O escritor francês foi um dos diletos amigos de Édouard Manet, que fazia do Café Guerbois seu escritório parisiense, onde quase todas as tardes encontrava-se com Émile Zola, os editores Simbolistas irmãos Goncourt, entre outros destacados membros das vanguardas artísticas, entre os quais Paul Cézanne, nas ocasiões que o artista encontrava-se em Paris, quando deixava seu exílio voluntário em Aix- em Provence.
Baudelaire tornou-se viciado em vários tipos de prazeres, incluindo entre estes as drogas pesadas, como heroína. O jovem contraiu muitas dívidas, e seu pai, desesperado, mandou-o viajar para locais distantes. O futuro escritor voltou de Santo Domingo com a amante, jovem e mestiça, que instalou em Paris. Édouard Manet, quatorze anos mais tarde retratou-a como A Amante de Baudelaire, quando sua beleza perdera o viço dos anos de juventude.
O jovem Baudelaire tornou-se celebrado escritor quando tornou tema de seus livros a vida desregrada que vivia e tão bem conhecia. Seu imortal romance Flores do Mal [Fleurs du Mal], relato impessoal das inquietações morais e intelectuais, angústias e amarguras, perpassado por sensualismo pagão mesclado com o misticismo cristão, foi sucesso das letras francesas, que o imortalizaram como grande autor. A primeira edição do livro foi prefaciada por Théophile Gautier (1868), que identificou-o com o estilo da divina decadência que impregnava a arte e a sociedade de sua época. Quando escreveu Fleurs du Mal, Baudelaire rabiscou vários desenhos nas páginas manuscritas, uma das quais encontra-se reproduzida (JACKSON, 1956).
Baudelaire foi legitimo representante de sua época, influente na arte dos seculos XIX e XX, como os escritores Stéphane Mallarmé (1842-1898), Paul Verlaine (1844-1896) e Arthur Rimbaud (1854-1891), autores que lançaram os alicerces do Simbolismo, cuja forte presença invadiu não só a Literatura, mas as Artes Gráficas e as Artes Plásticas européias.
REFERÊNCIAS SELECIONADAS:
ENCICLOPÉDIA. CASSOU, J.; BRUNEL, P.; CLAUDON, F; PILLEMONT, G.; RICHARD, L. (Col.). Petite Encyclopedie du Symbolisme: Peinture, Gravure et Sculpture, Littérature, Musique. Paris: Somogy, 1988, pp. 279-280.
ENCICLOPÉDIA. JACKSON,W. Enciclopédia Prática Jackson. Vol. 9. Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Recife: Editôra Jackson, 1956, pp. 244-245.
ENCICLOPÉDIA. JACKSON,W. Enciclopédia Prática Jackson. Vol. 9. Rio de Janeiro - São Paulo - Porto Alegre - Recife: Editôra Jackson, 1956, pp. 244-245.
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