terça-feira, 8 de maio de 2012

BIOGRAFIA: PROKOFIEV, Sergey Sergeevich (1891-1953).

SEGUNDA PARTE DA BIOGRAFIA DE PROKOFIEV.
 
Depois que a Cia. Teatral S. P. Diaghilev encerrou suas atividades, outros balés foram realizados com a música de Prokofiev, como Sobre o Borysthène: Poema coreográfico em duas cenas (Opus 51, 1930). O cenário foi de autoria de Serge Lifar, sendo o balé dedicado à memória de Sergey Diaghilev, estreando com a orquestra sob a regência de Philippe Gaubert, com coreografia de Lifar, cenografia e trajes de Natália Gontcharova e Mikhail Larionov. Os espetáculos foram apresentados no Teatro da Ópera (Paris, 16 dez., 1932). A música foi publicada pelas Edições Russas de Música, com redução para piano por S. Prokofiev. O músico compôs Sobre o Borysthène: Sinfonia (Opus 51 b), que estreou com a orquestra sob a regência do próprio compositor (Paris, 1934). (THOMPSON, 1973).

Prokofiev voltou a viver na U.R.S.S. (1933-), mas continuou viajando freqüentemente à Europa. Em meados da década de 1930 Prokofiev tornou-se, por curto período, professor de Composição (Moscou). Logo depois o maestro e compositor pôde concentrar-se apenas nas suas composições: Prokoviev compôs Noites do Egito, música incidental para a peça de Alexandre Yakolevich Tairov (1885-1950) baseada em Alexandre Pushkin, William Shakespeare e George Bernard Shaw. Essa peça foi apresentada sob a direção do autor, no Teatro de Câmera (Moscou, 1933). No ano seguinte, Prokofiev compôs as Noites do Egito: Suite Sinfônica (1934). No mesmo ano o músico compôs para o GOSKINO, Tenente Kije: Música Para Pequena Orquestra Sinfônica, destinada ao filme homônimo (Leningrado, 1933). O mesmo tema foi depois utilizado para compôr a música Tenente Kije: Suite para Orquestra Sinfônica (Opus 60), baseada na música tema do filme citado (1934). Prokoviev apresentou essa música em três ocasiões: na estréia (Moscou, 1934); com a Orquestra Lamoureux (Paris, 1937); com balé no Teatro Cambridge (Londres, 1942). A música foi igualmente apresentada com a Orquestra Sinfônica sob a regência do maestro Anatole Fistoulari no Festival Russo (Londres).(THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs a Lenda Sinfônica Pedro e o Lobo para narrador e orquestra (Opus 67),que ele apresentou com a Orquestra Filarmônica de Moscou, sendo o narrador T. Bobrova e o regente da orquestra o próprio compositor, na que foi a estréia no Concerto Infantil do Conservatório (2 maio, 1936). Dois anos depois o maestro Leopold Stokovsky regeu a mesma música com a Orquestra Sinfônica de Boston (25 março, 1938); a obra foi apresentada com a Orquestra Sinfônica Sidney Beer conduzida pelo maestro Sidney Beer, no Teatro Savoy (Londres, jan., 1941).(THOMPSON, 1973).

O balé em quatro atos e dez cenas Romeu e Julieta (Opus 64, 1935-1936), estreou com cenário de S. Radlov, A. Piotrovski, L. Lavrovski e S. Prokofiev (Brno, Polônia, dez., 1938). O balé foi apresentado com a orquestra sob a regência do maestro I. Sherman, quando Galina Ulanova foi Julieta, K Sergeyev foi Romeu, A. Locopov foi Mercutio, R. Gerbek foi Tibalt, E. Biber foi a enfermeira e L. Shavrov foi Páris, no balé encenado no Teatro da Ópera e Balé Kirov (11 jan., 1940). Prokofiev compôs Romeu e Julieta: Suite Sinfônica N. 1 (Opus 64 b), que estreou com a orquestra sob a regência de George Sebástian no Teatro Bolshoi (Moscou, 27 nov., 1936). No ano seguinte a obra foi apresentada com a Orquestra Sinfônica sob a regência de seu compositor (Chicago, E.U.A., 21 jan., 1937); e com a Orquestra Filarmonia, sob a regência de Sir Eugene Goossens (Londres, 15 jan., 1954). (THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs Romeu e Julieta: Suite Sinfônica N. 2 (Opus 64 c), apresentada com a regência do próprio compositor (Leningrado, 15 abril, 1937). No ano seguinte a obra foi apresentada com a Orquestra Sinfônica da Rádio BBC, sob a regência de Sir Adrian Boult (Londres, 1938). Novamente Prokofiev abordou o mesmo tema baseaado em William Shakespeare, Romeu e Julieta: dez peças para piano (Opus 75, 1937); e Hamlet (Opus 77), música incidental para a peça de William Shakespeare, encenada por S. Radov, que estreou em Leningrado (15 maio 1938; música impublicada). (THOMPSON, 1973).
Prokofiev compôs música para o filme A Rainha de Espadas (Opus 70, 1936); e, no mesmo ano, a música incidental para o drama de Pushkin, Bóris Godunov (Opus 70 b), além de outra música incidental para outro drama de Pushkin, Euguene Oneguin (Opus 71, 1936). Em seguida, Prokofiev compôs a Abertura Russa para orquestra (Opus 72), apresentada com a orquestra sob a regência do maestro Eugen Szenkar (Moscou, 29 out., 1936). Anos mais tarde a música foi reapresentada com a Orquestra do Teatro da Rádio BBC sob a regência de Walter Goehr (Londres, 20 jun., 1948). (THOMPSON, 1973).

Depois de compôr Três Romances, canções para voz e piano baseadas em A. Pushkin, Prokofiev compôs a Cantata Comemorativa do 20o aniversário da Revolução Russa (Opus 74) em dez partes para orquestra sinfônica, banda de metais, orquestra de acordeons, percussão e dois coros, com texto produzido à partir de escritos originais de Lênin, Marx e Stalin (impublicada, 1936-1937). (THOMPSON, 1973).
 
No período próximo da II GM, Prokofiev foi viver no Kazaquistão, região do Cáucaso próxima aos Montes Urais, onde estavam localizados os grandes estúdios estatais do cinema soviético. Na ocasião o maestro passou a compor música para vários filmes, como para Alexandre Nevsky, dirigido por Sergey Eisenstein para a MOSFILM (1938). Prokofiev compôs vinte e uma canções para meio-soprano, coro e orquestra. O filme Alexander Nevsky foi obra colaborativa de Eisenstein e Prokofiev: logo que o diretor acabava de filmar cenas destacadas, entregava esse material para que o compositor se inspirasse e escrevesse a música. Em seguida, o músico discutia sua obra com Eisenstein, que oferecia-lhe sugestões e críticas: algumas vezes o cineasta ajustou o filme à música, respeitando os cortes rítmicos de trechos compostos por Prokofiev. O filme estreou com grande sucesso (1 dez., 1938). (THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs as Três Canções de Alexandre Nevsky para voz e piano (Opus 78 b): 1. Levantem-se homens da Rússia!; 2. Escutem a nós, falcões iluminados!; 3. No rio Neva. Para coro masculino ou dueto, foram publicadas pela Edição Estatal de Música (1939). Essa música de Prokofiev versou sobre um dos mais lendários heróis da Rússia medieval, o Grão Duque Aleksander (1220-1263), que ganhou seu nome Nevsky depois da grandiosa vitória às margens do rio Neva sobre a armada sueca invasora (1240). O Duque conseguiu defender a Rússia dos invasores teutônicos, c. de dois anos depois, na batalha no gelo do lago Chud. o que inspirou Prokofiev a compor logo em seguida sua Cantata, inteiramente baseada na partitura composta para o filme. Esta música, com palavras de V. Lugovsky e S. Prokofiev, apresentou sete movimentos: 1. A Rússia sob o jugo mongol; 2. Canção de Alexander Nevsky; 3. Os Cruzados no Pskov; 4. Levantem-se, Homens da Rússia! ; A batalha no gelo; 6. Campo dos mortos; 7. A entrada de Aleksander no Pskov. A Cantata estreou com a meio-soprano V. D. Gagarina, com a Orquestra e o Coro Filarmônico sob a regência de S. Prokofiev (Moscou, 17 de maio, 1939). A música foi publicada pela Edição Estatal de Música (Moscou, 1939). Posteriormente, essa música de S. Prokofiev foi reproduzida para a versão inglesa do filme Alexandre Nevsky, estrelado por Robert Donat (Nevsky), eom a música apresentada com o Coro e Orquestra do Teatro da Rádio BBC, sob a regência de Sir Adrian Bout (Londres, 8 dez., 1948). (THOMPSON, 1973).

A Cantata Alexander Nevsky, de S. Prokofiev, foi apresentada com a Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais, sendo regente convidado o Maestro Emilio de César, tendo como solista Vânia Soares, como maestro do coro Eliane Fagioli, com leitura visual de cenas do filme Alexandre Nevsky dirigido por Sergei Eisenstein (1938), apresentada por Éder Santos, sendo diretor de cena Raul Belém Machado, com o projeto de luz de Jorge Luiz, a coordenação do projeto de José Zuba Júnior e Vera Nardelli Campos da Fundação Clóvis Salgado sob a presidência do músico Eduardo Guimarães Álvares. A Cantata estreou no Palácio das Artes (Belo Horizonte, 11 e 12 abr., 1995; CAMPOS, 1995).

