segunda-feira, 1 de outubro de 2012



HISTÓRIA DO PÓS-IMPRESSIONISMO EUROPEU. BIOGRAFIA: GAUGUIN, Eugène Henri Paul (1848-1903).
 
O pintor e escultor francês nasceu em Paris e morreu em Hiva-O (Atuona, Ilhas Marquesas). Quando Gauguin tinha um ano de idade, sua família, premida por circunstâncias políticas adversas, emigrou para o Peru. A mãe de Gauguin,Aline Chazal, era sobrinha-neta de Dom Pio Tristan y Moscoso, Vice-Rei do Peru, pai de Dom Mário Tristan y Moscoso e de Flora, avó de Gauguin, agitadora social e escritora. A família do artista foi em busca de abrigo nesse ramo importante de sua família, mas durante a viagem seu pai, o jornalista francês Clóvis Gauguin, faleceu em Port-Famine (Patagônia, 1851).

Gauguin viveu sua infância em Lima (Peru), até que voltou à França, quando foi morar com seu tio paterno em Orléans (1855). Gauguin estudou no seminário durante 3 anos, até que sua mãe foi viver em Paris e Gauguin acompanhou-a (1862). Quando o artista estudava no curso secundário (1865), sua mãe indicou como tutor para os filhos o colecionador de arte Gustavo Arosa, que ensinou a Gauguin suas primeiras noções de arte. Nesse ano, Gauguin engajou-se na marinha mercante e viajou no navio Lusitânia para o Rio de Janeiro; poucos dados temos desta viagem, no tempo que o artista ainda não tinha começado a pintar. Gauguin voltou a França, mas tornou à embarcar como segundo tenente no navio Chili, com destino à América do Sul (1866). Gauguin voltou a França no ano seguinte, quando faleceu sua mãe (1867).

 
Gauguin prestou o serviço militar obrigatório, sempre na marinha e graduou-se como marinheiro de terceira classe no navio Jerôme-Napoléon. O futuro artista foi desengajado no posto de marinheiro de primeira classe e voltou para seu país pensando em viver na casa que herdara de sua mãe, para descobrir que a propriedade fôra destruída na guerra franco-prussiana (Saint Cloud, 1871). Gauguin voltou então a Paris, quando Gustavo Arosa encontrou para ele a posição de corretor de ações na Bolsa de Paris. Gauguin conheceu a bela jovem dinamarquesa Mette Sophie Gad (1872), com quem ele se casou no ano seguinte e conheceu aquele que seria seu amigo, o pintor Charle-Émile Schuffnecker, seu colega na Academia Colarossi (Paris).

Mette, linda jovem, posou para Gauguin, que executou a bela cabeça em mármore de Carrara com suas feições; no entanto os cinco filhos e a vida difícil com Gauguin acabaram cedo com a sua beleza. Encontra-se publicada a fotografia de Mette com seus filhos e de Paul Gauguin, na qual ela poderia ter se tanto trinta anos de idade e estava completamente acabada (PRATHER, 1985).

Gauguin conheceu Camille Pissarro (c. 1874), pintor amigo da família Arosa que apresentou-o aos pintores do grupo dos Impressionistas. Pissarro marcou importante presença na vida de Gauguin: o melhor amigo de Pissarro foi Paul Cézanne. Tanto Pissarro como Cézanne, o pai da modernidade da arte francesa, foram pintores nômades e andarilhos, que pintavam na natureza, carregando seus apetrechos nas costas. Até então tudo prometia na vida de Gauguin, bom emprego, boas relações sociais; nasceu seu primeiro filho, Emil (1874) e a seguir sua filha Aline (1877), que morreu aos vinte anos de idade (1897); nasceu seu terceiro filho Clóvis (1879), que também faleceu (1900); e nasceu seu filho Jean-René (1881) e seu quinto filho, Paul-Rollon, dito, Pola (1883). Mette estava com um casamento difícil com muitos filhos: ela levou Emil para estudar em Copenhagen (Dinamarca, 1880).

