BIOGRAFIA: DEPERO, Fortunato (1892-1960).
Depero criou a cenografia e figurinos para os balés Smenoff , Mimismagia (1916) e Zoo (1919), que ofereceu para os Balés Russos de Sergey Diaghilev: as obras nunca foram encenadas. Neste período Depero continuou com sua pesquisa pessoal, construindo conjuntos de obras pictóricas, às quais ele acrescentou sons e movimentos cinéticos. O artista produziu Móbiles (1918-1919). Depero escreveu poemas na linguagem que intitulou de Onoma, com a característica de inserir a mais pura analogia verbal. Os cenários mais fantásticos e animados mecânicamente foram criados pelo artista para o Balé Plástico [Balli Plastici]. A obra foi encenada por Gilberto Clavel, musicada por Alfredo Casella, com quatro programas: Palhaço [Pagliacci]; O Homem de Baffi [L'Uomo dai Baffi]; O Urso Azul [L'Orso Azzurro] e O Selvagem [I Selvaggi], encenado no Teatro dei Piccoli (Roma, 1918).
Depero fundou a Casa de Arte (Rovereto, 1919), para a qual ele produziu obras de Arte Aplicada com design de mobiliário no seu estilo pessoal multicolorido, que produziu móveis muito originais, laqueados em cores vivas; têxteis e tapeçarias, que sua esposa Rosetta bordou. Na pintura, Depero desenvolveu novo estilo (1917-);e no Desenho, ele ilustrou o livro de Gilberto Clavel, Um Instituto para Suicídio [Un istituto per suicidi] (Roma, 1918). Depero também propôs novas visões arquitetônicas de cidades suspensas, em uma arquitetura dinâmica e aérea. Depero executou murais nas paredes do Cabaré do Diabo, no Hotel Elite (Roma (1922-1923); baseado nos diversos estados de espírito de complexa simbologia, ele inventou cenário fantástico que fez muito sucesso.
Depero passou temporada em Nova York (1928), onde trabalhou como decorador: ele criou interiores para o restaurante Paglieri (1929). O artista voltou à Itália onde fundou o Museu Depero, com as obras que doou à bela cidade no sopé dos Alpes Tiroleses, no vale da Lagarina (Rovereto).
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