Arte européia de vanguarda, desde seus primórdios, no século XIX: biografias e história, artistas, escolas, grupos e movimentos.Imagem da Exposição dita, Neo-plástica, no Museu Sztuki em Łodz (1946), projetada por Władysław Strzeminski para expor seleção das 111 obras da nata das vanguardas européias, colecionadas pelo Grupo Internacional dos A. r. (Artistas revolucionários, 1929-1936).
sábado, 10 de maio de 2014
1907-1937-GALERIAS DE ARTE FRANCESAS (PARIS).
GALERIAS DE ARTE FRANCESAS (1907-1937).
Mencionamos aqui as Galerias de Arte de Ambroise Vollard (1870-1904) e Daniel Henry Khanweiller (1884-1979), este último marchand de Pablo Picasso (1881-1973) e de vários vanguardistas franceses. Khanweiller era judeu-alemão das altas esferas financeiras e abandonou seu país para viver em Paris, onde inaugurou sua Galeria de Arte (1907). A galeria passou a expor os artistas de vanguarda como o Cubista George Braque (1882-1963), entre outros (1908-). Khanweiller financiou as publicações de Guillaume Apollinaire (1880-1918), e atraiu para a sua galeria vários poetas e escritores como André Salmon (1881-1969), Pierre Reverdy (1889-1960) e Blaise Cendrars (1887-1961), além de pintores como Maurice de Vlaminck (1876-1958) e Juan Gris (1887-1927), todos no começo de carreira.
A galeria de arte atraiu também os riquíssimos colecionadores russos Sergei Schchukin e Ivan Morosov, que também compraram arte francesa na Galeria Ambroise Vollard, especializada na arte dos Impressionistas (v. Grupo do Impressionismo). Khanweiller deteve a exclusividade das pinturas dos vanguardistas Cubistas e Fauvistas, entre outros, especialmente as pinturas de P. Picasso. Cabe notarmos aqui que foi A. Vollard quem ofereceu a Picasso sua galeria, para a primeira mostra do catalão (Paris, 1902). Khanweiller, posteriormente, obteve a exclusividade do trabalho de Picasso, sem que, no entanto, ambos firmassem qualquer contrato por escrito: foi acordo entre cavalheiros, que existia naquela época. A única desvantagem deste acordo foi que o artista não podia participar dos salões de arte: Braque e Picasso, na sua fase Cubista, não puderam expor suas pinturas nem no Salão de Outono, nem no Salão dos Artistas Independentes. No entanto, devido ao trabalho de Khanweiller, logo suas obras estavam divulgadas além das fronteiras francesas. Ambos, Braque e Picasso, graças a influência de Khanweiller expuseram suas obras em mostras coletivas e individuais na Alemanha, Inglaterra, Suíça e Rússia. O marchand viajava frequentemente à Rússia e vendia muitas pinturas aos colecionadores. A coleção de Sergey Schchukin chegou a ter 51 quadros de Picasso, além de pinturas de artistas Impressionistas como Camille Pissarro (1830-1903) e Pierre Auguste Renoir (1841-1919); de Fauvistas como André Derain (1880-1954) e Maurice de Vlaminck e de Pós-Impressionistas como Vincent van Gogh (1853-1890) e, principalmente, Paul Gauguin (1849-1901). Os russos também tinham o seu embaixador de arte russa em Paris, Sergey Diaghilev (1872-1929), promotor dos Balés Russos (Paris, 1909-1929), estreitando mais ainda os laços entre as duas culturas.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BESSONOVA, M. Impressionism and Post-Impressionism: in The Ermitage, Leningrad, and The Museum of Fine Arts, Moscow, Leningrad: Aurora Art Publishers, 1986, pp 17-25.
KELDER, D. Le grand livre de l'impressionisme français. Lausanne: Edita, 1981. 447p.: il.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário