HISTÓRIA DO PÓS-IMPRESSIONISMO EUROPEU.
BIOGRAFIA:REDON, Odilon (1840-1916).
O artista foi considerado como o maior expoente do Simbolismo francês e, devido à temática de suas pinturas ele foi chamado de O Príncipe dos Sonhos. Redon tornou-se professor e ensinou a toda uma geração de artistas de vanguarda; o artista viveu e faleceu em Paris. Redon foi prestigiado na sua época; porém, mais tarde, ele foi esquecido, sendo ressuscitado pelo grupo dos escritores Surrealistas (Paris, 1924-). Redon foi aluno de Stanilas Gorin em Bordeaux e de Jean-Léon Gerôme (1824-1904)e
de Rodolphe Bresdin na Escola Nacional Superior de Belas Artes (Paris). O artista trabalhou com a técnica de carvão quando publicou a sua primeira série de litografias No Sonho (1879); outras séries se seguiram com o mesmo tema. Redon foi atuante e um dos fundadores do Salão dos Artistas Independentes, do qual suas obras participaram da mostra inaugural, que fracassou (1884). Obras do artista participaram do Salão da Sociedade dos XX (Les XX, Bruxelas, 1886; 1887; 1890). Redon tornou-se amigo de escritores Simbolistas franceses como Francis Jammes, Jean Moreas e Paul Valéry, entre outros intelectuais destacados na cultura do país.
O artista iniciou seu desenho na técnica de pastel a cores (1890); suas mais importantes obras foram as que ele empregou seu desenho soberbo, evocando imagens místicas na atmosfera onírica dos sonhos, pintadas com linhas sinuosas e cores esmaecidas mescladas, algumas fosforecentes, obras que beiram a Abstração. Os desenhos de Redon atraíram o elogio dos escritores do grupo dos Simbolistas, de Stephane Mallarmé a Joris-Carl Huysmans (1848-1907).
O artista foi admirado pelos mais diversos artistas contemporâneos, como Paul Gauguin (1848-1903) e Emile Bernard (1868-1941), bem como os do grupo dos Nabis [Profetas], que tiraram Redon de seu isolamento. O artista utilizou a pintura como válvula de escape para seus problemas psicológicos; Redon se tornou admirador do pintor e professor Gustave Moureau (1826-1898).
O maior escândalo no balé ocidental que ocorreu na primeira metade do século XX, foi causado por Vaslav Nijinsky na sua atuação no balé O Entardecer de um Fauno (L’ Aprés Midi d'un Faune, 1912), com coreografia dele, música de Claude Debussy, figurinos e cenários de Léon Bakst, apresentado pelos Balés Russos de Sergey Diaghilev. O bailarino terminou o balé de um ato se masturbando no palco, parcialmente oculto por diáfana echárpe, mas não o suficiente para que o público não pudesse discernir o que ele estava fazendo ao vivo; o fato causou grande indignação. Nijinsky e seu ato público foram violentamente atacados, principalmente por Robert Brussel principal crítico do jornal Figaro. Na ocasião Diaghilev buscou apoio em vários setores da sociedade e obteve, de Odilon Redon e Auguste Rodin, entre outros, cartas publicadas nos principais jornais da época. A atitude suscitada pelo polêmico evento acendeu a imaginação dos parisienses, que levaram o balé a grande sucesso de escândalo.
Entre as obras mais conhecidas de Redon A Carruagem de Apolo (Le Chard'Apollon, 1905-1914, óleo/ pastel/ tela, 91,7 cm x 77 cm, Museu d'Orsay, Paris); Pégaso (Pégase, c. 1900, pastel/ papel, 80,7 cm x 65 cm, Museu de Arte, Hiroshima, Japão); Eva (pastel/ papel, 44 cm x 37 cm, no Museu de Arte da Filadélfia, EUA). Sua obra Béatrice (1905), se encontra reproduzida (PIERRE, 1991); sua obra Os Espinhos Vermelhos [Les Épingles Rouges], se encontra reproduzida (CASSOU, 1988).
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BONFANTI-WARREN, A. The Musée D'Orsay. New York: Barnes and Noble, 2000. 320p., il., color., pp. 30, 256, 257, 258, 259, 289, 290. 25,5 x 36,5 cm.
ENCICLOPÉDIA. CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, pp. 122-124.
FAHR-BECKER, G. El Modernismo. Cologne: Konemann, 1996. 427p : il., color.,p. 409.
GIBSON, M. Odilon Redon 1840-1916: le Prince des Rêves. Cologne: Taschen, 1995, pp.13, 63, 69.
SHEAD, R. Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989. 192p.: il, algumas color., p. 62. 25 x 33 cm.
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