quarta-feira, 9 de maio de 2012

GLOSSÁRIO: GRUPO INTERNACIONAL PARISIENSE DOS NEO-HUMANISTAS OU


NEO-ROMÂNTICOS [NEO-HUMANISTES OU NEO-ROMANTIQUES] (Paris, 1924-). DESTAQUES: TCHELITCHEW, Pavel, BÉRARD, Christian.

Quando o artista plástico russo Pavel Tchelitchev foi viver em Paris, ele integrou-se às vanguardas francesas do grupo dos Neo-Humanistas, dito, Neo-Românticos, do qual participaram Christian Bérard, Eugène Berman e seu irmão Léonid Berman, além de Kristians Tonny e Léon Zack, entre outros. Os artistas foram todos associados à comunidade homoerótica presidida por Jean Cocteau, que, desde o início da década de 1920 se tornou o mais importante artista das vanguardas francesas. Entre os citados, dois artistas se destacaram na cenografia e figurinos para balé e cinema: o primeiro foi Pavel Tchelitchew, que criou cenários complicadíssimos para o balé Ode, a Grandeza da Natureza e a Aurora Boreal, baseado num poema de Mikhail Lomonosov dedicado à Imperatriz Elizabeth da Rússia (século XVIII), encenado pelos Ballets Russes [Balés Russos] da Cia. Teatral S. P. Diaghilev (1928). Outro foi Christian Bérard, que criou cenografia para balé, mas principalmente para o cinema de vanguarda.

Bérard destacou-se na cenografia do filme de Jean Cocteau, A Bela e a Fera [La Belle et la Bête]; ambos, Bérard e Cocteau foram recebidos pelo patrono do cinema de vanguarda, o Visconde Charles de Noailles e sua senhora no Palacete de Hyères, obra do arquiteto norte-americano George Mallet-Stevens. Tanto Tchelitchev bem como Bérard trabalharam para balés com coreografia de Georges Balanchine, obras-primas realizadas para a pequena companhia Os Balés [Les Ballets], de Misia Godbeska (v. Misia Sert) e Edward James, rico patrocinador anglo-americano.

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