Logo no início da década de 1940 Prokofiev divorciou-se de sua primeira esposa e casou-se com Mira Mendelson, que passou a sua colaboradora. O compositor produziu as Sete Canções Para As Massas: para voz e piano (Opus 79, 1939); a Semyon Kotko: Suite Sinfônica (Opus 81b), apresentada em Moscou (23 jun., 1940). Prokofiev compôs a Sonata para Piano n. 6 em Lá Maior, apresentada e gravada no mesmo ano (Moscou, 8 de abril, 1940); e a Sonata para Piano n. 7, em Si Sustenido Maior (1939-1942), além da Sonata para Piano n. 8, em Si Sustenido Maior (Opus 84) (1939-1944). (THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs Um Brinde para Stalin: Cantata para coro e orquestra (Opus 85), baseada em textos folclóricos, apresentada com a orquestra sob a regência do maestro N.S. Golovanov (Moscou, 21 dez., 1939). O músico compôs a ópera lírica e cômica em quatro atos e nove cenas, A Dama [La Duenna] (Opus 86), com libreto do próprio compositor baseado na peça de Sheridan com versos de Mira Mendelson, apresentada em Leningrado (3 nov., 1946). Para a mesma ópera o músico compôs a Suite: Noites de Verão e a Dança das Máscaras (THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs (1940-1944) o balé em três atos Cinderela (Opus 87), apresentado com cenários de N. D. Volkov, no Teatro Bolshoi (Moscou, 21 nov., 1945). Na ocasião apresentaram-se Galina Ulanova (Cinderela) e M. Gabovich (o Príncipe); o mesmo balé, quando Moira Shearer foi a Cinderela, foi encenado na Royal Opera House no Teatro Covent Garden (Londres, 23 dez., 1948). Prokofiev compôs Cinderela: Suite n. 1 (Opus 107), apresentada com o maestro A. Stasevitch (Moscou, 12 nov., 1946); e, com a orquestra do Teatro da Rádio BBC sob a regência do maestro Walter Goerhr (Londres, 14 março, 1946); e, com a Orquestra Filarmônica de Liverpool sob a regência de Hugo Rignold (Liverpool, 18 nov., 1948). Prokofiev compôs a Cinderela: Suite n. 2 (Opus 108; 1946); e a Cinderela: Suite n. 3 (Opus 109), esta apresentada na Rádio de Moscou com a orquestra sob a regência de A. Stasevitch (3 set., 1947). (THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs a música para o balé em quatro atos A Flor de Pedra (Opus 118). Esse balé, com o libreto baseado na história de P. Bazhov (1948-1950), cujo cenário de estréia foi de L. Lavrovsky e Mira Mendelson-Prokofieva, foi apresentado com a orquestra do Teatro Bolshoi, sob a regência do maestro Y. Fayer. Na ocasião dançaram Galina Ulanova (Katerina), V. Preobrazhensky (Danila), N. Chorokhova (a amante da Montanha do Cobre). A música foi publicada pela Edição Estatal de Música e o arranjo com redução para piano foi de A. Verdenikov. (THOMPSON, 1973).

Prokofiev compôs a música para o último filme de Eisenstein para a MOSFILM: Ivan o Terrível (Opus 116), em duas partes: Parte 1: 1942-1943; e Parte 2: 1945. A música (impublicada), com 29 trechos para meio-soprano e orquestra, foi apresentada para o filme com a orquestra sob a regência do maestro A.L. Stasevich. Como no filme anterior de Eisenstein, Alexandre Nevsky, (MOSFILM, 1938), Prokofiev compôs Ivan o Terrível: Oratório para narrador, solista e orquestra, com texto de Sergei .M. Eisenstein e texto das canções por V. Lugovsky, que o maestro Stasevich completou posteriormente(1961). A obra foi publicada com texto em inglês e texto das canções traduzidos por Herbert Marshall, aluno de S. M. Eisenstein. Esse filme nunca estreou, foi censurado pessoalmente por Ióssif Stalin (v. biografia de S. M. Eisenstein, a ser publicada posteriormente)(THOMPSON, 1973).

Desde o final da II GM que Prokofiev foi viver na vila de Zvenigorod, distante c. de 40 Km de Moscou (1946-). O músico sofreu queda ocasional, que acarretou séria concussão craniana. Devido ao ocorrido, a saúde de Prokofiev ficou comprometida, e, poucos anos depois o músico faleceu de hemorragia cerebral, no mesmo dia que Ióssif Stalin (março, 1953).

