domingo, 22 de junho de 2014

1915-1917-FUTURISMO EM PORTUGAL (Lisboa).

FUTURISMO EM PORTUGAL (1915-1917). O poeta e escritor Fernando Pessoa (Fernando Antônio Nogueira Pessoa, 1888-1935), nasceu em Lisboa (Portugal). Pessoa descobriu que possuía talento incomum de escrever com vários heterônimos, como se fosse ao mesmo tempo várias pessoas diferentes. O escritor utilizou esta rara qualidade literária e aproximou-se das vanguardas européias, através de seu amigo, o também escritor Mário de Sá Carneiro (1890-1916). Quando viveu certo período em Paris, Sá Carneiro estudou na Sorbonne e manteve Pessoa informado dos últimos movimentos da arte das vanguardas internacionais. Posteriormente a dupla de autores publicou dois números da revista Orpheu (abril - julho, 1915), tendo como colaboradores o pintor Almada Negreiros (José Sobral de Almada Negreiros, 1893-1970) e o poeta e escritor Álvaro de Campos, heterônimo do escritor Fernando Pessoa. Essa publicação foi seguida por Portugal Futurista (1917), de Almada Negreiros. Ambas as revistas foram publicadas em Lisboa, com colaborações de Souza Cardoso (Amadeo de Souza Cardoso, 1887-1918), Pessoa e dos intelectuais das vanguardas francesas Guillaume Apollinaire (1880-1918), Blaise Cendrars (Fréderic Sausser, 1887-1961) e Sonia Delaunay (1886-1979). Negreiros publicou a tradução de alguns manifestos do Futurismo italiano como o Manifesto da Luxúria, da sobrinha-neta de Victor Hugo (Victor Marie Hugo, 1802-1885), Valentine de Saint Point (Anna Jeanne Valent Marianne de Glans de Cassiat Vercell, 1875-1953), além dos manifestos dele e de Campos. A revista publicou ainda seu Ultimatum, no qual glorificou a era da máquina. As revistas trouxeram ainda o poema Manicure, de Sá Carneiro; Ode Marítima de Álvaro de Campos; e Chuva Oblíqua, de Pessoa, poema que o escritor declarou ser intercessionista, no qual propôs [...] expressar uma multiplicidade de sensações cruzando simultaneamente o campo da consciência [...]. Álvaro de Campos lançou o movimento pouquíssimo conhecido, dito, do Sensacionalismo, em prol da busca da sensação e do sensacional, com citações do poeta norte-americano Walt Whitman (1819-1892). Os inteletuais portugueses queriam formar ala radical, à direita do Futurismo marinetiano, do qual discordavam em vários pontos, mas mantiveram neste período ligação próxima com o movimento italiano. Campos enviou sua carta crítica a Marinetti (1917); e os pronunciamentos de Negreiros e Campos foram bastante radicais. No entanto, o movimento português teve pouca expressão dentro do contexto mais amplo europeu, pois ficou restrito a uma maior divulgação da obra de tendência futurista do pintor Sá Carneiro, que viveu certo período em Paris e participou de algumas mostras de pintura na França. REFERÊNCIAS SELECIONADAS: CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L;. CAUMONT, J;.CELANT, G;. COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE; MARIA, L. DE; DI MILLIA, G.;FABRIS, A.;FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.;GREGOTTI, V.;LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.;MENNA, F.; ÁCINI, P.;RONDOLINO, G;. RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.;SILK, G.; SMEJKAI, F.;STRADA, V.;VERDONE, M.;ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., pp. 531, 535-536. Souza Cardoso. From Wikipedia, the free encyclopedia. This page was last modified on 19 May 2015. Retrieved from: https://pt.wikipedia.org/wiki/Amadeo_de_Souza-Cardoso Acessed in: August 06, 2015..

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