sábado, 15 de fevereiro de 2014

EDITORA MALIK [MALIK VERLAG] (Berlim, 1916-1924).


 
EDITORA MALIK [MALIK VERLAG] (Berlim, 1916-1924).



 


A Malik Verlag foi fundada por Tom e Wieland Herzefelde (1896-1988), irmãos de John Heartfield (1891-1968), que foi o mais conhecido ilustrador alemão dedicado às Fotomontagens. As ilustrações de Heartfield colocaram em ridículo Adolf Hitler e criticavam o nazismo de modo contundente: suas ilustrações foram publicadas em várias das principais revistas lançadas pela Malik Verlag, a editora mais importante no Dadaísmo berlinense. O artista John Heartfield criou, na técnica de Colagem. a propaganda para o álbum litográfico Pequeno Portfólio, de autoria de George Grosz (junho, 1917), que ADES declarou (apud FABRIS, 1987):
[…] composta a partir de imagens hetereogêneas, nenhuma de origem fotográfica […].

Esta ilustração para a obra publicada pela Editora Malik (Malik Verlag), fundada (mar., 1917) pelos irmãos Herzfelde (John Heartfield, Tom e Wieland Herzfelde), cujo lançamento inicial foi o romance Malik, de Else Lasker-Schüler, publicado em número duplo na revista Neue Jugend (Nova Juventude, n. 7, 1917), através de acordo dos irmãos Herzfelde com o editor desta publicação. Justamente no novo número, publicado em junho do mesmo ano, apareceu a ilustração de John Heartfield para o Pequeno Portfólio, de G. Grosz.


Na época, quase todas as revistas publicadas estavam comprometidas politicamente com o Dadaísmo mais radical e nihilista, como Neue Jugend [Nova Juventude, 1916–1917], Ventilador [Ventilador], Die Pille [A Pilula], Der Gegner [O Adversário], Rosa Brille [Luneta Rosa], Freie Strasse [Rua Livre]; Blutige Ernst [Sangue do Ernesto], esta editada por George Grosz e Carl Einstein (1919); Die Pleite [A Bancarrota], editada por George Grosz e Wieland Herzfelde [1919–1924]; e Jederman Sein Eigener Fussball [A Cada Um Seu Futebol], editada por G. Grosz e Franz Jung, com único número publicado (n. 01, 15 fev., 1919). Nas revistas citadas foram lançadas idéias contrárias à lei e a ordem, ao nazismo e ao crescente militarismo da nação alemã: por este motivo, as revistas foram censuradas e frequentemente confiscadas. Por esta mesma razão as diversas publicações se sucederam, com o lançamento constante de novas revistas, com outros nomes e por vezes repetindo os mesmos textos publicados anteriormente, mas mantendo sempre a mesma linha editorial radical (ADES, 1978).
 
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

 

CATÁLOGO. ADES, D. Dada and Surrealism Reviewed. Introduction by David Syilvester and supplementary essay by Elizabetn Cowling. London: the Authors and the Art Council of Great Britain, Hayward Galleries, 1978,475p.: il., pp. 57-75.


 
FABRIS, A. Photomontage as political function. São Paulo: 2003, pp. 11-57.

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