No verão de 1882 Paul Gauguin pintou com Pissarro em Osny; e até esta época, ele continuou trabalhando regularmente como corretor de ações (1883). Gauguin começou a sua verdadeira vida de artista quando largou a segurança da vida regular para dedicar- se somente à arte: ele logo mergulhou em grandes dificuldades financeiras. Mette viajou a Copenhagen, buscando auxílio junto a sua família e verificando a possibilidade da família toda tranferir-se para a Dinamarca (julho, 1884), o que ocoreu no final do ano (nov.). Em meados do ano seguinte Gauguin voltou a Paris, levando consigo seu filho Clóvis (junho, 1885): ele deixou o menino estudando no internato quando passou um mês na Inglaterra. No ano seguinte Gauguin começou a apresentar problemas cardíacos e passou um mês internado em hospital (1886); Clóvis ficou práticamente abandonado e Mette veio buscá-lo, levando o menino para Copenhagen (1887).

O artista passou a colecionar pinturas dos Impressionistas: ele pintou em Pontoise, junto com Pissarro e Cézanne. Gauguin expôs pinturas nas seguintes Mostras Impressionistas: na I (15 abril-15 maio, 1874); na III (1-30 abril, 1877); na IV (10 abril-11 maio, 1879), na V (1-30 abril, 1880), na VII (fev.-março,1882) e na última, a VIII (15 maio-15 julho, 1884). Pissarro expôs em todas as 8 Mostras Impressionistas (1874-1885).

Gauguin passou o outro ano pintando e, junto com seu amigo, o pintor inglês Charles Laval, viajou para a região turística de Pont-Aven (1888). Alguns meses mais tarde, o jovem estudante da Academia de Belas Artes, Émile Bernard, participou do grupo. Ocorreu um dos mais marcantes encontros para a arte moderna: na volta de suas férias de verão o aluno e assistente (massier) da academia, Paul Sérusier, encontrou ocasionalmente seu colega Bernard, que apresentou-o a Gauguin. A pedido de Bernard, Gauguin deu aula de pintura moderna à Sérusier: o que Gauguin ensinou foi a interpretação Abstrata da paisagem do Bosque do Amor (Pont-Aven). Serusier pintou essa lição de Gauguin na tampa de caixa de charutos e voltou para Paris com o quadro, que ficou famoso com o nome de O Talismã, obra que mudou a sorte de Sérusier. O artista logo em seguida fundou, juntamente com vários colegas de academia, o Grupo dos Nabis (Profetas, em hebreu arcaico), uma das primeiras reconhecidas vanguardas artísticas francesas.

Gauguin expôs suas obras na mostra conjunta dos artistas Impressionistas franceses e nórdicos (Copenhagen, 1888). O artista expôs pinturas e esculturas primitivas na sua primeira mostra individual, organizada por Théo van Gogh, realizada na Galeria Boussoud e Valadon (Paris, nov., 1888). Essa mostra foi resultante do acordo comercial que Gauguin fez com Théo anteriormente, quando concordou em passar um período vivendo na companhia de Vincent van Gogh, admirador de sua pintura e que desejava fundar com ele comunidade de artistas. Théo vendeu um dos quadros de Gauguin na galeria de arte onde ele trabalhava, propriedade de seu tio; recebendo esses recursos Gauguin saldou sua conta na pensão de Pont-Aven e foi encontrar-se com V. van Gogh. Não deu certo: desde o começo o relacionamento de Gauguin e Van Gogh apresentou diferenças artísticas: a pintura de Gauguin começou a ficar demasiado influente sobre a pintura de Vincent, que começava a apresentar os primeiros sintomas da doença que acometeu-o posteriormnente.

Gauguin estava com sérios problemas: Théo firmou acordo financeiro com ele, através de cartas que se encontram publicadas na íntegra (PRATHER, 1985). Gauguin viveu poucos meses com Vincent van Gogh (out. a dez., 1888), mas depois da forte crise de loucura de V. van Gogh, que tentou matá-lo (23 de dez.), Gauguin, voltou para Paris. A situação dele era desesperadora: sem dinheiro, sem casa e sem estúdio, ele abrigou-se na casa de seu amigo, Charles-Émile Schuffnecker. No início do ano seguinte, Gauguin encontrou seu novo protetor no pintor da alta rodas sociais, Daniel de Monfreid, que ofereceu-lhe seu estúdio em Paris; o artista aceitou e mudou-se para lá. Nessa ocasião Gauguin conheceu vários amigos ricos de Monfreid e membros do importante círculo literário Simbolista, no qual ele se viu incluído (jan., 1889).

