Os pais de Proust, de origem judaica, pertenceram à alta burguesia francesa: seu pai foi médico e professor da Escola de Medicina. Quando os genitores de Proust faleceram, esse fato representou grande perda para o escritor que tinha a saúde frágil, pois sofria de asma. Como várias das grandes personalidades de sua época, Proust foi educado no renomado Liceu Condorcet, na cidade onde ele nasceu (Paris). Proust prestou o serviço militar (1889-1890). O futuro escritor que apresentava grande sensibilidade, estudou Direito e Ciências Políticas (1891-1893). Proust, que não se formou, trocou os estudos pela literatura e publicou seu primeiro livro, a coletânea de contos e poemas prefaciados por Anatole France, Os Prazeres e Os Dias [Les Plaisirs et les jours] (1896).
Outros escritos de Proust foram reunidos, posteriormente, no livro Pastiches et mélanges (1914). O escritor, amigo de Édouard Manet e Émile Zola, frequentou a alta sociedade parisiense que ele retratou nos seus romances. Durante sua vida Proust não cessou de re-escrever e burilar a sua obra-prima, publicada em sete volumes: No caminho de Swam [Du Cotê de chez Swam] (1913). Proust escreveu À sombra das raparigas em flor [A l'ombre des jeunes-filles en fleur] (1918); Ao lado dos Guermantes [Le Cotê des Guermantes] (1921); Sodoma e Gomorra [Sodome et Gomorrhe] (1921); A Prisioneira [La Prisonièrre] (1924), Albertine Desaparecida [Albertine disparue] (1925) e O Tempo Reencontrado [Le Temps Retrouvé] (1926). O segundo livro citado recebeu o importante prêmio Goncourt, dos editores Irmãos Goncourt, que consagrou Proust, que desde então trilhou o caminho do sucesso depois que o público começou a alçá-lo à posição de um dos maiores escritores da literatura francesa de todos os tempos. Nos seus romances revolucionários, que influenciaram de modo permanente a técnica ficcional no início do século XX, Proust também delineou sua teoria estética, publicada no livro póstumo, Jean Santeil (3 vols., 1952). Nas suas obras literárias Proust envolveu o inconsciente, descoberta recente de S. Freud (1899-), que o escritor francês introduziu nos seus romances, abrindo novas perspectivas literárias e novos horizontes para a literatura mundial no século XX.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
BENTON, W. Enciclopédia Barsa. Rio de Janeiro - São Paulo: Encyclopaedia Britannica Ed., 1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972, 1973, vol. 11, pp. 277- 278.
SHEAD, R. Ballets Russes. Secaucus, New Jersey: Quarto Book, Wellfleet Press, 1989. 192p.: Il,.algumas color., 25 x 33 cm, pp. 29, 30, 32, 38, 47-52, 70, 120.
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