terça-feira, 15 de maio de 2012

CAFÉ GUERBOIS (Paris, c. 1866-1870).

O pintor Édouard Manet (1832-1883), instalou seu escritório informal no estabelecimento que ficou conhecido como Café Guerbois (11, Grand-rue-des-Batignolles, atualmente, 9, Av. de Clichy). Formou-se a união dos artistas de vanguarda, que costumavam encontrar-se ocasionalmente no ateliê de Fantin-Latour, ou no dele, Manet, nas Batignolles. Formou-se o dito, Grupo das Batignolles (v.).

Os artistas desejavam discutir novas estéticas pictóricas e resolveram reunir-se uma vez por semana, todas as quintas-feiras, no Café Guerbois. Formou-se o grupo de intelectuais, artistas plásticos, gravadores, poetas, escritores, críticos de arte e editores, que participaram dos encontros semanais, como o editor e escritor Zacharie Astruc (1833-1907); os escritores Émile Zola (1840-1902), André Gide (1869-1951); os críticos de arte Duranty e Théodore Duret (1838-1927); o fotógrafo Nadar; alguns gravadores, naquele tempo categoria à parte na arte; e os artistas plásticos Fréderic Bazille, Edgar Degas, Henri de Fantin-Latour (1836-1904), Paul-Camille Guigou (1834-1871), Constantin Guys, Armand Guillemin (Jean Baptiste Amand de Guillaumin, 1841-1927), Édouard Maître, Claude Monet (1840-1926), Camille Pissarro (1830-1903), Alfred Sisley (1839-1905); e, sempre que estavam na cidade, Pierre Auguste Renoir (1841-1919) e Paul Cézanne (1839-1906).

Esse grupo, que não resultou na formação de escola artística, encerrou suas reuniões por ocasião do início da Guerra Franco-Prussiana, quando Paris foi invadida. A maioria dos artistas plásticos, que formaram futuramente o Grupo (Francês) do Impressionismo (1874-1885; v.), saiu da cidade, viajou para outras regiões francesas e até mesmo para Londres (Monet, Pissarro e Sisley, entre outros).

Os críticos de arte que participaram das reuniões no Café Guerbois foram os primeiros a escreverem sobre o Impressionismo, ajudando a estabelecer a compreensão dessa vanguarda, somente aceita depois da VI mostra de suas obras.

REFERÊNCIA SELECIONADA:

SERULLAZ, M. O Café Guerbois. Apud: SERULLAZ, M. Impressionismo. Tradução de Álvaro Cabral. Paris: Presses Universitaires de France, 1961. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989, p. 40.

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