No começo do ano Gauguin retornou à Pont-Aven, na companhia de Sérusier que passava suas férias de verão na região, mas cansados da localidade turística os artistas foram viver a c. de 50 km, na localidade praiana de Le Pouldu (20 junho). Sérusier, Jacob Meier de Haan, Charles Filiger e Paul Gauguin, pintaram painel mural na sala de jantar da pensão Buvette de la Plage, de Marie Henry, onde o grupo se hospedou. Na época a música foi um dos divertimentos preferidos do grupo de artistas: Gauguin tocava acordeão, Sérusier tinha excelente voz e sabia cantar, tanto que ele cantava no coral Euterpe (Paris). Os artistas, que durante o dia pintavam, mandaram vir um piano para seus saraus noturnos. Sérusier fez o retrato de Gauguin cantando e tocando acordeão nos saraus do grupo, desenho que se encontra publicado (BOYLE-TURNER, 1988).

Gauguin passou o ano dividido entre Pont-Aven, Paris e Le Pouldu, quando deixou as obras que pintou guardadas com a dona da pensão Marie Henry, pinturas das quais jamais recobrou a propriedade. É provável que tenha dado as telas como depósito e garantia das despesas da estadia, já que dinheiro Gauguin não tinha desde o ano anterior e nada ganhou nessa temporada.Gauguin voltou a Paris para ajudar a C.-E. Schuffnecker a organizar a primeira e única mostra do grupo, no espaço cedido por Volpini, no Café das Artes, exposição que ficou conhecida como a Mostra dos Sintetistas (1889). Coincidindo com a Exposição Universal, mas realizada no local e época inadequados, a mostra coletiva não atraiu a atenção nem resultou em vendas das obras dos artistas, nem tampouco obteve a sonhada repercussão na imprensa ou suscitou alguma crítica. No entanto, alguns artistas como Sérusier, se entusiasmaram com as pinturas de Gauguin. No final do ano Gauguin mostrou suas cerâmicas primitivas, executadas em Le Pouldu na mostra conjunta com Camille Pissarro e Antoine Guillaumin, realizada na Galeria Boussoud e Valadon (1889). 

Gauguin expôs suas pinturas em Bruxelas como convidado da mostra do Grupo dos XX (Les XX, Bruxelas, Bélgica, fev., 1891; e, 1892). Gauguin incluiu na sua primeira participação a pintura Visão depois do sermão, concluída em Pont-Aven e que ele quis doar para a igreja da região, mas o padre não aceitou (1888). Foi grande a repercussão dessa obra inovadora, considerada Simbolista, o que resultou na primeira crítica favorável de J-A. Aurier: O Simbolismo em pintura: Paul Gauguin [Le Symbolisme en peinture; Paul Gauguin], publicada no Mercure de France (1891). Aurier, que morreu muito jovem, antes dos trinta anos de idade, depois publicou o artigo Os Pintores Simbolistas [Les peintres Symbolistes], textos reunidos no livro Obras Póstumas (Oeuvres Phósthumes. Paris: Mercure de France, 1893).

Gauguin desejava viajar para os trópicos e buscou auxílio para a venda de suas obras no leilão promovido no Hotel Drouot (23 fev., 1890). Poucos dias antes Gauguin conseguiu crítica favorável às suas pinturas, publicada na imprensa, que chamou a atenção para suas obras: ele foi bem sucedido na venda de quase 30 quadros. Com os recursos angariados Gauguin visitou sua família em Copenhagen: todos foram convidados para viajarem com ele para os mares do sul, mas Mette recusou. Gauguin voltou a Paris quando ele foi homenageado no final de março com banquete de despedida no Café Voltaire, presidido pelo escritor Stéphane Mallarmé (1890). No mês seguinte Gauguin partiu para o Taiti onde chegou em junho; ele ficou na capital, mas, poucos meses depois se transferiu para o interior do distrito de Mataca, onde foi viver em casa de bambú na companhia de nativas muito jovens, meninas de 12-13 anos (set.). No final do ano o pintor enviou a Paris as pinturas expostas na mostra individual na importante Galeria Le Barc de Bouteville (dez.). O pintor enviou suas primeiras obras do Taiti para a Galeria Boussoud e Valadon, sem saber que seu amigo Théo van Gogh, tinha falecido (1891).

