Arte européia de vanguarda, desde seus primórdios, no século XIX: biografias e história, artistas, escolas, grupos e movimentos.Imagem da Exposição dita, Neo-plástica, no Museu Sztuki em Łodz (1946), projetada por Władysław Strzeminski para expor seleção das 111 obras da nata das vanguardas européias, colecionadas pelo Grupo Internacional dos A. r. (Artistas revolucionários, 1929-1936).
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
SIMBOLISMO [SYMBOLISME] (c. 1885-1905). Texto retificado.
SIMBOLISMO [SYMBOLISME] (c. 1885-1905).
Destaques: BAUDELAIRE, Charles, Auguste RODIN, Odilon RÉDON e Edvar MUNCH.
O Simbolismo, foi movimento lançado através de Manifesto, assinado por Jean Moreás (1856-1910): a sua divina decadência impregnou a arte e a sociedade de sua época. Este período floresceu nas obras literárias, bem como nas Artes Plásticas, comentado em textos como do romancista e crítico literário Paul Bourget (Paul Charles Joseph Bourget, 1852-1935), divulgado na publicação dos irmãos Nathanson, La Revue Blanche [A Revista Branca] (6 de junho, 1885):
[…] la maladie du pessimisme n'a pas atteint seulement quelques excentriques mais qu'elle fait rage et infecte une notable partie de notre jeunesse […] A doença do pessimismo não somente contagiou alguns excêntricos, mas torna-os raivosos e infecta uma parte notável de nossa juventude […]
A revista Décadent [Decadente] (Paris, 1886) promoveu ainda mais abertamente a noção cada vez mais expressiva do clima pessimista que impregnava a sociedade francesa, encontrado em alguns romances exemplares como De Ponta-Cabeça [À Rebours], de Jóris Karl Huysmans (1848-1907); Vício Supremo [Vice Suprême], de Josephin “Sâr” Péladan (1858-1918) e o Crepúsculo dos Deuses [Crepuscule des Dieux], de Elemir Bourges (1852-1925).
Pertenceram ao Simbolismo outros escritores e artistas plásticos franceses como o pintor, escultor, gravador e escritor Paul Gauguin (1848-1903); o escritor e teatrólogo Alfred Jarry (1873-1907); o escritor, poeta, editor e fotógrafo Pierre Louys (1870-1925); o pintor e marchand de Gauguin, Daniel de Monfreid (1856-1929); e o dito, Príncipe dos Sonhos, o pintor Odilon Redon (1840-1916), bem como o escultor Auguste Rodin (1840-1917).
Na literatura de outros paises, como a inglesa, o mesmo clima depressivo marcou a publicação de O Retrato de Dorian Gray, obra-prima de Oscar Wilde (1854-1900); e dos livros do italiano, chamado de Príncipe de Pescara, Gabrielle D'Annunzio (1863-1953); e do precursor francês do dito, Sadismo, o legítimo Conde de Sade, somente conhecido como o Marquês de Sade (Donathien Alphonse François de Sade, 1740-1814).
As pinturas que prenunciaram o decadentismo europeu foram obras de Henri Fussli (Henri Fusseli, 1741-1825), do espanhol Francesco de Goya y Lucientes (1746-1828) e do inglês William Blake (1757-1827). No outro século foram influentes as obras de muitos europeus como dos franceses Pierre Puvis de Chavannes (1824-1898), Gustave Moureau (1828-1898), Henri de Fantin-Latour (1836-1904), Odilon Redon (1840-1937), Eugène Carrière (1849-1906); e dos europeus de várias nacionalidades como Félicien Rops (1855-1928), Max Klinger (1857-1920), Ferdinand Knopff (1858-1921), Jan Toroop (1858-1928), James Ensor (1860-1949), Gustav Klimt (1862-1918), Franz von Stuck (1863-1928), Henri van de Velde (1863-1953), Henri de Groux (1867-1930), Edvar Munch (1863-1947), Jean Delville (1867-1953) e Alfred Kubin (1877-1959), entre outros.
