIONAL) DO NEOPLASTICISMO (Laren, Holanda, 1917; Dusseldorf, maio – Weimar, Alemanha, setembro de 1922; Paris, França, 1918-1925).

GRUPO (INTERNACIONAL) DE ESTILO [DE STIJL] OU GRUPO (INTERNACIONAL) DO NEOPLASTICISMO (Laren, Holanda, 1917; Dusseldorf, maio – Weimar, Alemanha, setembro de 1922; Paris, França, 1918-1925). Destaques; LEEK, Bart van; MONDRIAN, Piet; Théo VAN DOESBURG e Georges VANTONGERLOO. Este movimento surgiu na cidade de Laren (Holanda, 1917), quando Piet Mondrian (1872-1944) encontrou-se com Bart van der Leck (1876-1958) e Théo van Doesburg (1882-1931), formando o Grupo (Internacional) do Neo-Plasticismo ou o Grupo De Estilo [De Stijl], que publicou a revista homônima. A revista, expôs teorias através de vários artigos dos artistas participantes do grupo, pois publicou o texto dos principais manifestos de seus artistas e colaboradores, entre os quais citamos o poeta Antony Kok (1882-1969) e o arquiteto J. P. Oud (Jacobus Johannes Pieter Oud, 1890-1963). A revista publicou artigos de Piet Mondrian e Bart van der Leck. No segundo nùmero da revista colaboraram Archipenko (1887-1964), Constantin Brancusi (1876-1957), Gino Severini (1883-1966), Théo van Doesburg e Georges Vantongerloo (1885-1965). Na revista foram publicados três ensaios fundamentais de Mondrian, além do primeiro Sobre a Nova Plástica da Pintura, publicado no primeiro número da revista. E, sob forma de livro, os ensaios de Mondrian foram publicados resumidos, traduzidos para o francês sob o título de O Neo-Plasticismo: Princípio Geral da Equivalência Plástica (Paris, 1920). A teoria do movimento foi formulada por Mondrian, mas T. van Doesburg foi seu incansável divulgador, mantendo estreitos contactos com o mundo cultural de arquitetos e artistas plásticos, viajando por diversas cidades e organizando inúmeras palestras e conferências. O grupo reuniu almém de Piet Mondrian (1872-1944) e Theo van Doesburg (1883-1931), Alfred Reth (1884-1966), Vilmos Huiszar (1884-1960), Georges Vantongerloo (1885-1965), Anton Pvsner (1886-1962), Hans Richter (1888-1976); o russo que vivia na Polônia Wladislas Strzheminsky (1893-1952); o britânico Ben Nicholson (1894-); os alemães Kurt Schwitters (1887-1948), Willi Baumeister (1889-1955) e Friedrich Vordemberge-Gildewart (1899-1962); e os arquitetos J. J. P. Oud (1890-1963) e outro russo, Constantin Melnikov (1893-1974), entre outros. Quando começou a I Guerra Mundial, P. Mondrian, que tinha voltado a Holanda para visitar sua família em Laren, não pôde retornar à França onde vivia. O artista passou prolongado período vivendo na cidade natal, onde Bart van der Leck (1876-1958), viveu na mesma época (1916). Os artistas estabeleceram amizade próxima, que durou curto período; Mondrian e Van der Leck discutiram arte inúmeras vezes, em visitas mútuas e diárias. Outro encontro fundamental para a carreira de Mondrian e Van der Leck, deu-se também em Laren, com Théo van Doesburg, que viu as obras de Leck na exposição no Museu Stedelijk (Amsterdã) e dedicou-lhe artigo, publicado na revista Die Eenheid (1915). A terceira influência capital foi a do filósofo cristão [Christosopher] Mathieu Schoenmaekers (1875-1944), que publicou dois livros: Het Nieuwe Wereldbeeld [A Nova Imagem do Mundo] (1915) e Beginselen der Beeldende Wiskunde [Princípios das Matemáticas Plásticas] (1916). As teorias de Schoenmaekers produziram forte impacto nas obras de Van der Leck e Mondrian, mas também foram influentes na terminologia que os artistas passaram a empregar nas suas obras. Através de Mondrian e de Vilmos Huszar, que Van der Leck conheceu através dos círculos de amigos de Bremmer, em Haia, ele também encontrou, no final do mesmo ano, o arquiteto, conferencista, escritor, editor e pintor, Théo van Doesburg (1916). Do novo grupo assim formado participou o belga Georges Vantongerloo, que conheceu T. van