quarta-feira, 11 de abril de 2012

STRAVINSKY, Igor Fedorovich (1882-1971). SEGUNDA PARTE.

STRAVINSKY, Igor Fedorovich (1882-1971). SEGUNDA PARTE.

Stravinsky nos Estados Unidos (1939-1971); Londres, 1940; Nova York, 1945; Paris, 1947; Londres, 1947; Genebra, 1955; Royal Ballet Revival, Londres, 1966; Festival Stravinsky: Nova York, 1972 (THOMPSON, 1973)
 
Depois que faleceram sua mãe e sua primeira esposa, Stravinsky radicou-se definitivamente nos Estados Unidos, onde ele viveu durante pouco mais de três décadas (1939-1971). Na América, Stravinsky se casou novamente com Vera Sudeikina, que enviuvou do coreógrafo russo Sergey Sudeikin (Serge Sudeikine, 1882-1946), que o músico conheceu quando ela e seu marido trabalharam para os Ballets Russes (Paris, 1918-).

Muitas obras de I. Stravinsky estrearam nos Estados Unidos, como Ode, Canto Elegíaco em três partes para orquestra, dedicado à memória de Natalie Koussevitsky, esposa do maestro Serge Koussevitzky (Hollywood, 25 jun., 1943). Essa música foi reapresentada com a Orquestra Sinfônica de Boston, sob a regência do maestro Serge Koussevitsky (08 out., 1943); Cenas de Balé [Scenes de Ballet], para orquestra, que estreou em Hollywood (23 ago., 1944); o conhecido Concerto Negro para clarinete e orquestra [Ebony Concerto], (Hollywood, 1º dez., 1945); Orfeu [Orpheus], balé em três cenas (Hollywood, 23 set., 1947); The Rake's Progress, ópera em três atos com libreto de W. H. Auden e Chester Kallman, que Stravinsky escreveu nos Estados Unidos (1948-1951), mas que estreou no Teatro La Fenice (Veneza, 11 set., 1951), com coro e orquestra do Teatro Scala (Milão), sendo conduzidos pelo próprio Stravinsky; As Canções para William Shakespeare [The Songs for William Shakespeare], composição para mezzo-soprano, flauta, clarineta e viola (Los Angeles, 08 mar., 1954); e, In Memoriam Dylan Thomas, canção para tenor com quarteto de cordas e quatro trombones, que estreou no Domingo: Concerto Noturno [Monday Evening Concert] (Los Angeles, 20 set., 1954); Agon, balé para doze dançarinos dedicado a Lincoln Kirstein e George Balanchine, que estreou (dez., 1953), repetindo a performance (27 abr., 1957).


Duas Pequenas Suites [Deux Petites Suites], para o balé Caprichos: Sarcasmos tragicômicos de A. Milloss, pelo Ballet do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo, estreou no Theatro Municipal (Rio de Janeiro, jun., 1955).

As Duas Pequenas Suites [Deux Petites Suites] de Igor Stravinsky, foram a música escolhida pelo coreógrafo Aurélio Milloss para a encenação do balé Caprichos: Sarcasmos tragicômicos de A. Milloss, com coreografia dele, cenários e trajes de Toti Scialoja, apresentados pelo Ballet do IV Centenário da Fundação da Cidade de São Paulo (v.), encenado no Theatro Municipal (Rio de Janeiro, jun., 1955).


Outras composições, começando com Epitáfio para flauta, clarinete e harpa, Alemanha, 1959; e terminando com A Coruja e a Gatinha [The Owl and the Pussy-Cat], canção para voz e piano dedicada à sua esposa Vera Stravinsky (Hollywood, out., 1966).

