HISTÓRIA DO PÓS-IMPRESSIONISMO EUROPEU. BIOGRAFIA: COPPEL, Jeanne (1896-1971).
A artista nasceu em Galatz, na Romênia, mas viveu a juventude na Suíça e Alemanha. Coppel visitou mostras da Galeria da Tempestade [Der Sturm], de Herwarth Walden (Berlim, 1913), onde conheceu a arte das vanguardas européias. Coppel realizou suas primeiras pinturas Abstratas (1918-1919), quando também utilizou a técnica de Colagem. A artista foi viver em Paris (1919): posteriormente ela naturalizou-se francesa e se associou à Academia Ranson, onde trabalhou, ensinou e conviveu com a nata das vanguardas francesas como os pintores Maurice Denis, Paul Sérusier e Èdouard Vuillard, professores da mesma academia de arte.
A artista abandonou a Abstração, a qual retomou bem depois (1947). Coppel expôs suas obras no Salão das Novas Realidades (Paris, 1948); em mostra individual na Galeria Colette Allendy (Paris, 1950) e na Galeria Arnaud (Paris, 1955). O catálogo de sua primeira mostra individual recebeu a apresentação de Michel Seuphor: Coppel passou a expor regularmente na Arnaud, na Galeria Jacob e na Galeria La Roue.
A mostra de Jeanne Coppel no Espaço das Mulheres [Espace des Femmes] (Paris, 2009) recebeu no catálogo as palavras escritas por sua neta, Judith Coppel, que descreveu como a artista, durante a I Guerra Mundial, quando era impossível adquirir materiais artísticos, utilizou papéis de seda coloridos que encontrou por acaso. Mais tarde, durante o período da II Guerra Mundial, quando as suas condições de alojamento não permitiam a pintura a óleo, Coppel passou a realizar colagens com materiais de recuperação como jornais velhos, papéis de embalagens, pedaços de fios, enttre outros materiais. A obra de Coppel se abriu para o novo campo de investigação: a artista trabalhou materiais diferentes e brincou com texturas. Essa forma de trabalho influenciou a pintura de Coppel, a matéria em relevo derivada do ritmo das formas, que também apresentam rupturas, como passagens inscritas na massa pictórica.
A artista possue obras nos acervos do MNAM e do Centro Nacional de Arte Contemporânea (Paris), do Museu de Saint-Étienne, do Museu de Pontoise, de Pau, de Colmar; do British Museum (Londres); do Museu de Arte Moderna (Cambridge); do Museu de Arte Moderna (Jerusalém) e do Museu de Arte Moderna (São Paulo).
REFERÊNCIA SELECIONADA:
SEUPHOR, M. Dictionaire de la peinture abstraite: precédé d´une histoire de la peinture. Paris: Fernand Hazam, 1957. 305p.: il., p. 151.
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