Gauguin ficou muito doente necessitando de internação, sem recursos e com graves problemas cardíacos (1892). Desesperado, Gauguin solicitou sua repatriação à França, que foi-lhe concedida. No entanto, o governo da ilha desejou puní-lo por sua conduta irregular junto as jovens taitianas e recusou-se a comprar a passagem que Gauguin tinha direito. Através de amigo da marinha que foi seu portador, o artista enviou outras 8 pinturas produzidas no Taiti para a França. Soube então que Maurice Joyant, o sucessor de Théo van Gogh na Galeria Boussod e Valadon, tinha vendido várias de suas obras, mas sem enviar-lhe os devidos proventos que o artista tanto necessitava (1893). Gauguin conseguiu voltar à França, foi repatriado levando 66 quadros na bagagem (14 de junho). O artista participou com 50 quadros na mostra livre do Museu de Arte Moderna (Copenhagen, março); ele expôs suas pinturas na Galeria Le Barc de Bouteville (Paris, 1893).

A Galeria Durant-Ruel ficou interessada e logo organizou uma mostra individual, com 43 pinturas, a maioria pintada no Taiti, com a apresentação por Charles Morice, editor Simbolista e amigo de Gauguin. Finalmente, com seus quadros nas paredes de galeria de prestígio, Gauguin recebeu muitas críticas favoráveis na imprensa (4 de nov., 1893). O artista alugou novamente um estúdio (Paris, dez.), quando ele foi viver com uma menina javanesa, Annah, de treze anos de idade. Gauguin escreveu suas memórias Noa-Noa, a aventura nos trópicos, ilustrada com xilogravuras de sua autoria.

O artista expôs 5 pinturas na mostra belga A Estética Livre [La Libre Esthétique], do grupo que sucedeu ao Grupo dos XX (1894). Gauguin envolveu-se na briga com marinheiros: ele foi espancado e quebrou a perna em vários lugares (Concarneau, 25 de maio). O artista ficou com sério problema físico, tanto que, mesmo depois de vários meses, ele precisava andar de bengala. O artista foi medicado com morfina para aliviar as suas dores: o incidente mostrou-se depois fatal, pois Gauguin ficou viciado na droga. Gauguin voltou à Paris, quando encontrou seu apartamento vazio: Annah partiu e levou tudo, menos os quadros de Gauguin. O artista organizou mostra no seu estúdio, expondo suas cerâmicas, aquarelas e xilogravuras (18 de fev., 1895); no leilão promovido no Hotel Drouot, Gauguin vendeu 49 pinturas. Com os recursos angariados o artista voltou ao Taiti, mas deixou várias pinturas com dois negociantes de arte, que prometeram-lhe enviar os recursos adquiridos para o Taiti. Gauguin chegou e foi viver com Pau' ura, jovem nativa de 14 anos de idade (set., 1896). Gauguin continuou tomando muita morfina, para aliviar as dores provocadas por sérios problemas na perna, e continuou pintando, enviando suas obras para Paris, onde ele expôs mostra individual (23 março, 1896).

Gauguin foi internado no hospital (Papeete), mas continuou a exibir suas obras, enviadas para a nova mostra do grupo belga A Estética Livre (Bruxelas, 1897). O artista enviou outras pinturas para o seu amigo Daniel de Monfreid comercializá-las, além de seu livro Noa-Noa, ilustrado com várias xilogravuras (1894-1895, 11,5 x 22,5 cm, original no departamento de desenhos do Museu do Louvre). Foi seu amigo Charles Morice, escritor, editor, crítico literário e diretor de várias revistas que conseguiu apoio no Mercure de France, que publicou em capítulos o livro de Gauguin (1900). Desde a partida de Gauguin para o Taití, Morice redigiu a importante biografia do artista e publicou vários artigos favoráveis, como Exposição de Gauguin, além do artigo ...de onde viemos de André Fontainhas, que suscitou a resposta de Gauguin, que se encontra publicada traduzida (PRATHER, 1985).

Mette escreveu carta ao artista sobre a morte súbita de sua única filha, Aline, aos vinte anos de idade (jan.). Gauguin ficou arrasado e perturbado ao receber a notícia; ele não conseguiu pintar nesse ano, mas escreveu seu livro O Espírito Moderno e o Catolicismo, quando sofreu série de leves ataques cardíacos. Gauguin cessou totalmente seu contacto com Mette e seus filhos, cortou seus vínculos com o mundo civilizado (1897); quando seu filho Clóvis faleceu (1900), os biógrafos do artista acham que Gauguin não soube.

O artista expôs na mostra conjunta dos Impressionistas e Simbolistas, realizada na Galeria Le Barc de Bouteville (Paris). Deprimido com o fato de que abandonou sua família, Gauguin tentou o suicídio, ingerindo arsênico, mas foi salvo e sobreviveu(1898).  No entanto, o episódio prejudicou ainda mais sua saúde e Gauguin foi internado por semanas no hospital (agosto). O artista expôs 10 pinturas importantes na Galeria Ambroise Vollard (Paris, nov.).