Stravinsky compôs Epitáfio para flauta, clarinete e harpa [Epitaphium. Für das Grabmal des Prinzen Max Egon zu Fürstenberg, 1959), que estreou no Festival Donaueschingen (17 out., 1959); Três Canções Sacras [Tres Sacrae Cantiones] medievais, de Carlo Gesualdo di Venosa, reconstruídas por Stravinsky e que estrearam com o Grupo Bach (Londres, 02 maio, 1960); Três Madrigais Medievais, reconstruídos por Stravinsky, Momentum pro Gesualdo di Verona ad CD annum (Hollywood, mar., 1960); Um Sermão, uma Narrativa e uma Prece: Cantata para solista alto e tenor, narrador, coro e orquestra [A Sermon, a Narrative and a Prayer] (1960-1961), que o compositor dedicou a Paul Sacher, obra que estreou com a Orquestra de Câmera de Basle sendo conduzida pelo maestro Paul Sacher (Suíça, 23 fev., 1962); Anthem, para coro misto à capella, com as palavras que T. S. Eliot escreveu em Four Quartets, obra dedicada ao escritor ganhador do Prêmio Nobel de Literatura Thomas Stern Eliot (Hollywood, 02 jan., 1962); A Enchente [The Flood], peça musical com texto escolhido e arranjo do maestro Robert Craft, baseado no Livro do Gênesis e nos Ciclos de Peças dos Milagres Chester e York, escritas entre 1430-1500 (14 mar., 1962); Abrahão e Isaac, balada sacra para barítono e orquestra de câmara dedicada ao Povo de Israel; [Abraham and Isaac], que estreou com a Orquestra Festival de Israel sob a regência de Robert Craft (Jerusalém, 03 mar., 1963); a Canzonetta de Jean Sibelius, com arranjovorquestral de I. Stravinsky (1963); Elegia para J. F. Kennedy para mezzo-soprano, barítono e três clarinetes, com palavras de W. H. Auden, [Elegy for J. F. Kennedy] (Hollywood, mar., 1964); Fanfarra para um novo teatro para dois trumpetes [Fanfare for a new theatre], que Stravinsky dedicou a Lincoln Kirstein e George Balanchine que estreou no State Theater no Lincoln Center (Nova York, 19 abr., 1964); Variações In Memoriam de Aldous Huxley para orquestra [Variations, In Memoriam of Aldous Huxley] (28 out., 1964), que estreou com a Orquestra Sinfônica conduzida por Robert Craft (Chicago, 17 abr., 1965), que, no mesmo ano conduziu a Orquestra Filarmônica no concerto realizado na Polônia (Varsóvia, 28 maio, 1965); Introitus, foi outra obra de Stravinsky, In Memoriam de T. S. Eliot, destinada a conjunto orquestral e côro masculino, que estreou em Hollywood (17 fev., 1965); Cantos Requiem [Requiem Canticles], para contralto, baixo, coro e orquestra, dedicados a Helen Buchanan Seeger, datados por Stravinsky (13 ago.), que estrearam com a orquestra da Universidade de Princeton, conduzida pelo maestro Robert Craft (08 out., 1966); A Coruja e a Gatinha [The Owl and the Pussy-Cat], canção para voz e piano dedicada à sua esposa Vera, que estreou nos Monday: Evenings Concerts, com Peggy Bonini e Ingolf Dahl (Los Angeles, 31 out., 1966). Essa foi a última composição de Stravinsky: o músico sobreviveu à série de infartes do miocárdio, mas morreu de falência cardíaca (06 abr., 1971).


Balés Orfeu e Agon, no Festival Stravinsky (Nova York, 1972).

Depois da primeira parceria bem sucedida, Stravinsky & Balanchine, seguiram-se muitas outras obras conjuntas, entre as quais destacamos os balés Orpheus e Agon. O conjunto de qualidade excepcional das várias parcerias da dupla, foi reapresentado no Festival Stravinsky (Nova York, 1972). A fotografia de Orfeu, dançado pelo grupo do Balé da Cidade de Nova York [New York City Ballet], se encontra reproduzida (DUFOURCQ, 1974). No século XX o balé Apolo, foi um dos poucos espetáculos dos Ballets Russes que sobreviveu no repertório de algumas das companhias internacionais de dança.


CATÁLOGO. HULTEN, P. (ORG.); JUANPERE, J.A.; ASANO, T.; CACCIARI, M.; CALVESI, M.; CARAMEL, L; CAUMONT, J; CELANT, G; COHEN, E.; CORK, R.;CRISPOLTI, E.; FELICE, R; DE MARIA, L.; DI MILLIA, G.; FABRIS, A.; FAUCGEREAU, S.; GOUGH-COOPER, J.; GREGOTTI, V.; LEVIN, G.; LEWISON, J.; MAFFINA, F.; MENNA, F.; ÁCINI, P.; RONDOLINO, G; RUDENSTINE, A.; SALARIS, C.; SILK, G.; SMEJKAI, F.; STRADA, V.; VERDONE, M.; ZADORA, S. Futurism and Futurisms. New York: Solomon R. Guggenheim Museum, Abeville Publishers, 1986. 638p.: il, retrs., p. 580.

KENNEDY, M. The Oxford Dictionary of Music. Oxford: Oxford University Press, 1985, p. 701.

SHEAD, R. Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989. 192p.: Il,.algumas color., 25 x 33 cm, pp. 10, 22-32, 37-62, 71, 74-75, 80-81, 100, 106-107, 119-120, 125, 154, 161-163.

THOMPSON, K. A Dictionary of Twentieth Century Composers, 1911-1971.
London: Farber and Farber, 1973, pp. 566-606.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
CATÁLOGO. ATTI, F. C. degli; FERRETTI, D. (Org.). Rusia, 1900-1930, L'Arte della Scenna. Milano: Galeria Electa. Moscou: Museu Bachrusín, 1990, pp. 52-53, 54-55.

FERRAZ, S. Igor Stravinsky. São Paulo: Notas do programa da O.S.P., 2003, pp. 115, 117, 148-150.

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