ACADEMIA IMPERIAL DE BELAS ARTES OU ACADEMIA REAL OU ESCOLA DE BELAS ARTES (Rio de Janeiro, 1826-hoje).
Os artistas que vieram ao Brasil com a Missão Artística Francesa (v.), se tornaram professores da Academia Imperial de Belas Artes patrocinada por D. Pedro II. O ensino da pintura começou a destacar os primeiros talentos brasileiros como José de Cristo Moreira, Francisco de Sousa Lobo, José dos Reis de Carvalho, José da Silva Arruda, Afonso Falcoz, João Clímaco Alves da Silva, Augusto César de Paula Goulart, José Correia de Lima, Joaquim Lopes de Barros Cabral, Domingos José Gonçalves de Magalhães, Carlos Luiz do Nascimento, Guilherme Müller, Augusto Müller, Tito Alves de Brito, Vasco José da Costa, Joaquim Inácio da Costa, Miranda Júnior, Manuel Antônio Gonçalves Vilela, Manoel Joaquim de Mello Corte Real e Jacó Valdomiro Petra de Barros, entre outros.
O aluno do pintor francês Jean-Baptiste Debret, Manuel de Araújo Porto Alegre, foi quem ficou encarregado de organizar a primeira mostra da Academia Imperial de Ciências e Artes (1829). A exposição foi determinada pelo político e magistrado brasileiro, José de Clemente Pereira (1787-1854): essa primeira exposição recebeu 47 pinturas de temática histórica, 106 estudos de arquitetura, inclusive alguns de Granjean de Montigny; 04 pinturas de paisagem e 04 bustos escultóricos. A exposição recebeu mais de 2000 visitantes, sendo expositores Debret (10 pinturas); Félix Émile Taunay (04 paisagens do Rio de Janeiro); Simplício de Sá (retratos), Cristo Moreira (figuras históricas, marinhas e paisagens); Francisco de Sousa Lobo (retratos e figuras históricas); Reis Carvalho (marinhas e naturezas-mortas), Silva Arruda (estudos); Alfonso Falcoz (estudos de cabeças); João Clímaco (desenhos) e Augusto Goulart (desenhos e estudos anatômicos).
A segunda mostra da Academia Imperial de Ciências e Artes ocorreu dois anos depois, sendo ainda mais importante do que a primeira, pois apresentou 64 pinturas de todos os artistas que expuseram suas obras na primeira mostra, além de obras do diretor, Henrique Silva; de Domingos José Gonçalves de Magalhães (desenhos, pinturas e cópias de M. de Araújo Porto Alegre); Correia de Lima (estudos de figuras clássicas e composições); Frederico Guillerme Briggs, Jô Justino de Alcântara e Joaquim Lopes de Barros Cabral, todos mostrando paisagens, segundo o estilo do seu professor, Félix Taunay.
A volta de Debret para a Europa e a disputa pública e política entre os professores da academia e seu diretor, Henrique Silva, fez com que a terceira mostra da academia fosse adiada e organizada somente muitos anos depois (dez., 1840). Foram professores da Academia Imperial de Belas Artes, além dos citados, João Joaquim Allão, Francisco Ovide, Simplício de Sá, Zeferino Ferrez, Jô Justino de Alcântara, Joaquim Cândido Soares de Meireles, Correia de Lima, Corte Real, Carlos do Nascimento, Costa Miranda Júnior e os mais conhecidos, o arquiteto Grandjean de Montigny (1776-1850), Félix Emile Taunay (1795-1881) e Augusto Müller (1815-), que ocupou a vaga de Taunay em 1851; e Agostinho José da Mota (1824-1878).
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