O Simbolismo foi bem expressivo nas artes russas, destacando seua maiores expoentes, os pintores Ilya Repin (1844-1930) e Mikhail Vrubel (1856-1910). São considerados associados à dita, Escola Simbolista Moscovita de Pintura, os artistas Ivan Ivanovich Denisov (1862-1982), Vladimir Drittenprejs (1878-1917), Artur Vladimirovich Fonvizin (1883-1973) e Bóris Kustodiev (1878-1927). Pertenceram à mesma esola os artistas armênios Victor Borisov-Musatov (Gregory Ilytch Borisov- Musatov, 1899-1937), Pavel Kusnetsov (1878-1968), Martiros Sergeevich Saryan e Piotr Utkin, que surgiram no Grupo (Russo) da Rosa Escarlate (Saratov, Armênia, c. 1904-1906; v.); vários artistas como Sergey Sudeikin (1882-1946) e Georgy Yaculov (1884-1927), bem como Utkin e Vrubel, participaram da única mostra coletiva do Grupo (Russo) da Rosa Azul (Moscou, 1907-1910), grupo do qual também participaram Anatoly Arapov (1876-1949), Ivan Adolfovich Knabe (1879-1910), Nikolay Petrovich Krymov (1884-1958) e Nikolay Sapunov (1880-1912), além do artista palisade de o Beardsley muscovita, Nikolay Petrovich Feofilatkov (1878-1941). Todos os citados foram direta ou indiretamente associados, ou precursores do Simbolismo russo.
O escritor francês Charles Baudelaire (1821-1867) foi o legitimo representante de sua época, influente na arte dos séculos XIX e XX, como os escritores Villiers de l’Isle Adam (1838-1989), Stéphane Mallarmé (1842-1898), Paul Verlaine (1844-1896) e Arthur Rimbaud (1854-1891) - autores que lançaram os alicerces do Simbolismo, cuja forte presença invadiu não só a Literatura, mas as Artes Gráficas e as Artes Plásticas européias. Na literatura francesa alguns escritores se destacaram na crítica literária como Jóris-Carl Huysmans (1848-1907), Francis Viellé-Griffin (1863-1937), Francis Jammes (1868-1938), André Gide (André-Paul-Guillaume Gide, 1869-1951), Paul Valery (1871-1945) e Marcel Proust (Valentin-Louis-Georges-Eugène Marcel Proust, 1871-1922), entre outros. Na Bélgica destacou-se o escritor e teatrólogo, Maurice de Maeterlinck (1862-1949), além de Émile Verhaeren (1855-1916). Na Aústria destacou-se Hugo von Hofmannsthal (Hugo Laurenz August Hofmann; Edler von Hofmannsthal, 1874-1929) e Rainer Maria Rilke (Praga - Viena, René Rilke, 1875-1926).
Foram influentes sobre o Simbolismo poderosos editores, especialmente do grupo associado ao jornal Le Mercure de France. Foi editor da importante publicação o escritor e crítico de arte Georges-Albert Aurier (1865-1992), divulgador de Paul Gauguin (1848-1903). Depois que a pintura de Gauguin, Visão depois do Sermão (Pont-Aven, 1888) participou da mostra coletiva do Grupo (Internacional) dos XX (Bruxelas, Bélgica, 1884-1893), Aurier elevou-o à categoria de representante máximo dos pintores Simbolistas, através de artigo publicado no Le Mercure de France [O Mercúrio da França]. Mercúrio era o mensageiro dos deuses do Olimpo, criatura mágica, que tinha asas nos pés. E foi crítico musical do Le Figaro Albert Wolff (1884-1970).
Desde o final do século XIX o Simbolismo se agrupou em torno de várias revistas parisienses, recebendo grande divulgação através de jornalistas e editores como Jules-Antoine Castagnary (1830-1885), Louis Duranty (Louis-Émile-Edmond Duranty, 1833-1880), Armand Sylvestre (Paul-Armand Sylvestre, 1837-1901), Théodore Duret (1838-1927), Emile Zola (Édouard-Charles-Antoine-Émile Zola, 1840-1902), o poeta e ensaísta Catulle Mendès (1841-1909); e Georges Charpentier, editor de Gustave Flaubert, Guy de Maupassant e Zola; Octave Mirbeau (1848-1917), Willy Finch (1854-1930), Remy de Gourmond (1858-1915), Gustave Kahn (1859-1936), Édouard Dujardin (1861-1949); o poeta belga Albert Mockel (1866-1923), o poeta e ensaísta Charles Morice (Charles Victor Marius Morice, 1860-1919), Louis Dumur (Genebra - Paris, 1863-1933), Léon-Paul Fargue (1876-1947), Georges Rivière (1897-1985), entre outros.
