terça-feira, 17 de julho de 2012

ESCOLA (INTERNACIONAL DE) PARIS; ESCOLA DE PARIS NO BRASIL (Paris, 1900-1940; São Paulo, 1924; Recife - Rio de Janeiro – São Paulo; Rio de Janeiro, 1985).



ESCOLA (INTERNACIONAL DE) PARIS; ESCOLA DE PARIS NO BRASIL (Paris, 1900-1940; São Paulo, 1924; Recife - Rio de Janeiro – São Paulo; Rio de Janeiro, 1985).

A assim chamada Escola de Paris, foi formada por artistas estrangeiros que vieram morar em Paris desde o início do século XX, atraidos pelas diversas instituições dedicadas ao ensino da Arte Moderna. Logo chegou Pablo Picasso (1904): todas as suas obras figurativas desse período estão associadas à dita, Escola de Paris, excluindo a sua fase Cubista. Outros artistas classificados nessa denominação genérica foram Jules Pascin (1905), Amedeo Modigliani (1906), Moïse Kisling e Marc Chagall (1910-1914), antes de empreeender sua temporada prolongada de volta à Rússia (1914-1922). Outros russos foram Pinchus Krémegene, Mikhail Kikoine e o lituano Chaim Soutine (1912); logo depois chegou o japonês Leonard Foujita.A maioria desses artistas plásticos se associou ao grupo de intelectuais formado com os poetas Blaise Cendrars, Max Jacob e André Salmon, que volteavam em torno de Picasso, que, no começo de carreira, viveu no ateliê La Ruche [A Colméia], construção decadente sita no bairro de Montparnasse.

Os artistas, poetas e pintores viveram uma primeira fase de grandes dificuldades economicas. Picasso morou num estúdio decrépito que Max Jacob chamou de Bateau Lavoir, devido a sua construção de madeira lembrar um barco (v. o Grupo do Barco Lavoir). Nesse local foi promovido o banquete em homenagem a Henri, Le Douanier Rousseau (1908), com o comparecimento de Guillaume Apollinaire, Marie Laurencin, Max Jacob e toda a intelectualidade parisiense.

Foi viver em Paris outro grupo de artistas estrangeiros, composto principalmente por artistas que emigraram da URSS, fugindo do endurecimento do regime russo por Ióssif Stalin; foram eles Konstantin Terentchcovitch (1920), André Lanskoy e Serge Charchoune (1921); Ivan Puni, que passou a chamar-se Jean Pougny (1923); chegaram Serge Poliakoff e Philippe Massiason (1924); Joseph Presmane (1926). E, vindo da Bélgica, Georges Vantongerloo; e da Holanda Geer e Bram vann de Velde; da Alemanha Hans Hartung. De origem portuguesa, vinda de sua temporada prolongada no Brasil, Maria Helena Vieira da Silva e seu marido húngaro, Arpad Szenes. Oriundos de várias localidades chegaram para vencer em Paris, Victor Vasarely, Nicholas de Stäel, Karel Appel, Asger Jorn, Mário Prassinos, Riopelle e Pierre Alechinsky. Muitos outros artistas estrangeiros especialmente do leste europeu chegaram à cidade-luz e, no final da década de 1920 participaram do Surrealismo: eles não se inscrevem na Escola de Paris, e sim no Grupo (Internacional) do Surrealismo.

Foi Vicente do Rêgo Monteiro quem organizou a primeira mostra oficial da Escola de Paris apresentada no Brasil, itinerante a Recife, Rio de Janeiro e São Paulo. As primeiras obras de artistas franceses em exposição no Brasil foram as que participaram da mostra pioneira realizada no local anexo ao da palestra proferida pelo poeta francês Blaise Cendrars em São Paulo (1924; v. biografia). Outra significativa mostra da Escola de Paris, que publicou catálogo ilustrado ocorreu no MAM (Rio de Janeiro, 1985).

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