Doesburg (1914) e assinou o manifesto De Estilo [De Stijl] (1916). O resultado prático foi que todo este grupo se envolveu na fundação da associação de artistas e na publicação da revista De Stijl (Laren, 1917-1924). Mondrian tornou-se um dos principais editores, teóricos e colaboradores da publicação, na qual ele divulgou os Manifestos do movimento que liderou. Nessa publicação, também distribuida em Paris, T. van Doesburg se apresentou como Mecânico Plástico; ele assinou poesia na revista, da qual um número foi inteiramente dedicado aos seus poemas (novembro de 1921). Bart van der Leck colaborou com dois artigos para a revista De Estilo, nos quais analisou a natureza e funções da pintura e da arquitetura e a relação entre ambas, advogando maior interação do pintor com o todo-poderoso arquiteto. No entanto, a repercussão da publicação de Mondrian e seus amigos não ocorreu logo: Laren marcou o efeito de isolamento provinciano do grupo. O que salvou do isolamento o introspectivo Mondrian, foi a importante colaboração da personalidade dinâmica do belga Georges Vantongerloo, que se transformou no grande promotor do movimento holandês. O artista foi incansável na promoção do Grupo de Estilo, para o qual organizou mostras, palestras, encontros e eventos. Vantongerloo distribuiu a revista e divulgou o movimento na França, pois foi viver em Meudon, subúrbio de Paris. O artista conheceu o editor e escritor Michel Seuphor (1901-1999), além de outros artistas de vanguarda como o uruguaio Joaquín Torres-Garcia (1874-1949). Vantongerloo se associou depois a Seuphor, Torres e Auguste Herbin (1882-1960), e tornaram-se fundadores do Grupo de Arte Concreta Abstração-Criação (Paris, 1932-1936; v.). As diferenças de opinião entre Leck e Van Doesburg, levaram à cissão do grupo e forçaram o afastamento dele do Grupo (Internacional) De Estilo. Mondrian tornou-se um dos principais editores, teóricos e colaboradores da revista, na qual ele publicou os manifestos do movimento, que passou a liderar. Na época, Mondrian ficou viajando Larren - Paris: ele lançou o livro que resumiu sua doutrina, O Neo-Plasticismo, na Galeria O Esforço Moderno [L'Effort Moderne] (Paris,1920). Mondrian colaborou com artigos teóricos para as principais publicações de vanguarda da época: o artigo Novo Construtivismo [Neue Gestaltung] foi reproduzido pela editora da Bauhaus (1925). Mondrian, tão rígido como suas pinturas, rompeu com T. van Doesburg, quando este introduziu a linha inclinada nas suas obras, pois a teoria do Neo-Plasticismo era absolutista. Na época, Mondrian escreveu a Van Doesburg: […] Após sua correção arbitrária do Neo-Plasticismo, toda e qualquer colaboração que seja, tornou-se para mim impossivel […] (1924), declaração citada (RAGON, 1992). Van Doesburg iniciou seu próprio movimento, pouco conhecido e divulgado, o Elementarismo (v. Grupo do Elementarismo), pois pouco depois faleceu (Paris, 1931). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: BRITT, D.; MACKINTOSH, A.; NASH, J. M.; ADES, D.; EVERITT, A; WILSON, S.; LIVINSGSTONE, M. Modern Art: from Impressionism to Post-Modernism. London: Thames and Hudson, 1989, 416p.: il., , p. 45. RAGON, M..Journal de l´Art Abstrait. Genève: Skira, 1992. 163p: il., p..100.

Um comentário:

  1. GRUPO (INTERNACIONAL) DE ESTILO [DE STIJL] OU GRUPO (INTERNACIONAL) DO NEOPLASTICISMO (Laren, Holanda, 1917; Dusseldorf, maio – Weimar, Alemanha, setembro de 1922; Paris, França, 1918-1925).

    Destaques; LEEK, Bart van; MONDRIAN, Piet; Théo VAN DOESBURG e Georges VANTONGERLOO.

    Este movimento surgiu na cidade de Laren (Holanda, 1917), quando Piet Mondrian (1872-1944) encontrou-se com Bart van der Leck (1876-1958) e Théo van Doesburg (1882-1931), formando o Grupo (Internacional) do Neo-Plasticismo ou o Grupo De Estilo [De Stijl], que publicou a revista homônima.

    ResponderExcluir