sexta-feira, 5 de outubro de 2012



HISTÓRIA DO PÓS-IMPRESSIONISMO EUROPEU.
ACADEMIA (FRANCESA) SUÍÇA OU ACADEMIA (FRANCESA) LIVRE
[ACADÉMIE SUISSE OÙ ACADÉMIE LIBRE]
(Paris, antes de 1842-; apogeu em 1860, depois decadência).


Esta academia que se instalou em um local miserável no Cais do Ourives, [Quai des Orfèvres]; pouco depois se transferiu para um local um pouco melhor. A Academia Livre foi comandada por antigo modelo que ficou conhecido como Pai Suíço [Père Suisse]: seu bom coração ajudava muitos artistas não tinham como pagar a módica quantia da mensalidade, de 10 F mensais. Grandes expoentes das artes francesas frequentaram a Academia Suíça ou melhor, a Academia Livre, porque permtia ousadias que o ensino acadêmico não permitia, como trabalhar com modelos vivos, sem conselhos, nem correções, sem exames, sem críticas. Foram seus alunos grandes expoentes, precurssores das primeiras vanguardas francesas como Ferdinand Victor Eugène Delacroix (1798-1863), o Realista Gustave Courbet e Édouard Manet, entre outros (SERULLAZ, 1989).

O desenho de nu com modelo vivo disponibilizado pela Academia Suíça ocorreu depois de 1842; o apogeu da Academia Livre se deu em c. 1860, quando foram seus alunos artistas que formaram o Grupo do Impressionismo, como Camille Pissarro, Claude Monet e Armand Guillaumin, entre outros. O artista muitíssimo influente na formação das vanguardas francesas do século XX, Paul Cézanne, recém chegado de Aix-en-Provence aos 22 anos de idade, estudou na Academia Suíça: foi nesse local que ele conheceu Camille Pissarro, que tinha 31 anos de idade (1857). Cézanne e Pissarro começaram ali uma sólida amizade, que perdurou durante toda a vida dos dois grandes artistas (v. Café Guerbois (Paris, 1866-1870); v. Grupo (Parisiense) do Ateliê Gleyre; v. Grupo (Francês) do Impressionismo; v. Grupo (Francês) do Neo-Impressionismo).
REFERÊNCIA SELECIONADA:

SERULLAZ, M. A Academia Suisse e o Ateliê Gleyre. In: SERULLAZ, M. Tradução de Álvaro Cabral. Paris: Presses Universitaires de France, 1961. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989, pp. 38-39.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário