O balé A Sagração da Primavera [Le Sacre du Primptemps]. inaugurou o novo Théâtre du Champs Elysées, construido por Gabriel Astruc (1864-1938), promotor das primeiras apresentações
parisienses da chamada Temporada Russa [Saison Russe] (1907; 1908). Nessa nova temporada parisiense dos verdadeiros Balés Russos, foram apresentados três novos balés (1913): Jogos [Jeux] (Debussy), A Sagração da Primavera [Le Sacre du Primptemps] (Stravinski e Roerich); e, com cenografia de Bóris Romanov a versão de A tragédia de Salomé, renomeado de Salomé (Florent Schmitts).
Para A Sagração da Primavera Roerich desenhou costumes multicoloridos; a criada escolhida recebeu a saia com listras horizontais e desenhos Abstratos e Geométricos, usada com a túnica com mangas longas, com listras bordadas no punho e no decote de forma arredondada, com várias rosetas estampadas em amarelo sobre fundo laranja vibrante na túnica, cor também do fundo da saia; esse figurino se encontra reproduzido (SHEAD, 1983).
O balé apresentou rito selvagem na eclosão da violenta primavera russa, marcado pela inovadora coreografia de V. Njinski, que exigiu demais dos bailarinos que, nesse momento deram grandes saltos no ar, pois a dança quebrava o gelo preparando a explosão da terra em flores multicoloridas. A música de Igor Stravinski para o balé foi completamente inédita, pois não guardava nenhuma relação com qualquer música ouvida anteriormente pela platéia e soou como assalto brutal aos sensíveis ouvidos dos eruditos parisienses. O espetáculo desta noite foi levado a extremos e chegou mesmo à violência; durante o intervalo a polícia foi obrigada a remover vários espectadores indignados. Os aplausos se misturaram aos apupos e vaias, até que a Dança Sacra, com Marie Pilz, foi tão extraordinária que restaurou a paz no teatro e o balé pôde enfim chegar ao final. No dia seguinte a imprensa foi bastante hostil na sua crítica ao balé; mas, esse sucesso de escândalo consagrou os Ballets Russes, famosos desde então.
parisienses da chamada Temporada Russa [Saison Russe] (1907; 1908). Nessa nova temporada parisiense dos verdadeiros Balés Russos, foram apresentados três novos balés (1913): Jogos [Jeux] (Debussy), A Sagração da Primavera [Le Sacre du Primptemps] (Stravinski e Roerich); e, com cenografia de Bóris Romanov a versão de A tragédia de Salomé, renomeado de Salomé (Florent Schmitts).
Nicolai Konstantinovich Roerich (1874-1947) escreveu o libreto para A Sagração da Primavera, em colaboração com o compositor russo Igor Fedorovich Stravinski (1882-1971), e criou a cenografia e figurinos para a primeira apresentação do balé. O balé estreou com a coreografia de Vaslav Nijinski, que também dançou como bailarino principal com a orquestra sob a regência de Pierre Monteux (Paris, 29 maio, 1913). Devido às dificuldades para montar esse balé, Diaghilev e Nijinski visitaram a Escola Eurítmica de Jacques-Émile Dalcroze (Hellerau, Alemanha), onde contrataram como auxiliar uma de suas alunas, que ficou conhecida no mundo da dança internacional como Marie Rambert.
Para A Sagração da Primavera Roerich desenhou costumes multicoloridos; a criada escolhida recebeu a saia com listras horizontais e desenhos Abstratos e Geométricos, usada com a túnica com mangas longas, com listras bordadas no punho e no decote de forma arredondada, com várias rosetas estampadas em amarelo sobre fundo laranja vibrante na túnica, cor também do fundo da saia; esse figurino se encontra reproduzido (SHEAD, 1983).
O balé apresentou rito selvagem na eclosão da violenta primavera russa, marcado pela inovadora coreografia de V. Njinski, que exigiu demais dos bailarinos que, nesse momento deram grandes saltos no ar, pois a dança quebrava o gelo preparando a explosão da terra em flores multicoloridas. A música de Igor Stravinski para o balé foi completamente inédita, pois não guardava nenhuma relação com qualquer música ouvida anteriormente pela platéia e soou como assalto brutal aos sensíveis ouvidos dos eruditos parisienses. O espetáculo desta noite foi levado a extremos e chegou mesmo à violência; durante o intervalo a polícia foi obrigada a remover vários espectadores indignados. Os aplausos se misturaram aos apupos e vaias, até que a Dança Sacra, com Marie Pilz, foi tão extraordinária que restaurou a paz no teatro e o balé pôde enfim chegar ao final. No dia seguinte a imprensa foi bastante hostil na sua crítica ao balé; mas, esse sucesso de escândalo consagrou os Ballets Russes, famosos desde então.
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