segunda-feira, 20 de agosto de 2012


HISTÓRIA DO IMPRESSIONISMO EUROPEU. BIOGRAFIA: GUIGOU, Paul-Camille (1834-1871

Paul Guigou nasceu em Villars, perto de Vaucluse: ele foi aluno do pintor marselhês Emile Loubon. O primeiro emprego foi de escrevente do notário, mas o jovem usava todas as suas horas livres para pintar na natureza. Guigou expôs suas pinturas pela primeira vez em Marselha (1854); o pintor mudou-se para Paris (1862), mas passava os verões no sul da França. As obras do artista participaram do Salão Nacional
de Belas Artes (1863-).


Guigou pintou muitas obras nas margens do rio Sena e Marne, em Saint Mammès e nas margens do Loing; muitas vezes ele saiu para pintar acompanhado de seu amigo Adolphe Monticelli, pintor cuja obra de técnica muito pastosa, influenciou V. van Gogh e artistas do círculo dos Impressionistas de que Guigou foi um dos precurssores. Guigou foi artista que participou do círculo mais amplo das relações dos artistas Impressionistas: ele frequentou o Café Guerbois, juntamente com o crítico de arte Théodore Duret (Paris, 1868-1870).

Declarou SERULLAZ (1989):
[…] Se bem que o papel de Guigou na formação do Impressionismo seja menos apreciável do que o de um Boudin ou de um Jongkind, esse artista constitui, porém um dos elos indispensáveis entre o Realismo de Courbet e dos mestres da Escola de Barbizon, e a visão Impresionista. A pintura de Guigou é luminosa, de tonalidades claras, mas suas sombras continuam sendo, com frequencia, vigorosamente contrastadas e sombrias. Ele pratica uma técnica de massa cheia, às vezes grumosa, que será mais tarde retomada por alguns Impressionistas […]

Paul Guigou estreou pintando paisagens que, pela crueza dos tons e a ausência de regras convencionais,começaram por assustar o público. Depois, despojou-se felizmente de parte da rudeza arcaica e da exagerada crueza de seus primórdios e logrou realizar paisagens onde asinceridade dos tons e a acentuação do colorido conservadas, fundiu-se num todo harmonioso. [...] Pintando de preferência a paisagem da Provença, nua e desolada, saber e constituir a aridez dos lugares pelo acento de sinceridade com que traduz a coloraçãodas águas, dos rochedos, das monstanhas, e pela luz viva que projeta sobre os campos […]

Guigou participou da dita, Escola da Provença: os pintores da Luz (SERRULAZ, 1989).

REFERÊNCIA SELECIONADA:


SERULLAZ, M. O Impressionismo.Tradução de Álvaro Cabral. Paris: Presses Universitaires de France, 1961. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989. 120p.14 cm x 21 cm.Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989. 121p. 14 x 21 cm. 120p., pp. 34, 40-41.(Coleção Cultura Contemporânea, v. 13).

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