Nasceu o filho de Gauguin, Émile (Taiti, abril, 1899). Gauguin foi novamente hospitalizado no Taiti: ao sair do hospital, ele vendeu a terra que comprara, abandonou a mulher e o filho e foi para Atuana, na ilhas Hivaoa, no arquipélago das Marquesas. Nesse local Gauguin comprou novas terras, construiu uma cabana simples e passou a viver com outra jovem nativa Vaehoho, de 13 anos de idade. Gauguin deu força aos nativos, encorajando-os à desobediência civil para que não pagassem impostos e passou a ser processado pelo governo da ilha (1902). Nasceu sua filha, Tahiatikaomata.

Gauguin enviou seu manuscrito Racontars d'un Rapin, para seu amigo Fontana, com esperança de vê-lo publicado no Mercure de France. Na ilha corria o processo contra o artista, sentenciado a alguns meses de prisão que jamais cumpriu, além do pagamento da multa de 500 Francos (1903). Gauguin sentiu-se mal e mandou buscar o pastor: este encontrou-o morto, provávelmente de enfarte por abuso de drogas, pois a seringa vazia com traços de morfina foi encontrada ao pé de sua cama na manhã de 8 maio (1903). Gauguin foi enterrado no cemitério católico de Hivaoa e, logo depois de sua morte, seus bens foram levados a leilão, junto com seus manuscritos, cerâmicas e pinturas, vendidos por parcos francos para cobrir a multa judicial e as despesas do enterro católico.

No início do século XX, as pinturas de Paul Gauguin passaram a participar de mostras por toda a Europa, realizadas nos mais importantes centros culturais, como Munique, Dresden, Berlim. Na Rússia, as suas pinturas, muitas pertencentes a colecionadores particulares, foram emcampadas pelo Estado depois da Revolução Russa, passando a pertencer ao Museu Pushkin de Belas Artes (Moscou) e ao Museu Russo (São Petersburgo). Na ilha Papeari, no Taiti, foi construído o Museu Gauguin; a fotografia de Gauguin (Boutet de Monvel, 1891, no acervo da Biblioteca Nacional, Paris), se encontra reproduzida (FRÉCHES-THORY, 1990). A obra de Gauguin Você está com ciúmes? [Aba oe feii?] (1892), se encontra reproduzida (PIERRE, 1991). A arte de Gauguin influenciou toda uma geração de artistas vanguardistas, inclusive Mikhail Larionov, expoente das primeiras vanguardas russas (v. biografia no meu Blog: http://arterussaesovietica.blogspot.com).
 
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ALLEY, R. Gauguin. Traduction française de C. de Longevialle. Paris: O.D.E.J., 1962, 96p., Il., algumas color. 23,5 x 27,5 cm.
BOCOLA, S. The art of modernism: Art Culture and Society from Goya to the Present Day. Translated by Catherine Shelbert & Nicholas Levin. Edimburgh: Fiona Elliot. Munchen: Prestel, 1999, pp. 142, 146.
BONFANTI-WARREN, A. The Musée D'Orsay. New York: Barnes and Noble, 2000. 320p., il., color., 2, 29, 32, 179, 180, 181, 182, 183, 196, 221, 272, 273, 288.
 
BOYLE-TURNER, C. Paul Serusier, la technique, l'oeuvre peint. Traduction de Ivone Rosso. Lausanne: Edita, 1988, pp. 60-61, 152-154.
BRITT, D.; MACKINTOSH, A.; NASH, J. M.; ADES, D.; EVERITT, A; WILSON, S.; LIVINSGSTONE, M. Modern Art: from Impressionism to Post-Modernism. London: Thames and Hudson, 1989, 416p.: il., p. 67.
CHIPPS, H. B. Teorias da Arte Moderna. Tradução de Gilson César Cardoso. São Paulo: Martins Fontes, 1996, pp. 69-73.
FRECHES-THORY, C.; TERRASSE, A.; LE ROUX, J. Les Nabis. Tours: Flammarion, 1990, 319p.: il., p. 9.
PRATHER, M. Paul Gauguin: a retrospective. New York: Charles F. Stuckey, Park Lane, 1985. 387p.: il., pp. 11-16, 38, 80-88, 100-110.
 
 

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