Prokofiev compôs obras conjuntas com grandes figuras das artes e dos balés de sua época; ele selecionou as Valsas de Shubert, compostas na Suite para piano (1918); o balé O Passo de Aço [Le Pas d'Acier], para o qual compôs a Suite cujo tema foi a glorificação da vida operária na URSS, com cenografia sua e de Georgy Yaculov para a companhia dos Ballets Russes. Esse balé em duas cenas (1925) foi apresentado pela primeira vez dois anos depois de idealized, sendo a orquestra regida pelo maestro Roger Desormière (Paris, 7 jun., 1927). O balé O Filho Pródigo, com libreto e cenários de Bóris Kochno para a companhia dos Ballets Russes (Paris, 1928); a Sinfonietta em Lá Maior (Opus 48), que Prokofiev dedicou ao músico e maestro Nicolas Tcherepnin (1930); o Balé coreográfico: Sobre o Borysthene, com cenários seus e de Serge Lifar (1930); as Noites do Egito, peça de Alexander Tairov baseada em Pushkin, Shakespeare e Shaw (1933); o balé Romeu e Julieta, baseado em Shakespeare (1935-1936); as Duas Valsas de Pushkin: para orquestra (Opus 120, 1949); a ópera Guerra e Paz, baseada no livro homônimo de Léon Tolstoi (1941-1952); o balé A Flor de Pedra, baseado em P. Bazhov (1948-1950). Todas as obras citadas mostram a interação das composições eruditas de Prokofiev com outros compositores, dramatistas, libretistas e cineastas de seu tempo (THOMPSON, 1973).

Prokofiev foi músico incomparável, com obra original de raíz russa, que abordou grandes temas clássicos como Madalena (1911-1913); O Anjo de Fogo (1922-1925); Guerra e Paz (1941-1942), Romeu e Julieta e A História de um Homem Autêntico (1947). O músico deixou obra variada, desde os seus cáusticos Sarcasmos, para piano (1912); a Suite Escita (1914); sete balés, sete sinfonias, sendo que a primeira ele compôs cedo (1916); nove sonatas para piano, seis sonatas para outros instrumentos, dois quartetos de cordas (1930; 1941); cinco concertos para piano, sendo um para a mão esquerda (1911-1932); oito óperas, além de numerosas suites, cantatas, oratórios, música para teatro e cinema, entre destacadas melodias em todos os gêneros musicais (THOMPSON, 1973).

Quando várias personalidades eméritas das vanguardas russas caíram em desgraça como Vsevolod Meyerhold e Sergey Eisentein, entre outros, Prokofiev foi acusado por resolução do Comitê Central do Partido Comunista (10 de fev., 1948), dos vícios do Formalismo e Modernismo (Sic). Posteriormente, durante o período da desestalinização (1958-), a memória e a obra de Sergey Prokofiev foram oficialmente restaurados pelo PC de seu país.

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

CAMPOS, V. N. Prokofiev/ Eisenstein: integração som e imagem. Fundação Clóvis Salgado apresenta Alexander Nevsky. Cantata de Serguei Prokofiev. Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Coral Lírico de Minas Gerais. Belo Horizonte: Palácio das Artes, 11 e 12 de abril, 1995.

DICIONÁRIO.THOMPSON, K. A Dictionary of Twentieth-Century Composers1911-1971. London: Farber & Farber, 1973. 666p. 16,5 x24,5 cm, pp. 386, 388, 389, 390.

DUFOURCQ, N. (Org.); ALAIN, O.; ANDRAL, M.: BAINES, A.; BIRKNER, G.; BRIDGMAN, N.; Mme. de CHAMBURE; CHARNASSÉ, H.; CORBIN, S.; AZEVEDO, L. H. C. de; DESAUTELS, A.; DEVOTO, D.; DUFOURQ, N.; FERCHAULT, G.: GAGNEPAIN, B.; GAUTHIER, A.; GÉRARD, Y. HALBREICH, H.; HELFFER, M.; HODEIR, A.; ROSTILAV, M.; HOFMANN, Z.; MACHABEY, A.; MARCEL-DUBOIS, C.; MILLIOT, S.; MONICHON, P.; RAUGEL, F.; RICCI, J.; ROUBERT, F.; ROSTAND, C.; ROUGET, G.; SANVOISIN, M.; SARTORI, C. SHILOAH, A.; STRICKER, R.: TOURTE, R.; TRAN VAN KHÊ, A. V., VERLET, C. VERNILLAT, F.; WIRSTA, A.; ZENATTI, A.
La Música: Los Hombres, Los Instrumentos, Las Obras. Barcelona: Planeta, 1976, pp. 276-278.

SHEAD, R. Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989. 192p.: Il,.algumas color., 25 x 33 cm, pp. 80-81, 111, 113, 119, 154, 170-171.

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