quinta-feira, 19 de julho de 2012

BIOGRAFIA: DEPERO, Fortunato (1892-1960).




 BIOGRAFIA: DEPERO, Fortunato (1892-1960).

O artista multimídia italiano Fortunato Depero nasceu em Fondo, no Val de Non, na região italiana do Trentino e morreu em Rovereto. Depero foi multimídia: artista gráfico, pintor, escultor, desenhista, designer publicitário e industrial, escritor e artista têxtil. Depero estudou na Escola Real Elizabetana (Rovereto), tendo sua obra evoluido na direção do Realismo Social associado ao Simbolismo, acentuado, no início de sua vida profissional (1907-). Depero conheceu o grupo de artistas Futuristas (1913) e expôs com o grupo na mostra realizada na Galeria Sprovieri (Roma, 1914). Depero participou dos eventos Futuristas com o grupo dos artistas plásticos Giacomo Balla e Francesco Cangiullo; a sua participação foi destacada nas mostras do grupo (1913-1935). Na sua pintura Depero realizou uma forte síntese angular e geométrica dos motivos pictoricos escolhidos, em sua maioria baseados nas formas das plantas, insetos, flores e animais. Esses temas foram tratados com grande diversidade de contraste de cores, intensas e brilhantes, uma das características das obras do Futurismo italiano (v.). Depero escreveu o Manifesto da Reconstrução Futurista do Universo, que, mais tarde, refez em parceria com Giacomo Balla, que o divulgou; os participantes assinaram como Artistas Futuristas Abstracionistas (1915).
 
Depero criou a cenografia e figurinos para os balés Smenoff , Mimismagia (1916) e Zoo (1919), que ofereceu para os Balés Russos de Sergey Diaghilev: as obras nunca foram encenadas. Neste período Depero continuou com sua pesquisa pessoal, construindo conjuntos de obras pictóricas, às quais ele acrescentou sons e movimentos cinéticos. O artista produziu Móbiles (1918-1919). Depero escreveu poemas na linguagem que intitulou de Onoma, com a característica de inserir a mais pura analogia verbal. Os cenários mais fantásticos e animados mecânicamente foram criados pelo artista para o Balé Plástico [Balli Plastici]. A obra foi encenada por Gilberto Clavel, musicada por Alfredo Casella, com quatro programas: Palhaço [Pagliacci]; O Homem de Baffi [L'Uomo dai Baffi]; O Urso Azul [L'Orso Azzurro] e O Selvagem [I Selvaggi], encenado no Teatro dei Piccoli (Roma, 1918).

Depero fundou a Casa de Arte (Rovereto, 1919), para a qual ele produziu obras de Arte Aplicada com design de mobiliário no seu estilo pessoal multicolorido, que produziu móveis muito originais, laqueados em cores vivas; têxteis e tapeçarias, que sua esposa Rosetta bordou. Na pintura, Depero desenvolveu novo estilo (1917-);e no Desenho, ele ilustrou o livro de Gilberto Clavel, Um Instituto para Suicídio [Un istituto per suicidi] (Roma, 1918). Depero também propôs novas visões arquitetônicas de cidades suspensas, em uma arquitetura dinâmica e aérea. Depero executou murais nas paredes do Cabaré do Diabo, no Hotel Elite (Roma (1922-1923); baseado nos diversos estados de espírito de complexa simbologia, ele inventou cenário fantástico que fez muito sucesso.

Depero passou temporada em Nova York (1928), onde trabalhou como decorador: ele criou interiores para o restaurante Paglieri (1929). O artista voltou à Itália onde fundou o Museu Depero, com as obras que doou à bela cidade no sopé dos Alpes Tiroleses, no vale da Lagarina (Rovereto).

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