domingo, 13 de maio de 2012

GLOSSÁRIO: GRUPO (AUSTRÍACO DO) ATELIÊ VIENENSE

[WIENER WERKSTÄTTE] (Viena,1903-1931). associação de artistas denominada Ateliês Vienenses [Wiener Werkstätte] foi fundada pelo arquiteto Josef Hoffmann (1870-1956), destinada a criar objetos de excelente desenho e de artesania luxuosa, para oferecerem opção à produção industrial massificada da época. O Grupo do Ateliê Vienense desenhou projetos de arquitetura e decoração, e criou objetos de arte e arte aplicada. Os designers vienenses rejeitaram as linhas orgânicas e os arabescos florais característicos do Estilo Jovem [Jugendstill], ou da Arte Nova [Art Nouveau], preferiram desenhar objetos artísticos, inclusive jóias, com estritas linhas geométricas. Essa estética encontrou apelo nos clientes sofisticados e endinheirados que desejavam participar da elite cultural. Desse grupo pioneiro participaram Josef Hoffmann, Kolomon Moser (1868-1918), Carl Otto Czeschka (1878-1960), Oskar Kokochska (1886-1980) e Dagobert Pech (1887-1923), que dirigiu os Ateliês (1910-1923); Eduard Josef Wimmer-Wisgrill (1882-1961); o banqueiro Fritz Waerndorfer - patrono da Secessão Vienense (v. Grupo (Austríaco) da Secessão Vienense).

Hoffmann pregava a obra de arte total [gesamkunstwerk], na qual todos os aspectos da arte estavam integrados para refletir a nova estética. Todo o grupo que fundou o Ateliê Vienense [Wiener Werkstätte] foi admitido nos ativos círculos culturais, musicais e intelectuais da capital austríaca. Kokoschka retratou seu amigo Karl Krauss (1908-), e seu dileto amigo de toda a vida, o precursor da moderna arquitetura européia, Adolf Loos (1870-1933).

O Ateliê Vienense recebeu o encargo de reformar o sanatório Westend (Purkesdorf, 1903-1904); e depois, de projetar e construír o Palácio Stoclet (Bruxelas, 1905-1911), decorado com o concurso de grandes artistas vienenses, como Gustav Klimt, considerado na época o maior pintor austríaco. Exemplo de objeto requintado produzido pelos Ateliês Vienenses é a sóbria Jardineira (1903-1904, metal martelado com banho de prata, 39,2 cm x 12,2 cm x 11 cm, no acervo do Museu Orsay, Paris), que se encontra reproduzida (BONFANTE-WARREN, 2000: 315).

REFERÊNCIAS SELECIONADAS:

BONFANTI-WARREN, A. The Musée D'Orsay. New York: Barnes and Noble, 2000. 320p., il., color., p. 315. 25,5 x 36,5 cm.
 
FAHR-BECKER, G. El Modernismo. Cologne: Konemann, 1996. 427p : il., color.,p. 402.

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