Alguns músicos e compositores participaram das reuniões do grupo dos Simbolistas como Maurice Ravel (1875-1937) e Claude Debussy (1862-1918). Posteriormente, na década de 1920, Arthur Honegger (1892-1955), que pertenceu ao dito, Grupo (Francês) dos Seis [Groupe des Six] (v.), compôs a música para o balé Amphion e para a ópera Semíramis, obras com libreto de Paul Valéry, eleito o melhor poeta francês.
Na França destaque para Alphonse Daudet (1867-1942), editor da revista Action Française [Ação Francesa]; para o poeta Simbolista e escritor anarquista, Adolphe Retté (1863-1930), editor da revista La Plume [A Pluma] (Paris, 1898); para Paul Fort (1872-1960), fundador do Teatro (Parisiense) de Arte; para Aurélien Lugné-Poe (1869-1940), admirador do escritor norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849), de quem adotou o sobrenome, corajoso o bastante para encenar Salomé (Paris, 11 fevereiro de 1896-), enquanto seu autor, Oscar Wilde (1854-1900) se encontrava preso na Inglaterra, condenado por imoralidade (sic); e Camille Mauclair (Camille Laurent Célestin Faust, 1872-1945), fundador do Teatro da Obra, que encenou as principais peças dos autores Simbolistas internacionais como os belgas Emile Verhaeren (1855-1916) e Maurice de Maeterlinck (1862-1949); autores nórdicos como o sueco August Strindberg (Johan August Strindberg, 1849-1919), o dinamarquês Hermann Bang (1857-1912), os noruegueses Henryk Ibsen (1828-1906), B. Bjornson (Bjornestjerne Martinus Bjornson, 1832-1910, Prêmio Nobel de Literatura, 1903) e Knut Hamsun (1859-1952), além do alemão Gerard Hauptmann (Gerard Johann Robert Hauptmann, 1862-1946), entre outros.
O Simbolismo francês foi influenciado pelo grupo inglês da Irmandade dos Pré-Rafaelitas [The Pré-Raphaelite Brotherwood] (v.), integrado por Sir Edward Coley Burne-Jones (1833-1898), Dante Gabriel Rossetti (1828-1882), Sir John Everett Millais (1829-1896) e o principal ilustrador de revistas e publicações da época, Walter Crane (1845-1915).
Na Bélgica foram expoentes na Pintura Henri van de Velde (1863-1957); o pintor alemão preferido de Adolf Hitler, Hans von Marées (1837-1887); e o.suíço Arnold Böcklin (1827-1901). E, destacaram-se na Gravura, o alemão Max Klinger (1856-1920) e o austríaco Alfred Kubin (Alfred Leopold Isidor Kubin, 1877-1959). Na Noruega, Edvar Munch (1863-1947) é considerado o principal artista plástico Simbolista.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ENCICLOPÉDIA. CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, pp. 279-280.
ENCICLOPÉDIA. JACKSON, W. Enciclopédia Prática Jackson, vol. 9. Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Recife: Editôra Jackson, 1956, pp. 244-245.
INTERNET. Adolphe Retté. Retrieved from:
https://www.google.com.br/search?q=Adolphe+Rett%C3%A9&rlz=1T4TSEA_en-GBNL295BR342&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=T0VdVMKZMomZNo6yg4AJ&ved=0CCcQsAQ&biw=1280&bih=655#facrc=_&imgdii=ODgJ6HV4hIDBKM%3A%3BckG73wgvCFzI7M%3BODgJ6HV4hIDBKM%3A&imgrc=ODgJ6HV4hIDBKM%253A%3BXlyGq7OEITlLSM%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.letraherido.com%252F21050207postromantica_archivos%252Fimage015.jpg%3Bhttp%253A%252F%252Fwww.letraherido.com%252F21050207postromantica.htm%3B152%3B200
Aessed in November 07, 2014.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário