BIOGRAFIA: SEGAL, Arthur (1875-1944).

BIOGRAFIA: SEGAL, Arthur (1875-1944). O artista nasceu em Jassy (Romênia) e faleceu em Londres. Segal foi pintor e artista gráfico: ele estudou na Suíça e na Academia de Arte, em Berlim, onde conheceu o artista alemão vanguardista Max Pechstein (1881-1955). Segal fundou com Pechstein a associação de artistas dita, Secessão Nova Berlinense [Neue Berliner Sezession] (Berlim, 1910-1913). Este grupo surgiu da cissão no primeiro grupo da Secessão Berlinense [Berliner Sezession] (1898-1932), formado com artistas que pertenceram ao primeiro grupo conhecido das vanguardas alemãs, o Grupo da Ponte [Die Brücke]. Todos os artistas pertencentes a este grupo foram viver em Berlim e apresentaram suas obras para seleção na exposição da associação de artistas conhecida como Secessão Berlinense. As obras dos vanguardistas foram todas recusadas, entre outras, o que acarretou grande crise na associação, com a retirada de grande contingente de artistas e a imediata formação do grupo da Secessão Nova Berlinense (PARET, 1980). Nesta fase as obras de Segal foram associadas ao Expressionismo alemão (1911-1913); o artista expôs Linoleogravuras e Xilogravuras na Galeria da Tempestade [Der Sturm] (Berlim, 1910-1932), a principal galeria de arte européia com espaço para as vanguardas internacionais, pertencente a Herwarth Walden (1879-1941), presidente do grupo jornalístico homônimo. As ilustrações de Segal foram publicadas na revista Der Sturm (Berlim, 1910-1932). Quando começou a Primeira Guerra Mundial Segal viajou para a Suíça, onde encontrou o movimento Dadaísta, ao qual se associou. Obras do artista participaram das várias mostras e eventos Dadá, que começaram no Cabaré Voltaire, entre outras exposições que cream (Zurique, 1916-1919). Obras de Segal desse período como Porto no Sol (1918, óleo/ tela, 75,5 cm x 94 cm, na Kunsthaus, Zurique) e a pintura O Porto (1921, óleo/ tela, 147 cm x 187,5 cm, no acervo do Museu Ludwig, Colônia), se encontram reproduzidas (GIBSON, 1991). Segal não se transformou em um dos artistas plásticos Dadaístas mais conhecidos e difícilmente encontramos reproduções de suas pinturas e gravuras da época do movimento. É certo que Segal participou da publicação da revista Der Zeltweg [Tenda no Caminho], editada por Val Serner (Walter Serner, 1889-1943), por seu compatriota Tristan Tzara (1896-1963) e pelo alemão Otto Flake (Zurique, 1919). Com o final do Dadaísmo nessa cidade, Segal voltou a viver em Berlim, onde participou, juntamente com Rudolf Schlichter (1890-1955) do multicultural Grupo Novembro [Novembergruppe] (1919-1921), de inspiração Dadaísta, na época em que quase todos os artistas do grupo se associaram ao PC alemão, fundado um ano antes (Berlim, 1918). Na década de 1920 a pintura de Segal foi influenciada pelo movimento do Pós-Impressionismo (1888-1892), liderado pelos artistas franceses George Seurat (1859-1891) e Paul Signac (1863-1935), que lançaram a pintura dita, Divisionista, que dividia a pincelada, usando cores puras com ênfase nas primárias, estilo que Segal adotou. Quando o revolucionário Grupo Novembro encerrou as atividades, Segal viveu na cidade suíça de Ascona, no Lago Maggiore, onde a artista russa Marianne von Werefkin (1860-1938) fundou o Grupo (Internacional) da Ursa Maior (1924-1941). Segal tornou-se professor de dois artistas associados ao grupo citado: Ernst Frick (1881-1956), que também participou do multicultural Grupo Novembro (1919-1921), e Otto Niemeyer-Holstein (1896-1984). Dois anos depois Segal colaborou como ilustrador para a revista Merz (Hanover, 1923-1932), de Kurt Schwitters (1887-1948). Mais tarde o artista exilou-se em Londres onde dirigiu escola de artes (1936-). REFERÊNCIAS SELECIONADAS: DICIONÁRIO. DUROZOI, G. Dictionaire de l'art moderne et contemporain. Sous la direction de Gérard Durozoi. Paris: Fernand Hazam, 1992. 676p.: Il, p. 566. DICIONÁRIO. SCHMIED, W.; WITFORD, F.; ZOLLNER, F. The Prestel Dictionary of Art and Artists in the 20th century. Munich – London - New York: Prestel, 2000. 383p.: il., p. 294. GIBSON, M. Duchamp Dada. Paris: N. E. F. Casterman, 1991. 263p.: il. , pp. 17-25, 55-57. PARET, P..The Berlin Secession. Cambridge: University Press, 1980, p. 34. PIERRE, J. El futurismo y el dadaísmo. Madrid: Aguilar, 1968, p. 196.