BIOGRAFIA: Hendrik Willem Mesdag (1831-1915).
Artista multimedia holandês pertencente à dita, Escola de Haia, Hendrik Willem Mesdag se expressou nas técnicas de aquarela, gravura (litografia), desenho e pintura. O artista bem nascido, foi filho de industrial que se tornou banqueiro, Klaas Mesdag; e de Johanna Willemina Giffen. O futuro artista foi aluno de Bernudes Cornelis Buys e JH Egenberger, diretor da Academia Minerva. Mesdag foi colecionador de arte e deixou para Haia suas pinturas, além de outras obras expostas no museu que ele construiu nos jardins de sua residência. Mesdag casou-se com Sina van Houten (Sientje): o único filho do casal faleceu aos 7 anos de idade.
Mesdag deveria assumir os negócios familiares, mas, apoiado por sua esposa, abandonou a profissão e decidiu viver somente como artista: ele se tornou conhecido como o pintor dos barcos de Scheveningen (1866-).O artista passou temporada em Oosterbeek, o equivalente holandês da Escola de Barbizon (França, v. abaixo). Nessa localidade Mesdag estudou com John Warnardus Bilders: seu primo, o também pintor Lawrence Alma-Tadena, apresentou-o ao artista belga Wilem Roelofs, que vivia na cidade litorânea desde 1846 e que foi seu último professor (1866-1869). Mesdag também estabeleceu relações de amizade com o paisagista e animalista, pintor de pequenos animais campestres, Alfred Verwee.
Mesdag, acompanhado de sua família, foi viver na ilha de Norderney onde o pintor descobriu a paisagem marinha, o céu e a atmosfera que se tornou característica de suas obras (1868-). No ano seguinte Mesdag foi viver em Haia, onde construiu sua casa, a Vila Elba, depois transformada no Hotel Rauch.
Mesdag expôs no Salão de Belas Artes (Paris, 1870), onde recebeu sua primeira Medalha de Ouro com a pintura Brisa Marinha do Mar do Norte (v. imagem). Foi o começo do reconhecimento internacional; Mesdag expôs e foi premiado em Londres (Inglaterra, 1873), Lyon (França, 1876), na Filadélfia (Estados Unidos, 1876), Amsterdã (Holanda, 1880), Berlim (Alemanha, 1886) e Florença (Itália, 1896).
Mesdag fundou com outros expoentes da dita, Escola de Haia, Anton Mauve (1838-1888), primo de Vincent van Gogh (1853-1890) e Willem Maris (1844-1910), a Sociedade Holandesa do Bule de Chá, que passou a organizar anualmente mostra coletiva de aquarelas, da qual participaram artistas reconhecidos como Jan Weissenbruch (1824-1903) e John Bosboom.
Mesdag recebeu recursos dos empreendimentos familiares que utilizou para adquirir em Paris extensa coleção de valiosas pinturas, mais de 200, da Escola de Barbizon. Mesdag construiu nos jardins de sua residência o Museu Mesdag, para abrigar obras (1887-).
Mesdag expôs com sucesso suas pinturas na Galeria Durant-Ruel (Paris, 1899). Mesdag participou do famoso Estúdio Pulchri, para o qual foi adquirida a residência do ministro Giisbert Tienhoven. A primeira exposição coletiva foi inaugurada (13 de julho, 1901).
Mesdag doou ao Estado Holandês o Museu Mesdag: o artista recebeu a comenda da Grande Cruz da Ordem de Orange Nassau. Mesdag permaneceu diretor do Museu Hendrik Willem Mesdag (1903-1911). A esposa de Mesdag, também artista, tornou-se colaboradora do marido e de Th. de Bock, G.H. Breitner e B.J. Blommers na pintura do famoso Panorama Mesdag (1881, v. imagem). A obra foi encomenda de companhia belga, que faliu; Mesdag adquiriu e restaurou a pintura, que pode ser vista ainda hoje. Sientje faleceu em 1909: Mesdag faleceu aos 80 anos de idade em Haia, onde está enterrado.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
INTERNET. Hendrik Willem Mesdag. From Wikipedia, the free encyclopedia. Disponível:
INTERNET.Anton Mauve. From Wikipedia, the free encyclopedia. Disponível:
Acesso: 25 out., 2012.
INTERNET. Matthijs Maris. From Britannica on line. Disponível: <http://www.britannica.com/EBchecked/topic/365465/Matthijs-Maris> Acesso: 25 out., 2012.
INTERNET. Jan Hendrik Weissenbruch. From Wikimedia Commons, the free media repository. Disponível:
<http://commons.wikimedia.org/w/index.php?title=Category:Jan_Hendrik_Weissenbruch&oldid=48073569> Acesso: 25 out., 2012.
VAN GOGH, V. Cartas a Théo. Tradução de Pierre Ruprech. Nova ed., ampl. il. Porto Alegre: L & PM Editores, Pocket, vol. 21, jul., 2003.
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